27 de Janeiro - Terça
- Evangelho - Mc 3,31-35
Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha
mãe.
Neste Evangelho, Jesus, aproveitando o aviso de que sua mãe e
familiares queriam falar com ele, anuncia-nos a prioridade que deve ter o Reino
de Deus, inclusive sobre os vínculos familiares. Não há, aí, nenhum menosprezo
por sua mãe, Maria, nem desinteressa pela sua família. O uso lingüístico hebreu
e aramaico aplicava o termo “irmãos” aos primos e parentes próximos.
Vemos aí um eco daquelas outras palavras de Cristo: “Se alguém vem
a mim, mas não me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus
irmãos e suas irmãs, e até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc
14,26).
Jesus, ao proclamar familiar seu todo o que cumpre a vontade de Deus,
muito longe de rejeitar a sua própria mãe Maria, está exaltando-a; porque ela
foi a primeira que cumpriu a vontade de Deus na sua vida, com o seu “faça-se”
inicial e definitivo. Cristo, ao abrir o círculo do parentesco com ele, fundado
nos valores do Reino que são superiores aos laços da carne e do sangue, está
afirmando a união perfeita que existe entre ele e sua mãe, por dois motivos: os
vínculos de sangue e a convergência sem discrepância no espírito do Reino.
A Família de Deus, que tem o seu fundamento na obediência a Deus,
tem prioridade sobre os laços de sangue. Jesus demonstrou isso também quando
seus pais o encontraram no Templo, depois de o procurarem durante três dias:
“Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é de meu pai?”
(Lc 2,49). Em outras palavras, Jesus lhes falou que a sua condição filial a
Deus Pai e a sua obediência a ele deve prevalecer sobre a autoridade e os laços
familiares. “Eis que venho, ó Pai, para fazer a vossa vontade” (Hb 10,7).
O desapego de Jesus em relação à sua família natural é
“teológico”,mais que afetivo.
O Evangelho relativiza a instituição familiar no tocante à resposta
da pessoa a Deus. O homem e a mulher, a criança e o jovem, abrem-se mediante a
fé a outras relações que superam as meramente familiares, do mesmo modo que, na
sua evolução social, os adolescentes e jovens se abrem a outras influências
extra-familiares: cultura, estudos, idéias, amizades...
Isso não contradiz a vocação familiar de educadora da fé. Que “a
família cristã proclame em voz bem alta os valores do Reino”, como escola de fé
que é para a vida (Concilio Vaticano II, LC 35).
Pe. Orlando de Morais foi o primeiro redentorista brasileiro da
Província de S. Paulo. Ele era goiano, nascido na cidade de Bonfim – GO.
Trabalhava no Santuário Nacional de N. Sra. Aparecida. Um santo homem de Deus.
Nunca teve boa saúde. Foi nomeado bispo, mas recusou por motivo de saúde.
Sua doença se agravou. Dia 07/12/1924, pressentindo que a morte já
estava próxima, arrastou-se até o quarto do Superior, Pe. Francisco Wand, e
pediu-lhe a bênção para morrer. Pe. Francisco lhe disse: “Nem hoje nem amanhã,
que é dia de festa e de muito trabalho. Espere um pouco”. Nove dias depois, dia
16/12/1924, ele voltou ao quarto do Superior, pedindo novamente a licença “para
viajar”. Pe. Francisco respondeu: “Agora sim”. Pe. Orlando voltou a seu quarto
e entrou em agonia, vindo a falecer horas depois.
Poucos dias antes da sua morte, Pe. Francisco, que bem conhecia a
virtude do seu súdito, pediu-lhe que, chegando ao Céu, lhe mandasse um conto de
Réis, para pagamento de uma conta urgente da Basílica. Após o enterro, uma
senhora desconhecida apresentou-se no convento, entregando ao Superior uma rosa
feita com cinco notas de duzentos mil Réis cada.
Felizes os pais do Pe. Orlando, em Bonfim – GO, que lhe
transmitiram a fé e a santidade!
Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha
mãe.
Muito bom e importante seu comentários, no mundo de hoje nós samos apegado a várias coisa principalmente bens matérias que não leva a nada vemos pessoas desviando dinheiro depositando até em outros país enquanto nossos irmão estão passando fome e sem assistência médica sem oportunidade na visa, mas Deus nos protege para viver em outra vida bem melhor no paraíso.
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