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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Vosso pai Abraão exultou, por ver o meu dia. -- Enviado por Vera Lúcia

DIA 10- QUINTA - Evangelho- Jo 8,51-59


Neste Evangelho, Jesus, numa argumentação judicial com as autoridades da seu país, prova que é o Messias. Ao esperar o nascimento do seu filho Isac, Abraão esperava com alegria, uma descendência bendita de Deus, que é o Cristo. Abraão viu em Isac a cumprimento da promessa de Deus de que o Messias nasceria da sua descendência.
E mais: o nascimento de Isac era mais uma vinda da Sabedoria ou do Verbo de Deus, que séculos mais tarde se encarnaria. Diz o livro dos Provérbios: “O Senhor me gerou no início de suas obras, antes de ter feito coisa alguma, no princípio; desde a eternidade... Eu estava brincando no globo terrestre, e alegrando-me em estar com os filhos dos homens” (Prov 8,22-31). Abraão não viu Jesus como homem. Mas Jesus é uma Pessoa com o Verbo eterno, e Abraão viu a manifestação desse Verbo. Por isso que Jesus fala: “Vosso pai Abraão exultou, por ver o meu dia”.
“Antes que Abraão existisse, eu sou”. Mais uma vez, Jesus declara a sua divindade. Ele é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade que se encarnou, conforme diz J 1,1-5: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus. Ele existia, no princípio, junto de Deus. Tudo foi feito por meio dele, e sem ele nada foi feito de tudo o que existe. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as travas não conseguiram dominá-la”.
Na pessoa de Jesus, as duas naturezas, a humana e a divina, eram estanques, isto é, não se comunicavam uma com a outra, a não ser que quisessem. A natureza divina só se comunicava com a humana quando era necessário e útil à missão de Jesus. Fora isso, Jesus agia apenas com os recursos humanos. Era homem como nós em tudo, exceto no pecado.
Só assim a gente entende todo o sofrimento que Jesus teve, no corpo e no espírito (Cf Hb 4-7). Entendemos também por que ele disse que não sabia a data do fim do mundo: “Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém sabe nada, nem os anjos do céu, nem o Filho. Somente o Pai é quem sabe” (Mt 24,36).
A natureza divina deixava a natureza humana se virar, com os recursos e as limitações humanas. Esse é o mistério da união hipostática.
Entretanto, nós sabemos que “em Cristo habita, de forma corporal, toda a plenitude da divindade” (Cl 2,9).
“O que é da terra, pertence à terra e fala das coisas da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos” (Jo 3,31). Só quem era do céu podia reabrir a porta do céu para a humanidade, porta que fora fechada após o pecado de Adão e Eva.. Quem não veio do céu não tem credencial nem competência para isso. Os fundadores de religiões, por exemplo, são, como nós, da terra, pertencem à terra. Portanto, eles não têm nenhuma competência para fundar uma religião. Com exceção, é claro, de Jesus que veio do céu e fundou a Igreja una, santa, católica e apostólica. “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30).
Justamente devido à sua condição divina, Jesus fala e garante: “Se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte”. Morre fisicamente, mas permanece vivo em Deus, na vida eterna.
Como é importante nós ouvirmos e guardarmos a Palavra de Jesus, sendo aquela terra fértil, onde a semente cai e produz fruto!
Havia, certa vez, um rapaz, que tinha a memória um pouco fraca. Esquecia facilmente as coisas. Como na quaresma ele queria se confessar, começou logo a marcar em um pau os seus pecados. Cada vez que ele fazia um pecado, fazia um pique no pau.
Numa tarde em que o padre estava de plantão para atender as confissões, ele foi para a igreja. Chegando lá, colocou o pau atrás da porta e ajoelhou-se no banco a fim de se preparar para a confissão.
Depois foi para a salinha onde estava o padre, e se esqueceu de levar o pau. Ele era um rapaz bem forte. Ao chegar lá, o padre lhe disse: “Fale os seus pecados”. Ele falou: “Espere aí, padre, eu vou buscar o pau ali atrás da porta”. O padre disse: “Não, não precisa não, moço! Já está tudo perdoado. Pode ir tranqüilo” Já pensou, um rapaz daquele querendo ir pegar pau!
Quaresma é tempo de fazermos uma boa confissão. Nós não precisamos ter medo do padre nem o padre de nós, pois o que prevalece ali é a misericórdia de Deus. Não precisamos também anotar os pecados. Na hora, nós falamos aquilo de que nos lembramos e o resto fica tudo perdoado. O principal na confissão não é falar pecados, pois na confissão comunitária nós nem falamos os pecados. O principal é o perdão de Deus e, da nossa parte, o arrependimento.
Campanha da fraternidade. No Sermão da Montanha, Jesus nos mostra que devemos quebrar a rede de ódio e vingança que existe na sociedade porque violência gera mais violência. Se quisermos viver a justiça do Reino, devemos pagar o mal com o bem, buscar não a vingança, mas a sua superação. Os que querem ser discípulos de Jesus devem assumir essa atitude.
Nos caminhos do Mestre Jesus, os primeiros cristãos vendiam seus bens. O resultado das vendas era colocado em comum e distribuído de acordo com as necessidades de cada um (cf. At 2,42-44).
A atuação de São Paulo, através de seus escritos, pregações e atividade missionária, levou para o mundo os fundamentos que garantiram comunidades novas, totalmente voltadas para os princípios pregados por Jesus e dando início a um considerável esforço no sentido de conquistar a paz verdadeira e duradoura. Para ele, o amor é a plenitude da Lei e a fonte de toda segurança e paz.
Maria Santíssima é Mãe de Deus, porque é Mãe de Jesus que é Deus. Que ela interceda por nós, já que tem tanto credencial junto da Santíssima Trindade.
Vosso pai Abraão exultou, por ver o meu dia.


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