DIA 26 QUARTA - Evangelho - Mc 9,38-40
Os discípulos estão cientes de sua
missão, mas reagem diante daquilo que veem, e Jesus diz-lhes: “Quem não é
contra nós é a nosso favor”. Amplia-lhes o horizonte. Ser cristão de verdade é
ter ampla visão do mundo e do Reino e saber onde estão seus sinais. Muitos são
os que anunciam e vivem com grandeza a verdade do Evangelho. E Jesus não quer
que os discípulos sejam uma seita, mas que sejam instrumentos libertadores do
Reino. Para isso é preciso, porém, fidelidade à Palavra anunciada.
Na busca da perfeição, muitas vezes, excluímos pessoas em
nossas vidas, imagem no serviço da Igreja. O sujeito não conhece a Deus e entra
para um serviço na Igreja. Já imaginou? Depois de ter tido uma experiência
profunda com Deus? É feito pipoca pulando de alegria ao ficar pronta. Achamos
que entramos para o serviço de Deus e só vamos encontrar bonança, mas não é bem
assim. Nunca estaremos prontos, pois como diz a Palavra de Deus: –
Meu filho, se entrares para o serviço preparas para provação. E são muitos de nós buscando o que é perfeito, de modo que, em vez
de expulsarmos as imperfeições da nossa própria vida, expulsamos os outros,
considerando-os como imperfeitos.
Que o sejam, porém, não são contra nós,
mas sim a favor. E por que, quando somos contrariados em nossa opinião, queremos
abandonar tudo? Só nós somos perfeitos? Donos da verdade? Precisamos reconhecer
que, um dia, o Senhor, teve compaixão de nós e estendeu Sua destra poderosa
sobre a nossa vida, pois, onde superabundou o pecado superabundou a graça.
Assim foi conosco, e precisamos pedir o dom da paciência para que aconteça com
os de nossa casa, com os nossos amigos e com os nossos colegas de trabalho.
Tenho visto que, a cada novidade da
minha vida, necessito de mim uma nova conversão, ou seja, uma amizade nova, um
trabalho novo, um carro novo, um novo filho, um novo desafio profissional, um
novo apartamento, uma nova coordenação, pois o Senhor fará ‘nova todas as
coisas’ se eu abrir as portas do meu coração e a Ele confiar a conversão.
Não deixemos que a nossa busca pelo o
que é perfeito e agradável a Deus expulse o nosso próximo. E para terminar: e
quem é o nosso próximo? Aquele do qual eu me aproximo, portanto, temos muito
ainda a caminhar quando se trata do amor ao próximo, mas firmeza nas promessas
de Deus. Como acabamos de ler, Jesus não quer que o grupo daqueles que O seguem
se torne seita fechada e monopolizadora da sua missão. Toda e qualquer ação que
desaliena o homem é parte integrante da missão de Jesus.
Pai, livra-me da atitude fanática e exclusivista de pensar que só
quem pertence declaradamente ao círculo de discípulos de Jesus está em
condições de fazer o bem.
Padre Bantu Mendonça
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