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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Pe Pacheco -Canção Nova


FEVEREIRO DATAS

DIA 18 TERÇA - Evangelho - Mc 8,14-21


Primeiramente, podemos pensar que Jesus esteja falando dos dois episódios da multiplicação dos pães, apresentadas pelos evangelistas. Mas não, Ele quer chamar a atenção à realidade de ingenuidade e desatenção que invadem os nossos corações constantemente, como invadiu o coração dos discípulos.
Jesus os advertiu: “Tomai cuidado com o fermento dos fariseus”. O que Jesus quer dizer com isso, nos nossos dias atuais? Sim, pois a Palavra é atual! Existe realidades de fermentos de satanás sendo lançado na grande massa que é a nossa sociedade. Um exemplo claro, por exemplo, a partir da primeira leitura de hoje, de São Tiago, é que na sua comunidade – comunidade de Tiago – surgiu uma dúvida a cerca da procedência das tentações; no interior da comunidade, houve muitos que diziam que as tentações, as provações, eram oriundas de Deus mesmo. Tiago vai advertir que as provações, as tentações nunca vêm de Deus, mas é fruto da nossa concupiscência.
Este fermento tem atrapalhado e trazido transtorno a muitas pessoas, fazendo com que se revoltassem, até mesmo, com o próprio Deus. De Deus nunca poderá vir o mal! Nunca a provação e a tentação virá de Deus. Mas existe uma coisa muito importante, que precisamos entender: nunca vêm de Deus, mas Deus sempre permitira. Sim, Deus permitirá, pois quer nos purificar, nos educar, nos formar, usando, até mesmo, estas realidades de revezes em nossa vida. Este fermento, quanto ao sofrimento, que procura invadir a nossa vida, trazida pelas circunstâncias da vida, vai nos dizer que devemos evitar, a qualquer preço, toda a realidade de sofrimento. Quando aparece, muitas vezes queremos culpar Deus, dizendo ser Ele o responsável. Cuidado, vai dizer Jesus. Sofrimento, dor, angustia, sempre serão frutos da nossa concupiscência, realidade concreta da vida, principalmente na vida de quem ama.
Mas a realidade mais violenta que este fermento – o fermento dos fariseus – nos apresenta hoje, é o fato de quererem nos apresentar que é possível uma vida sem Deus, sem os valores éticos e morais. É o fermento do liberalismo e do laicismo; o fermento do liberalismo quer dizer que nada é errado, pois o importante é sermos felizes; não há uma verdade. É a cultura do relativismo, onde não há a verdade (a verdade tem nome: Jesus), ou seja, cada um se acha no direito de ter a sua verdade; opinião transformada em verdade… verdade que existia e hoje não existe mais. Então não é verdade, pois verdade é verdade sempre!
O fermento do laicismo é terrível, pois quer imanentizar tudo, ou seja, não há uma religião, uma crença, uma vida sobrenatural. A começar pelo absurdo de quererem retirar os símbolos religiosos dos lugares públicos, por exemplo; e com certeza, chegarão num momento onde até mesmo os cristãos não poderão usar um símbolo/sinal da fé que professa. Um disparate! E nós estamos – nós cristãos – como os discípulos, com nossa atenção voltada para outro lugar e o fermento de satanás à nossa cara, sem percebermos as entrelinhas de um sistema de governo totalmente laico. O fermento dos fariseus está mais presente do que nunca.
Pe Pacheco,
Comunidade -Canção Nova.


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