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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Viver a fé que celebramos - -Diac. José da Cruz

SEGUNDA FEIRA DA 1ª SEMANA DA QUARESMA 10/03/2014
1ª Leitura Levítico 19, 1-2. 11-18
Salmo Jo 6,63 “As palavras que tenho dito são espírito e Verdade”
Evangelho Mateus 25, 31-46

Os dois grupos de pessoas mencionados por São Mateus neste evangelho, embora de conduta tão diferente e destino também, tem algo em comum : o fator surpresa, manifestado na interrogação “Quando foi que te vimos?”. Claro que para o primeiro grupo, foi uma surpresa agradável... para o segundo, nem tanto...
Certamente que, refletindo esse evangelho, todos nós tenhamos a tentação de olharmos para as pessoas que conhecemos, principalmente as da nossa comunidade, e já vamos apontando o dedo em histe “essa aí não vai ouvir o  “Vinda, benditos do meu Pai”. E provavelmente façamos um esforço para relacionar nossas boas obras a favor dessas categorias de pessoas citadas no evangelho, justificando assim a nossa pertença ao primeiro grupo. Uma postura dessa ordem é a mais pura hipocrisia.
A verdade é que, ora somos do primeiro grupo, ora do segundo, senão vejamos...Quando vivemos a Fé que celebramos, e testemunhamos o evangelho, reconhecemos o Cristo no outro, principalmente nos mais carentes, ás vezes eles estão bem ao nosso lado, na família e na comunidade. Ninguém precisa sair procurando em lugares distantes, pois, senão vemos Cristo em quem está ao nosso lado, naqueles que estão longe, muito menos...
O ensinamento corrige a mentalidade Judaica, de que a Salvação era apenas para os Justos que tinham uma conduta irrepreensível no ambiente religioso, neles, e somente neles Deus estava presente, porque eram dignos de ter essa presença. Serve também, de alerta para todos nós que muitas vezes queremos restringir o Sagrado ao ambiente religioso de nossas igrejas e nos esquecemos de que Ele está primeiramente nas pessoas com quem nos relacionamos, principalmente nos pequenos, que manifestam alguma carência.
Portanto, ao andarmos por aí, no trânsito, no ônibus, no trabalho, na escola, na família, enfim, onde estivermos, sejamos capazes de perceber essa presença na Vida Humana, e o segredo para tanto é olhar para as pessoas e os acontecimentos, com os olhos de Deus. Caso contrário, o nosso encontro definitivo com Deus, nos trará uma surpresa não muito desagradável, arrogantes iremos até querer retrucar “Mas Senhor, eu não saia da Igreja, minha vida era a pastoral ou o movimento, tinha esse ou aquele ministério, fui ministro, catequista, padre, Bispo, Diácono”. Não adianta...iremos dar com o “nariz na porta do céu” e ouviremos as palavras aterradoras “Afastai-vos de mim...”


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