13 de Junho – Ano B
Para
Jesus, a lei moral é obra da Sabedoria divina. Por isso, Podemos defini-la, em
sentido bíblico, como uma instrução paterna, uma pedagogia de Deus. Ela
prescreve ao homem os caminhos, as regras de procedimento que o levam à
bem-aventurança prometida e lhe proíbe os caminhos do mal, que desviam de Deus
e do seu amor. E, ao mesmo tempo, firme nos seus preceitos e amável nas suas
promessas. Eis a razão do porque Jesus diz: o céu e a terra passarão;
porém, nada será tirado da Lei – nem a menor letra, nem qualquer acento.
Portanto,
a questão da obediência aos mandamentos divinos, ou tudo quanto Deus ordena,
não visará à salvação, pois entra no campo da santificação, e não da justificação.
Entender o papel da lei como meio de salvação seria um uso “ilegítimo” da mesma
(1 Timóteo 1:8).
O
fracasso espiritual de Israel, que motivou sua rejeição como propriedade de
Deus, não estava na lei, que é “perfeita”, “santa, justa, boa, espiritual,
prazerosa” (Salmo 19:7; Romanos 7:12, 14, 22). Mas sim na atitude de
auto-confiança do povo quanto às suas possibilidades de obedecê-la plenamente.
Por
isso é que Jesus dirigindo-se ao povo diz : Não pensem que eu vim para
acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para
acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. Assim, Ele ressaltou os
princípios básicos da lei divina como sendo “amor a Deus sobre todas as coisas”
e “amor ao próximo como a si mesmo” (Mateus 22:36-40). Paulo o confirma em
Romanos 13:8-10 e ambos estes princípios sempre foram reconhecidos pelos
cristãos como a síntese da lei divina tanto na linha “horizontal” ou seja, no
amor ao próximo, quanto “vertical” o amor para com Deus, de
relacionamento.
Com
uma pouca margem de erro diria que há preceitos de caráter cerimonial, civil e
moral na lei divina independentemente de ocorrer tal linguagem “técnica” nas
páginas bíblicas, fato reconhecido por Confissões de Fé e autoridades cristãs
de diferentes confissões do passado e do presente. Em toda a Lei está a defesa
da vida que a final é um dom de Deus.
No
sermão da montanha (Mateus 5 a 7), bem como no diálogo com o jovem rico (Mateus
19:16ss), ao Cristo tratar do verdadeiro espírito da lei Ele lembra que Deus
leva em conta não só a mera obediência ao seu texto, mas as reais e íntimas
intenções do indivíduo quanto a tal obediência.
Nenhum
dos mandamentos da Lei de Deus tem aplicação limitada a Israel. O próprio
princípio do sábado foi estendido aos “filhos dos estrangeiros” (Isaías
56:2-8), e todas as pessoas de todas as nacionalidades têm necessidade de um
dia regular de repouso, daí porque “o sábado foi feito por causa do homem”
(Marcos 2:27).
No
novo concerto os princípios básicos da lei divina são escritos por Deus nos
corações e mentes dos Seus filhos, judeus ou gentios, nos moldes do que havia
sido prometido ao antigo Israel em Ezequiel 36:26, 27 e Jeremias 31:31-33.
Nos
debates de Cristo com os escribas e fariseus sobre o sábado Ele está corrigindo
a prática extremada e insensível deles do Decálogo, e não combatendo uma norma
estabelecida por Ele próprio como Criador e Legislador (ver Mateus 12:1-12;
Heb. 1:2).
João
no Apocalipse (1:10) refere-se ao “dia do Senhor” que para nós católicos é o
Domingo, como sendo um dia especial dedicado a Deus. Portanto, ele mantinha um
dia especial de observância, como estabelecido no 3º mandamento da lei de Deus:
Santificar os Domingos e Festas de Guarda.
Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
ResponderExcluirSempre acompanho as reflexões nesse blog. Obrigado por compartilhar e que permaneça assim.
ResponderExcluir