12 de Novembro- Sábado - Evangelho - Lc 18,1-8
Deus fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por
ele.
Neste Evangelho, Jesus nos conta a parábola do juiz injusto, que
não queria atender a viúva e, no fim, só a atendeu devido à insistência dela. O
centro da parábola não é o juiz, evidentemente, mas a viúva, e mais
precisamente, a insistência da viúva.
Quando rezamos, Deus nos atende logo e não nos faz esperar.
Acontece que ele faz o que é bom para nós e do jeito que é melhor para nós, o
que nem sempre coincide com o que nós pensamos.
O evangelista S. Lucas começa a narração com as seguintes palavras:
“Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de
rezar sempre, e nunca desistir”. Está aí o objetivo da parábola. Devemos ser,
diante de Deus, como a viúva diante do juiz: pedir, pedir, pedir... e ficarmos
insistindo até receber o que queremos.
Devemos persistir na oração, mesmo quando dá impressão que Deus não
está ouvindo. Deus é Pai amoroso. Ele nos escuta com atenção, desde o primeiro
pedido que fizemos. Escuta e atende. A forma dele atender é que, muitas vezes,
é um mistério para nós.
A oração é também uma escola. Ela purifica os nossos afetos,
organiza as nossas idéias, direciona os nossos pensamentos e vai, aos poucos,
colocando-nos no caminho certo da nossa felicidade. O resultado da oração
perseverante é sempre uma grande alegria, ânimo e vontade de lutar e vencer.
Quando rezamos, Deus nos atende mostrando-nos os primeiros passos
do caminho. Os outros passos, ele vai mostrar depois que dermos os primeiros
passos. Se ele nos mostrasse todos os passos logo no início, correríamos o
risco de esquecê-los. “Não vos preocupeis com o dia de amanhã”.
Quem não reza, afoga-se num copo d’água. O horizonte das nossas
possibilidades é bem pequeno, termina logo ali. Nós não dominamos nem a nós
mesmos! Daí a angústia. Mas com Deus as nossas possibilidades tornam-se
infinitas e sem fronteiras.
Santo Afonso Maria de Ligório dizia: “Quem reza se salva, quem não
reza se condena”. Nós não queremos ser condenados, por isso vamos rezar.
Rezar de manhã, rezar ao meio dia, rezar à noite; rezar quando
estamos tristes e quando estamos alegres; rezar principalmente quando somos
tentados. As tentações começam pelos nossos pensamentos. Portanto, desde aí, já
devemos rebatê-los com uma prece. Pode ser uma oração curtinha, que chamamos
jaculatórias, feitas mentalmente. “Vigiai e orai para não cairdes em tentação”.
Em resumo, rezar sempre e nunca cessar de o fazer.
A oração age em nós como limpa-brisa de carro. As falhas diárias
vão embaçando a nossa visão, obscurecendo a inteligência, enfraquecendo a
vontade, descontrolando os sentimentos... É hora de ligar o limpa-brisa,
através da oração.
Deus caminha ao nosso lado nas vinte e quatro horas do dia. Mas,
por respeito à nossa liberdade, ele não entra na nossa vida, se não pedirmos.
Ele fica nos esperando em cada esquina da vida, com seus sinais, alertas,
advertências e convites. Ele é capaz de morrer na Cruz, na nossa frente, mas
sem interferir na nossa liberdade. Agora, se pedimos, abrindo a porta para ele,
maravilhas acontecerão.
A oração é estrada de duas mãos. Nós falamos com Deus e Deus fala
conosco. Imagine um amigo encontrar-se com você e falar o tempo todo! Seria
chato, não? Às vezes, somos chatos com Deus, pois não o deixamos falar nada
para nós! Ele nos fala através da Sagrada Escritura.
Quem toma a iniciativa da oração é sempre Deus. Ele que percebe as
nossas necessidades, e nos inspira, movendo-nos a pedir, a agradecer, a pedir
perdão, a louvá-lo... “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,15). Deus é que nos dá
o pensar, o querer e o agir.
O destaque está na persistência da viúva. Se até um homem ruim
atende, por causa da insistência, quanto mais Deus que é nosso Pai amoroso!
“Será que vai fazê-los esperar?”
No final da parábola, Jesus lamenta: “Mas o Filho do Homem, quando
vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” Que pena a falta de fé!
Nós perdemos a fé por tão pouca coisa! Basta um aparente atraso de Deus em nos
atender, pronto.
Vamos responder à pergunta de Jesus, dizendo: “Sim, Jesus. Quando o
Senhor vier, vai encontrar fé. Como Santa Mônica, nós, através da oração, vamos
perseverar firmes na fé, confiantes na esperança e alegres na caridade”.
Havia, certa vez, um mendigo que passava o dia na rodoviária
pedindo esmolas. As pessoas davam moedinhas para ele.
Um dia, ele viu um homem indo embora, foi atrás, bateu nas costas
dele e disse: “Por favor, o senhor podia dar-me uma moeda de dez centavos?”
Assim que o homem se virou para trás, o mendigo o reconheceu: era seu pai!
Então disse: “Meu pai! O senhor não está me conhecendo?”
O pai lançou-se ao pescoço dele e falou emocionado: “Meu filho! Já
fazem dezoito anos que estou procurando você! Eu quero dar-lhe tudo o que eu
possuo, todos os meus bens”.
Que nós não andemos pela vida em busca de dez centavos, sendo que
ao nosso lado está o nosso Pai, rico e amoroso, que quer dar-nos tudo o que
possui. O bom Deus quer que lhe entreguemos todas as nossas preocupações, para
assim podermos dedicar-nos mais ao cumprimento da sua vontade sobre nós.
Maria Santíssima é nossa Mestra de oração. “Ensina teu povo a
rezar, Maria, Mãe de Jesus!”
Deus fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por
ele.
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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