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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Comentários Prof.Fernando

Comentários Prof.Fernando* (32ºDom.dComum)
 Nós, todos os santos e santas, 6 nov. 2016

No Brasil a Igreja Católica passou a festa de “Todos os Santos”para o 1ºdomingo de nov. A Igreja Ortodoxa celebra esta festa no domingo após Pentecostes. Em outros países a Igreja católica (assim como as Igrejas Luterana, a Anglicana e outras Igrejas cristãs) têm a tradição do dia 1ºde novembro. Esta data foi fixada no Ocidente no ano de 835, pois antes era celebrada por cada Igreja local em dias divesos. Mas desde o sec. 4º a Igreja síria já consagrava um dia para lembrar todos os mártires (que já eram muitíssimos). No sec. 7º, conforme o costume de “cristianizar” tradições pagãs, o papa romano Bonifácio 4º transformou o templo da Roma antiga dedicado a todos os deuses (o famoso Pánteon) numa igreja consagrada a todos os santos.
·                    Nos escritos cristãos mais antigos usava-se o termo “santos” para indicar os membros das comunidades: os que foram batizados: foram “santificados” por Cristo. O Livro do Apocalipse, com outro termo (os “marcados com o selo” - cf 7,8) fala de 12mil, número simbólico obviamente, para cada uma das 12 tribos de Israel e ainda diz: vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua”. Aí está o que nós recitamos no Credo, a “comunhão dos santos”. Estamos unidos aos primeiros discípulos, aos israelitas que Deus acolheu em sua misericórdia, e à multidão dos que vieram de todas as culturas e nações e que também foram abrangidos pela Graça, gratuita, do Amor divino.
·                    Santos, portanto, não são os portadores de um alto grau de retidão moral, mas a expressão “todos os santos” deve incluir todo ser humano a quem Deus fez o dom de sua presença misteriosa. “Todos os santos” são os que foram “justificados”, “justos”, como diz Paulo, pela ação da Graça ou dom do Espírito que habita no mais íntimo do coração e é inspiração para o Bem.
·                    A Fé consiste em crer no Amor, deixando-se levar pelo “vento” do Espírito. E o Vento-Espírito sopra para a direção indicada pelo Evangelho das Bem-aventuranças lido hoje. Elas são as características dessa nova “lógica” da bondade – tema do anúncio de uma Boa Notícia trazida pelo “Reino”. Um Reino que não é feito de armas e expansão de domínio nem de territórios, mas da atuação da presença do divino dentro da vida humana. O crescimento do Reino passa inevitavelmente pela cruz própria das dificuldades de viver e pela maior delas que é o Mistério da morte, mas alcança sua plenitude de justiça e eternidade por causa da ressurreição o maior e definitivo dom concedido ao ser humano.
·                    É isso o que nos lembra a carta de João cap.3: consideremos com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus! E nós o somos de fato. (...) Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é. Esta a diferença entre aqueles que a devoção popular, igrejas ou religiões apelidaram de “santos” e os outros que também fazem parte de “todos os santos e santas de Deus”, mas ainda vivem neste tempo-espaço do universo.
·                    Uns formam o “grupo bíblico”, desde Abraão até “o bom ladrão” do Calvário (quando entrares em teu Reino – ainda hoje estarás comigo no Paraíso), além das gerações seguintes que, na história humana, fizeram a experiência das bem-aventuranças. Este grupo é formado pelos que ultrapassaram a fronteira que leva ao núcleo do divino.
·                    O outro grupo é formado também de santos e santas pela Fé, na esperança, e na prática do bem. Embora – como disse João – já “de fato filhos de Deus”, não possuem ainda os olhos adequados para ver o que virão a ser, quando se tornarem semelhantes a Deus, quando, afinal, o puderem ver “como ele é”.
·                    Continuo pedindo a oração de intercessão de quantos leram este comentário, pelo meu amigo que, no Rio de Janeiro continua sua peregrinação entre o hospital e a casa dos filhos que dele cuidam com extremo cuidado. Ele e sua família experimentam a pobreza da própria vida atacada de fragilidade, trazida pelas enfermidades. Continuemos a olhar para o milagre, que tem sido trazido pelos remédios e médicos, pelo cuidado carinhoso dos filhos, e também pela fé.


ooooooooooooooo ( * ) Prof. de Teol. (1975-2012) fesomor2@gmail.com

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