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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Luz, alegria, entusiasmo-Diác.José da Cruz

QUINTA FEIRA DO TEMPO PASCAL 05/05/2016
1ª Leitura Atos 18, 1-8
Salmo 97(98) “Manifestou sua justiça á face dos povos”
Evangelho  João 16, 16-20
A vida de todo discípulo de Jesus não é diferente das demais pessoas, ela é cheia de altos e baixos, "Um dia chove, outro dia faz sol", como cantou o poeta Chico Buarque de Holanda, um dia resplandece como uma manhã belíssima, mas logo mais a tarde vêm as nuvens negras com raios e relâmpagos. Na Vida de Fé esse dualismo também está presente, e Jesus está dizendo aos discípulos que será sempre assim: um pouco de tempo e me vereis, mais um pouco e não me vereis, e outro pouco e tornareis a me ver...

A gente queria só luz, alegria, entusiasmo, sucesso, em nossa vida de Fé, na vida em comunidade, mas não é assim, desde o começo Jesus deixou bem claro. Os discípulos não entenderam e nós também não. Então Jesus, que conhece o homem profundamente, todos os pensamentos e sentimentos humanos, vai dizer que ao final, toda a angústia e tristeza dos discípulos vai se transformar em alegria eterna.

Há no mundo uma falsa alegria, que hoje poderíamos dizer, provocada pelo consumismo, pelo sucesso, prestígio e poder, na verdade as alegrias terrenas são legítimas mas não podem substituir na vida dos discípulos aquela que é a Verdadeira alegria e que um dia se tornará plena. A suposta "ausência" de Jesus, a partir da sua Ascensão, é preenchida totalmente pelo Espírito que acompanha a Igreja neste tempo do Kairós até a Parusia.

Em suma, Ver ou não ver Jesus, sentir sua presença em nossa vida ou não, é uma contingência humana por conta das nossas limitações, Deus está sempre presente na ação Trinitária em cuja vida de comunhão somos envolvidos, mas que não nos arrebata desse Vale de Lágrimas, onde é preciso caminhar e Crer, alimentando em nós essa esperança, de que o Senhor caminha conosco, falando e agindo, como fez um dia junto aos seus discípulos.





                          SEXTA FEIRA DO TEMPO PASCAL 06/05/2016
1ª Leitura Atos 18, 9-18
Salmo 46(47)) “Porque Deus é o Rei do universo”
Evangelho  João 16, 20-23.a

Neste evangelho, com palavras consoladoras Jesus fala com seus discípulos sobre o “Provisório” e o “Permanente”, sobre o “Mortal” e o  “Eterno”, sobre o “Passageiro” e o “Para sempre”. Realidades distintas mas que estão presentes na Vida do Cristão que professa sua Fé em Jesus Cristo. Vivemos em uma só dessas realidades, que é a terrena, com suas limitações e fragilidades, mas temos a outra em nós, a partir da Encarnação de Jesus e do derramamento do Espírito em Pentecostes, e que de certa forma o conteúdo dos evangelhos desse tempo pascal, nos prepara para essa grande celebração.
A nossa realidade terrena não é descartável, como muitos cristãos imaginam, parece que a Vida de um Cristão consiste em ignorar e desprezar a natureza humana, aspirando somente as coisas da Vida Eterna que virá depois. Mas é ilusão pensarmos desta maneira, também na Vida de Fé não se pode “queimar etapas”, antes de nascermos, habitamos no Útero Materno o qual pensávamos que era permanente, mas um dia o deixamos para sermos inseridos em uma realidade e um mundo mais amplo. Mas o processo de gestação foi necessário e importante ao longo dos nove meses.
A nossa Vida terrena nos prepara para a Vida Eterna, para essa Vida do Espírito que de certa forma já temos. No aprendizado de voo dos pássaros, primeiro os filhotes pulam para alcançar o alto, arriscam-se em pequenos voos próximos ao chão, até que um dia se projetam em um espaço maior, e ao perceber que o aprendizado chegou ao seu final, então mergulham no infinito em alturas inimagináveis, tarefa que conseguiram porque tiveram a paciência de exercitar-se em um aprendizado que custou alguns tombos com certeza.
Os discípulos iniciaram assim o longo aprendizado, logo de início julgaram que tudo havia desmoronado pois ficaram privados da presença física de Jesus que havia morrido na cruz do calvário, entretanto toda aquela dor e tristeza haveria de se transformar em alegria, quando sentem que aquele Jesus morto na cruz estava ali entre eles, caminhando e ensinando-os como antes. A semente colocada nas profundezas da terra havia brotado e agora era deles a missão de cuidar dela com carinho e fazê-la transformar-se em uma grande árvore.
Algo de novo e belo renasce das cinzas, uma Vida Nova e toda a amplidão de um Reino que supera qualquer Reino da Terra. A esperança e a alegria dos discípulos, não vinha de suas convicções ou ideais de Vida, mas do próprio Cristo Ressuscitado e caminhante que os acompanha. Valera a pena esperar, o sonho do Reino anunciado por Jesus se tornara uma realidade nas primeiras comunidades. É dessa Esperança Certeza que nossas comunidades cristãs do Segundo Milênio se alimenta....





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