Segunda-feira,
09 de Fevereiro de 2015
Miguel Febres Cordero,
Rebeca
Gênesis 1,1-19: Deus
disse e assim se fez
Salmo 103: Bendize
minha alma ao Senhor
Mc 6,53-56: Os que o
tocavam ficavam curados.
46
E despedido que foi o povo, retirou-se ao monte para orar. 47 À noite,
achava-se a barca no meio do lago e ele, a sós, em terra. 48 Vendo-os se
fatigarem em remar, sendo-lhes o vento contrário, foi ter com eles pela quarta
vigília da noite, andando por cima do mar, e fez como se fosse passar ao lado deles.
49 À vista de Jesus, caminhando sobre o mar, pensaram que fosse um fantasma e
gritaram; 50 pois todos o viram e se assustaram. Mas ele logo lhes falou:
Tranquilizai-vos, sou eu; não vos assusteis! 51 E subiu para a barca, junto
deles, e o vento cessou. Todos se achavam tomados de um extremo pavor, 52 pois
ainda não tinham compreendido o caso dos pães; os seus corações estavam
insensíveis. 53 Navegaram para o outro lado e chegaram à região de Genesaré,
onde aportaram. 54 Assim que saíram da barca, o povo o reconheceu. 55
Percorrendo toda aquela região, começaram a levar, em leitos, os que padeciam
de algum mal, para o lugar onde ouviam dizer que ele se encontrava. 56 Onde
quer que ele entrasse, fosse nas aldeias ou nos povoados, ou nas cidades, punham
os enfermos nas ruas e pediam-lhe que os deixassem tocar ao menos na orla de
suas vestes. E todos os que tocavam em Jesus ficavam sãos.
COMENTÁRIO
Novamente
o evangelista Marcos apresenta Jesus diante da multidão que enquanto o
reconhece quer aproximar-se dele para ser curada, sem compreender ainda o
mistério profundo que o mestre leva consigo e a necessidade de reconhece-lo
primeiro como o Messias. O mau tempo aprece atropelar os planos de Jesus e seus
discípulos, obrigando-os a modificar a rota inicial. O objetivo previsto era
chegar a Betsaida, na parte oriental do lago (Mc 6,45). Contudo, depois de uma
noite de travessia desembarcam em Genesaré, isto é, na mesma margem da qual
haviam partido. Reconhecido pelo povo, Jesus aparece uma vez mais como o médico
dos enfermos e atribulados de quem emana uma força prodigiosa. É um quadro
familiar que conclui e remata os dois episódios precedentes, muito mais
espetaculares e assombrosos. Porém, à luz deles, este parece ao menos
revelador. A multidão segue sem perceber este mistério de sua pessoa, por mais
que o reconheçam externamente e o toquem com suas mãos. Os leitores cristãos
deve aprender que é necessário entrar em contato com Jesus de um modo muito
mais profundo, como o fizeram os discípulos.
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