11 - Fevereiro-- Quarta - Evangelho
- Mc 7,14-23
O
que torna impuro o homem é o que sai do seu interior.
Neste
Evangelho, Jesus suprime todas as leis judaicas sobre pureza e impureza,
introduzindo outro sentido para essas palavras.
O
que vem de fora não torna o homem pecador, e sim o que sai do coração, isto é,
da consciência humana, que cria os projetos e dá uma direção aos atos humanos.
Jesus anuncia uma nova forma de moralidade, onde os homens podem relacionar-se
entre si na liberdade, uma liberdade responsável, que parte da consciência bem
formada.
A
intenção de Moisés, ao promulgar a lei sobre a pureza e impureza (Lv 11) era
proteger a saúde de um povo bárbaro e sem cultura. Mas a interpretação errada
dessa lei deu fundamento a uma sociedade injusta, baseada em tabus que criavam
e solidificavam diferenças entre as pessoas, gerando privilegiados e
marginalizados, opressores e oprimidos.
É
bom lembrar que os livros da Bíblia foram escritos em épocas diferentes,
durante um período de muitos séculos. E Deus se apresenta como o grande
pedagogo do seu povo. Na medida em que o povo assimilava uma lei, ele dava
outra mais forte e profunda.
Por
exemplo, Abraão podia ter muitas mulheres, e Moisés permitiu dar carta de
divórcio à esposa. Já Malaquias, o último profeta do Antigo Testamento, diz: “O
Senhor é vigia entre ti e a mulher da tua juventude, a quem traíste. É ela a tua
companheira, a esposa com a qual tens compromisso. O Senhor não fez dos dois
uma unidade de carne e espírito? E para que essa unidade? Para conseguir uma
descendência que seja de Deus” (Ml 2,14-15).
Veja
a diferença entre um livro e outro! Por isso que, sem a ajuda da Igreja, não
podemos entender a Bíblia de forma correta.
Nada
do que Deus criou é impuro. Por isso ele não se ofende de comermos carne de
porco ou qualquer outro alimento, ou de tocarmos em doentes ou objetos
manchados de sangue. O pecado está no que sai do coração. E ele exemplifica:
“Más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições
desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de
juízo”.
Certa
vez, um senhor foi conversar com o padre, dizendo que estava com crise de fé.
Os dois foram conversar numa sala, cuja janela era de vidros transparentes, mas
estes estavam embaçados, devido ao frio que fazia lá fora.
A
certa altura, o padre pediu ao homem: “Por favor, vá até a janela e olhe para
fora”. Ele. O padre perguntou: “O que você está vendo?” “Estou vendo pessoas
passando na rua” – disse ele – “mas vejo mal, nem dá para distinguir direito,
porque os vidros estão embaçados”.
Então
o padre foi lá, abriu a janela e perguntou: “E agora”. O senhor respondeu:
“Agora vejo nitidamente as pessoas, as casas e até as flores no canteiro
central”.
Concluindo,
o padre: “Uma vida cristã medíocre embaça os olhos e a pessoa começa a ter
dúvidas de fé”. Melhore a sua fidelidade a Deus, que as dúvidas de fé desaparecerão.
“A lâmpada do corpo é o olho; se teu olho for transparente, ficarás todo cheio
de luz. Mas se teu olho for ruim, ficarás todo em trevas” (Mt 6,22-23).
O
que torna impuro o homem é o que sai do seu interior.
Padre Queiroz, bela reflexão, que Deus te abençoe e te dê muita saúde.
ResponderExcluirPadre Queiroz, bela reflexão, que Deus te abençoe e te dê muita saúde.
ResponderExcluirPadre Queiroz, bela reflexão, que Deus te abençoe e te dê muita saúde.
ResponderExcluirPadre Queiroz, bela reflexão, que Deus te abençoe e te dê muita saúde.
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