Sexta-feira,
13 de Fevereiro de 2015
Benigno, Beatriz
Gênesis 3,1-8:
Conhecerão como Deus o bem e o mal
Salmo 31: Feliz o que foi
absolvido de sua culpa
Mc 7,31-37: Faz ouvir
os surdos e falar os mudos.
31
Ele deixou de novo as fronteiras de Tiro e foi por Sidônia ao mar da Galileia,
no meio do território da Decápole. 32 Ora, apresentaram-lhe um surdo-mudo,
rogando-lhe que lhe impusesse a mão. 33 Jesus tomou-o à parte dentre o povo,
colocou seus dedos nos ouvidos e tocou-lhe a língua com saliva. 34 E levantou
os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe: Éfeta!, que quer dizer abre-te! 35
No mesmo instante os ouvidos se lhe abriram, a prisão da língua se lhe desfez e
ele falava perfeitamente. 36 Proibiu-lhes que o dissessem a alguém. Mas quanto
mais lhes proibia, tanto mais o publicavam. 37 E tanto mais se admiravam,
dizendo: Ele fez bem todas as coisas. Fez ouvir os surdos e falar os mudos!
COMENTÁRIO
Voltamos
aqui para falar do aspecto particular das curas de mudos na Bíblia, ao tema da
fé, que é o ponto principal desta passagem. A maioria dos relatos tratam da
vocação dos profetas, isto é, de personagens que devem ser portadores da
Palavra de Deus, referem ao mesmo tempo curas de mudos ou surdos-mudos (Ex
4,10-17; Jr 1). Trata-se de um procedimento literário cuja finalidade é dar a
entender que o profeta apoiado tão somente em suas faculdades naturais não é
capaz sequer de começar a falar, mas que recebe de “outro” uma palavra que deve
ser transmitida. Por isso a cura de um mundo que proclama a Palavra é
considerada como um sinal evidente do que é a fé: uma virtude infusa que não
depende das qualidades humanas. A cura de um mudo quer dar-nos a entender que
devemos tomar consciência de que a fé é um bem messiânico. Mas, ao relatar esta
cura, Marcos quer fazer seu o tema do Antigo Testamento que relaciona mutismo e
falta de fé. O evangelista sublinha repetidas vezes que a multidão tem ouvidos
e não ouve, tem olhos e não vê. Somos chamados a profetizar e evangelizar e
somente de Deus procedem nossas capacidades.
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