Sábado,
17 de Janeiro de 2015
Antônio Abade
Hebreus 4,12-16:
Aproximemo-nos com confiança do trono da graça
Salmo 18: Senhor, que
não sejamos surdos à tua voz
Marcos 2,13-17: Não
vim chamar os justos mas os pecadores.
13
Jesus saiu de novo para perto do mar e toda a multidão foi ter com ele, e ele
os ensinava. 14 Quando ia passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto
da arrecadação e disse-lhe: "Segue-me." E Levi, levantando-se,
seguiu-o. 15 Em seguida, pôs-se à mesa na sua casa e muitos cobradores de
impostos e pecadores tomaram lugar com ele e seus discípulos; com efeito, eram
numerosos os que o seguiam. 16 Os escribas, do partido dos fariseus, vendo-o
comer com as pessoas de má vida e publicamos, diziam aos seus discípulos:
"Ele come com os publicamos e com gente de má vida? " 17 Ouvindo-os,
Jesus replicou: "Os sãos não precisam de médico, mas os enfermos; não vim
chamar os justos, mas os pecadores."
COMENTÁRIO
O
chamado de Levi e dos pecadores é dirigido hoje aos cristãos, convidados a
fazer a experiência da misericórdia. Como todos os seres humanos, são
pecadores, porém descobrem que o amor de Deus quer alcança-los até mesmo no
pecado. Convidar um publicano para o seguimento era motivo de escândalo para o
povo e, de maneira especial, para os letrados. Como é possível que este que se
faz chamar Mestre, coma com os publicanos e pecadores? Para Jesus, o importante
é a pessoa e não tanto sua condição, ainda que o convite seja para a mudança de
vida, para o seu próprio bem e para o bem de todos. O pecador somente descobre
a misericórdia de Deus se esta constitui para ele um chamado à conversão e à
mudança de vida e, ainda mais, a uma missão apostólica de ser testemunha no
mundo. Os pecadores tradicionalmente sempre foram confrontados com os
justos, mas para condená-los. Nessa passagem, porém, são testemunhas de uma
qualidade religiosa essencial: a humildade posta a serviço do chamado,
contraposta à orgulhosa rejeição da boa consciência dos fariseus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário