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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Que o teu sim seja sim e o não seja não -Canção Nova


14 de junho - Evangelho - Mt 5,33-37

No Evangelho de hoje, Jesus ensina a seriedade que deve haver em nossas palavras, e como o nosso falar não deve ser medido pelos nossos juramentos, mas sim por nossa integridade. Uma pessoa de caráter e honesta, não precisa usar de juramentos para provar suas atitudes ou palavras. Alías, os seus atos darão testemunho a seu respeito.
O evangelho de hoje nos chama atenção à questão do juramento. As pessoas do tempo de Jesus, não raras vezes, tinham o costume de jurar. Porém usando deste artifício, não se davam conta, de que aceitavam mesmo que inconscientemente a mentira.
Como o nome de Deus era “impronunciável”, juravam, pelos céus, por Jerusalém, pela terra e até pela própria cabeça e Jesus nos lembra que não podemos jurar por nada, primeiro porque nada disto nos pertence e segundo, como já mencionei, o juramento pressupõe a inverdade.
Jesus nos pede, de não jurar; e nos recomenda que o nosso sim seja sim e o nosso não seja não. Seguindo este trocadilho de palavras qual a necessidade de jurar seja lá pelo que for¿ alias, se o juramento fosse lícito, a única coisa pela qual poderíamos jurar seria pelas nossas limitações, a única coisa que realmente nos pertence.
Jesus também ensinava que não devemos ser pessoas dúbias, cataventos e volúveis: Que a vossa palavra seja sim quando é sim. E não quando é não! Tudo o que não vem daí tem a sua origem no diabo. Como têm sido as tuas palavras com o teu marido, esposa, pai, mãe, filhos, colegas de serviço, na Igreja e com Deus?
Jesus reatando o dito pela lei nos adverte para que em momento algum juremos por jurar como no Antigo Testamento para garantir a integridade dos nossos atos. Assim nas sociedades antigas a ausência de um sistema judicial como o nosso, a sociedade dependia que o povo falasse a verdade um para com o outro. Por isso o juramento mantinha a obrigação do povo em falar e fazer seus negócios honestamente. O uso do juramento era frequente nos pactos e confederações solenes. Era um apelo a Deus para que servisse de testemunha em um pacto ou a uma verdade a ser dita.
A violação de um juramento tinha resultados sérios. Os juramentos judiciais eram reconhecidos pela Lei.
Os juramentos eram usados para confirmar um pacto; esclarecer controvérsias; estabelecer concertos; mostrar a imutabilidade do conselho de Deus; definir as responsabilidades sacras; e no cumprimento de atos judiciais. O juramento poderia ser feito ante o rei, ante os objetos sagrados, ante o altar; e usava-se entre o rei e seus súditos, entre o patriarca e o povo, entre o senhor e o servo, entre um povo e outro e entre um indivíduo e outro. Atos simbólicos eram utilizados no juramento, como o levantar a mão direita ou as duas mãos aos céus e colocar a mão sobre a outra pessoa. Também ao jurar, eram usadas diversas expressões: Assim Deus me faça e outro tanto; Vive o Senhor; Viva a tua alma e te conjuro pelo Senhor. O juramento estabelecia limitações no falar das pessoas e delineava a conduta humana.
Que tuas palavras expressem o que trazes no teu coração. Que tua boca diga aquilo que o coração está cheio. Enquanto é tempo, acerte o passo! Reconcilia-te como Deus e o irmão!

Senhor, purifica os meus lábios com o fogo do teu Espírito. As palavras que saem da minha boca possam ser reflexo da eterna Palavra, viva e eficaz, a ponto de penetrar a alma dos meus irmãos, que revela os pensamentos do coração e como o bálsamo que alivia as chagas!

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