SEGUNDA FEIRA DA XIII SEMANA DO TC 30/06/2014
1ª Leitura Amós 2, 6-10.13-16
Salmo 49 (50), 22 a “Compreendei bem isto, vós que vos esqueceis de
Deus”
Evangelho Mateus 8, 18-22
“O Discípulo não vive de euforia e nem de respostas esfarrapadas”
Primeiro temos neste evangelho um Discípulo Eufórico, empolgadíssimo com Jesus, e que se
mostra um “Pau prá qualquer obra”. Nas comunidades sempre aparecem tipos assim, saem de um retiro ou de um encontro
“pisando nas nuvens”, Jesus é seu tudo, sua vida, juram que por ele são capazes de morrer, enfim, estão dispostos
a fazerem qualquer coisa...Mas um belo
dia essa euforia vai se esfriando por várias razões, até que acaba em nada.
O outro tipo que aparece,é aquele que dá eternas desculpas para não
ser discípulo de verdade. “Ah quando eu me aposentar me aguardem, vou fazer de
tudo pela comunidade”. Conheci um que fazia planos de monumentais obras de
caridade, caso acertasse na mega sena acumulada. Outro cismou que o seu carisma
maior estava na política e tentava convencer a comunidade a Elegê-lo, pois
seria o melhor dos políticos. E ainda outro que, só estava esperando o Padre
ser transferido, porque não se dava com ele, mas assim que ele se fosse,
voltaria a vida de doação pela comunidade... Enfim, há sempre um caminhão de desculpas
para se prorrogar o compromisso com Jesus. Mais tarde....daqui um tempo...no
ano que vem....
Claro que não há nada de mal em alguém ir enterrar o próprio Pai, é
até um belo ato de caridade cristã. Mas o que Jesus censura no sujeito, é esse
“deixar para depois”. O verdadeiro discípulo de Jesus é como jogador de
Futsal,mesmo num espaço pequeno, marcado pelo adversário, ele dribla, faz o
giro e se sai bem da jogada.
O Discípulo autêntico nunca
deixa para depois o compromisso maior com o seu discipulado. O Reino é agora,
naquele momento. Ali o discípulo tem de fazer o Reino acontecer, em seu
compromisso com o evangelho. Em, seu dia a dia, nas relações familiares, no
trânsito, no Banco, na rua, enfim, onde estiver em que circunstância for, o
discipulado tem de se tornar uma prática constante em nossa vida. Não é preciso
chegar o dia certo, o tempo certo, o clima certo, o padre ou o Bispo certo, as
pessoas são o que são, Jesus chamou a todos, com o nosso jeito de ser, para
atuarmos nesse “time” de evangelizadores e evangelizadoras, que nunca irá
sofrer uma derrota.
O dia de ontem já é passado, e o de amanhã ainda não chegou, nosso
discipulado é hoje, no agora da vida!
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