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terça-feira, 10 de junho de 2014

“Jurar em Falso” - -Diac. José da Cruz

SÁBADO DA X SEMANA DO TEMPO COMUM 14/06/2014
1ª Leitura 1 Reis 19,19-21
Salmo 15(16),5 a “Senhor, vós sois a minha parte da herança e meu cálice”
Evangelho Mateus 5, 33-37

                                               “Jurar em Falso”
Meus pais sempre nos chamaram a atenção com rigor, quando na infância ou adolescência, diante de alguma dúvida, por parte deles, a gente Jurava por Deus. Era como se fosse um palavrão, proibido lá em casa.
Pela vida afora cansei de ouvir juramentos desse tipo, para cobrir mentiras e enganos pois, jurar por Deus é uma forma de desarmar quem está nos questionando. É usar de maneira banal e leviana o Santo nome de Deus.
O evangelho de hoje trata dessa questão, pois os antigos de Israel, dentro do Judaísmo, costumavam jurar por Deus, mas o faziam dentro de um ritualismo e sem nenhuma falsidade. Jesus vai abolir esse costume antigo e orienta para que não se jure nem por Deus e por nenhuma coisa sagrada relacionada com Ele. Talvez porque naquele tempo também havia os espertalhões que faziam um juramento falso, usando o Santo nome de Deus para trapacear ou fazer algum negócio escuso.
Jesus parte da premissa de que, nas relações fraternas não deve haver lugar para a desconfianças, pois elas devem ser pautadas pela sinceridade onde o SIM é sincero, e o o NÃO também. Como diz em outro evangelho, “seja o vosso sim, sim, o vosso não não”. Nos Sacramentos manteve-se alguns Juramentos feitos diante de Deus, entre eles o do Matrimônio onde os noivos fazem o consentimento e dizem SIM um ao outro, diante de Deus.
Como já vimos na reflexão de ontem, em muitos casos, esse SIM é ignorado, esquecido e desprezado, e após a separação se une a outras pessoas, em uma união adulterada. Há o SIM que pais e padrinhos proferem no rito Batismal de seus Filhos e afilhados, mas na prática desses dois sacramentos, quanta falsidade e enganação! O Santo nome de Deus é banalizado e ridicularizado, na conduta dos que se apresentam diante dele para receber um Sacramento. E de maneira tão dolorosa como nos dois anteriores, no Sacramento da Ordem também há Sim, que depois se transforma em um “Não”.
Em todos esses Sacramentos Deus acolhe o nosso Sim, com alegria e nos confirma na missão que nos é confiada. Creio que jamais Deus se aborrece quando o nosso SIM se transforma em um NÃO, é, justamente a sua Misericórdia e infinita bondade, que provoca em nós, quando falseamos o Juramento, a amarga dor do nosso pecado.


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