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terça-feira, 10 de junho de 2014

Não pecar - -Diac. José da Cruz

QUINTA FEIRA DO TEMPO COMUM DEPOIS DE PENTECOSTES 12/06/2014
1ª Leitura 1Reis 18,41-46
Salmo 64(65).2 a “A vós, ó Deus, convém o louvor em Sião”
Evangelho Mateus 5, 20-26

“Nunca ofendi ninguém em minha vida!” Muitas vezes queremos demonstrar nossa bondade pelas coisas que não fizemos. Não cometemos adultério, não roubamos, não matamos, não desejamos a mulher do próximo, nunca deixamos de dar esmolas. Não cometendo todos esses pecados ficamos ali no limite, sempre preocupados em “Não pecar”, não infligir a Lei de Deus.
O Judaísmo vai bem nessa linha e a Lei de Moisés para eles é muito mais proibitiva do que prescritiva. Em uma linguagem popular, nivela-se por baixo. Haja visto a pergunta que um dia Pedro fez a Jesus “Quantas vezes devo perdoar o meu irmão que pecou contra mim”.
A reflexão nos faz pensar em um Cristianismo onde ás vezes as pessoas deixam de fazer certas coisas do mal, com medo do castigo Divino ou de ir para o Inferno, ou, naquilo que fazem de bom, imaginam estar pagando prestações suaves para ter um lugarzinho no Céu.
No evangelho de hoje Jesus migra do Negativo para o positivo, das proibições para as prescrições. É um convite a irmos além e colocarmos o amor Cristão em todas as nossas relações, com todas as pessoas. Qualquer atitude, pensamento ou palavra de nossa parte pode contribuir para a Vida do próximo, ou leva-lo á morte. Pessoas mal amadas ou que não são amadas, tendem a morrer afetivamente, psicologicamente.
O que o evangelho nos diz, é que nossas ações, pensamentos e palavras devem valorizar a Vida do próximo onde um sorriso, um aperto de mão, um incentivo, um elogio, uma palavra de com solo na hora do sofrimento, tudo isso manifesta o amor Cristão e leva o outro a Viver.
No Julgamento pessoal diante de Deus, não seremos cobrados pela nossa conduta moral mas pela nossa relação com o próximo. Um Teólogo da Modernidade afirmou que seremos julgados pelos pobres e o evangelho de Mateus sobre o Dia do Julgamento confirma essa afirmação. Temos então a possibilidade de ir preparando o nosso Veredito. Basta amar, ser generoso, compreensivo, e nas ofensas saber perdoar.
Se Deus aceita e acha agradável a oferta de quem assim procede na Comunidade, se reconciliando com o seu irmão que o ofendeu, é sinal mais que evidente que este será o critério para podermos entrar na Comunhão em Plenitude que esperamos um dia, quando o Senhor voltar, ou melhor, quando ele se tornar visível e descobrirmos que estava nos pequenos, pobres e sofredores.
Diácono José da Cruz
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP


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