SEXTA FEIRA DO TC DEPOIS DE PENTECOSTES 13/06/2014
1ª Leitura1 Reis 10.9 a.11-16
Salmo 26/27),8b “A vossa face, ó Senhor, eu a procuro”
Evangelho Mateus 5,27-32
Neste evangelho aparece por três vezes a palavra Adultério, que
parece ter-se tornado pesada para empregar na vida conjugal dos cristãos. O
adultério só existe quando o casal recebeu o Sacramento do Matrimônio, e aí tem
suas consequências que as pessoas envolvidas, bem como seus familiares, nunca
veem com bons olhos. Lógico que a traição de uma das partes, mesmo na união
natural, é um adultério, entretanto, a palavra ficou mesmo restrita no âmbito
religioso do Cristianismo, na nossa Igreja Católica que, por tornar sagrada a
união do homem e mulher, unidos pelo Vínculo de um Sacramento, tem suas leis
para protegê-la da banalidade.
Adultério vem da palavra adulterada, o que significa, descaracterizar
aquilo que é original. Quando aquele Fariseu perguntou a Jesus se era lícito o
homem deixar a sua mulher por qualquer motivo, Jesus o remeteu á origem, ao
começo do Projeto Divino “No princípio não era assim...”.
Isso significa dizer que, no projeto original Deus não pensou na
separação do casal, nem na união com outra pessoa, quem assim o procede, sendo
casado na Igreja, comete um adultério, isso é, falsifica uma união, em lugar da
união original, aquela que foi celebrada em uma Igreja, com toda pompa,
Padrinhos, cinegrafista, fotógrafo, vestido branco, terno da moda, músicas
especiais, marcha Nupcial etc.Mas o mais importante, recebeu de Deus a bênção e
a Graça Sacramental, com um alerta
importante “ o que Deus uniu, o homem não separe”.
No altar, diante do Ministro Ordinário, é feito um Juramento, mas o
Juramento é precedido pelo Amor dos Nubentes, Amor que em sua grandiosidade foi
elevado á condição de Sacramento, merecendo do Apóstolo Paulo esta afirmativa
solene “Essa união do homem e da mulher é comparável a união de Cristo com a
sua Igreja.”.
O que ocorre nesse caso é que, o Noivo se torna Cristo, e deverá
nessa relação, fazer as vezes dele, a noiva se torna a Igreja. O amor de Cristo
pela sua Igreja é um Amor Sacrifical. Amor que se sacrifica para que o outro
seja feliz. Bem diferente desses amores baratos e medíocres de hoje em dia.
Esse Amor Sagrado não pode nunca, em nenhuma hipótese ser violado, pois ele é
racional mas está no coração dos Nubentes. Daí que, se no coração do homem há
um lampejo de desejo por outra mulher, o Amor Sagrado já foi corrompido.
Por isso o evangelho apresenta esta exigência radical pelo Reino,
onde a mutilação dos olhos e do membro superior (mão direita) é necessária,
porque o olhar eo gesto ,revela o que está no coração. Devemos cortar os nossos
desejos, os instintos carnais que nos levam ao egoísmo. Daí nossos gestos e
olhares e palavras irão sempre revelar o precioso Amor Divino, que norteia as
relações do Discípulo Missionário.
Diácono José da Cruz
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP
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