07 de julho - Segunda- Evangelho - Mt
9,18-26
Bom dia!
Como ainda somos presos ao que conhecemos e aquilo que
nossos olhos podem ver. As vezes pode parecer tolo alguém dizer que esta
repleto do Espírito Santo ou feliz ou “na graça”, mas sempre será motivo de
ceticismo daqueles que precisam ver para crer.
Vamos analisar dois momentos desse evangelho…
Imaginemos uma situação em que uma fatalidade esta
acontecendo e fica sob a nossa responsabilidade de procurar e trazer ajuda,
Qual seria o nosso comportamento ao ver que a ambulância, a policia, a ajuda
não veio imediatamente ao local? Consigo imaginar a situação? Como estaria o
coração daquele homem ao ver Jesus parar para conversar com aquela mulher?
Claro que em seu coração habitava a vontade de apressar o
Senhor para que chegasse rapidamente a sua aflição. Será que ele também pensou,
ao ouvir as musicas fúnebres, que o Senhor demorou muito pra chegar?
Enfatizo muito isso: A missão de Jesus estava na libertação
do pecado, no entanto, não se negou a resgatar a fé através de muitos prodígios
visíveis. O milagre não era a sua prioridade e sim o resgate da vida.
“(…) O que é mais fácil dizer ao paralítico: Os seus pecados
estão perdoados ou Levante-se e ande? Pois vou mostrar a vocês que eu, o Filho
do Homem, tenho poder na terra para perdoar pecados. Então disse ao paralítico:
Levante-se, pegue a sua cama e vá para casa“. (Mateus 9, 5-6)
Não foi um e nem dois momentos em que os evangelistas narram
a preocupação de Jesus em manifestar a graça de Deus apenas a alguns e não
publicamente. Fazendo um parêntese desse fato, como não estranhar esse “JESUS”
que é mostrado pelos canais de TV, não como um Rei ou Senhor e sim como um
escravo de mídia e da vontade de uns senhores que se dizem pastores, que cobram
valores para que Deus haja. São verdadeiros lobos que se aproveitam da
fragilidade das pessoas para abocanhá-las.
Se isso ainda acontece é por que nossa fé também é
semelhante ao povo que acompanhava o cortejo fúnebre da menina. Incrivelmente,
talvez contra o que apregoa o mundo do imediatismo, eu ainda estou convicto que
Jesus sempre esperará o silencio para mudar a vida através da Boa Nova
“(…) Por ora, todavia, “caminhamos pela fé, não pela visão”
(2Cor 5,7), e conhecemos a Deus “como que em um espelho, de uma forma confusa…,
imperfeita” (1Cor 13,12). Luminosa em virtude daquele em que ela crê, a fé é
muitas vezes vivida na obscuridade. A fé pode ser posta à prova. O mundo em que
vivemos muitas vezes parece estar bem longe daquilo que a fé nos assegura; as
experiências do mal e do sofrimento, das injustiças e da morte parecem
contradizer a Boa Nova; podem abalar a fé e tornar-se para ela uma tentação”.
(Catecismo da Igreja Católica § 164)
Os céticos continuam a caluniar, a sorrir, a falar, pois
temem o silencio que também poderia mudar suas vidas.
Deixe por um instante Jesus conversar com você!
Um imenso abraço fraterno.
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