Domingo, 29 de junho de 2014.
Evangelho: Mateus 16,13-19
Festa linda de São Pedro e São Paulo.
Dois anunciadores da Palavra de vida. Foram martirizados em missão pelos perseguidores por
acreditar na força da misericórdia do Criador. Em nenhum momento titubearam.
Entregaram de corpo e alma no projeto da salvação.
São dois ícones da Igreja que devem
ser observados suas vidas de doação e entrega. Passaram por momentos difíceis,
enfrentaram os opositores corajosamente e não desanimaram diante da
dificuldade. Este legado, deixado para nós cristãos, nos anima para continuar a
luta pela evangelização. Catequese consistente que reaviva o ânimo de abraçar a
justiça divina.
O Espírito Santo de Deus fizeram
destes homens figura importantes para nossa igreja. Ao levarem a mensagem da
libertação para os confins do mundo ou em lugares distantes revelou para muitos
não cristãos a chance de revitalizar na mais bonita harmonia de uma comunidade
que tinha um pensamento: viver a paz! Isso mesmo, o povo sofredor não tinha
onde pedir socorro; era esmiuçado, dilacerado, explorado e sem expectativa de
vida. Mas a palavra da libertação não tardou da boca dos anunciadores e encheu
o coração dos marginalizados de esperança.
Souberam ouvir o chamado de Deus.
Aceitaram a proposta de servir o Criador naquilo que mais poderia ser útil:
falar de um Deus poderoso que desejava a salvação para todos a partir do amor
intrínseco. Amor verdadeiro que não media consequência e que tinha por base a
bondade no coração.
Quem ama merece a recompensa. Pedro
estava fazendo seu trabalho missionário com dedicação. Muitas vezes contrariava
interesses de algumas classes. Era normal, pois os detentores de poder usavam
de seu poder para chicotear o povo. Pedro não teve dúvidas em denunciar. Seu
papel missionário passava pelo crivo da denúncia. Ele fez o mesmo que seu
Mestre ensinou. Significa que foi um ótimo aluno. Entretanto, Herodes mandou
prendê-lo para calar sua voz. Não queria ver seu reino sendo vasculhado por um
homem matuto, mas cheio de sabedoria divina. Preso entre os saldados recebeu a
visita do anjo do Senhor e ganhou sua liberdade. Saiu da prisão sem ser visto,
até passou pelo portão de ferro sem incomodar os guardas. Pedro parecia sonhar,
mas era realidade pura. Pedro escapou da prisão pelo amor ao projeto de Deus.
Assim somos nós que tememos a Deus e
seus mandamentos. Quem acredita nas palavras de salvação e pratica a justiça, o
Divino Espírito Santo acompanha em sua caminhada. Diante dos desafios recebemos
a mão milagrosa daquele que deu a vida e o discernimento para desbravar o
caminhar. Basta ter fé e acreditar que não está sozinho.
Como Pedro que em seu coração
sabia que o Mestre era o Filho Homem ao responder a pergunta: “quem dizem os
homens ser o Filho do Homem”? Enquanto muitos respondiam ser Elias, João
Batista ou ainda Jeremias, Pedro falou de forma certeira: “Tu és o Messias”. Na
verdade o coração de Pedro já estava repleto do Espírito Santo. Pedro não tinha
dúvidas de que Aquele homem simples, de fala mansa e, despojado de bens
materiais, era realmente o Filho do Deus Vivo. Tanto que deixou tudo para trás
para segui-lo.
Por ter acreditando e realizado sua
missão na terra Pedro recebeu do Mestre as chaves dos céus e disse: “tu és
Pedro e sobre esta pedra construirei a minha igreja, e o poder do inferno nunca
poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que tu ligares
na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado
nos céus” (Mt 16, 18-19).
A comunidade de Cristo está mais forte
com a presença de um missionário visionário chamado Pedro. Ele tem nas mãos o
poder de desligar algo que não contemple as vicissitudes do Pai. Mas o perdão
pode abrir as portas dos céus para aqueles que no seu coração buscam o seu
perdão. Perdoados, a ligação para os céus estará livre. O importante é não
esconder-se de Deus e estar pronto para realizar o projeto ambicioso Dele.
Já o discípulo Paulo mostrou seu amor
para com Deus quando buscou a conversão para uma nova vida. Paulo trucidava
muitos cristãos. Perseguiam e violentavam a dignidade das pessoas. Paulo fazia
de tudo para agradar seu chefe romano. Mas no caminho de Damasco recebeu a Luz
do Espírito Santo e tornou-se um servo humilde de Deus. Trabalhou para a
construção e reconstrução da igreja em vários lugares. Foi perseguido pela nova
missão. Mas tinha a confiança e o amor no seu Redentor.
Perto da morte escreveu seu agrado a
Deus quando falou: “combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”.
Isso mesmo. Deixou para nós seu empenho e dedicação de um servo que não mediu
esforços em levar a palavra de Deus e formar comunidade em lugares que não
tinham ainda o privilégio de ouvi-La. E continuou dizendo: “o Senhor esteve a
meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim
integralmente e ouvida por todas as nações”. Quer dizer trabalho feito com
amor. Tanto que repercutiu nos meios sociais sua presença de anunciador. Paulo
empenhou nas maravilhas do anúncio por visualizar um norte para milhares de
pessoas que viviam alheias aos mandamentos do amor, da paz, da misericórdia e da
justiça.
Rezemos irmãos e irmãs para nosso
povo. Que suscite em nós o dom da Palavra para ser anunciada e dirimida para
muitas pessoas que necessitam da escuta. Coloque em nós o discernimento de
Paulo e Pedro que acreditaram na revelação divina. Façam de nós servos e servas
missionárias, corajosas em denunciar as mazelas sociais na intenção de aliviar as
dores e sofrimentos de muitos irmãos.
Temos a quem nos apegar: Pedro e
Paulo. Tenho certeza que seus ensinamentos possam nortear nossa caminhada. Dar
sustentação naquilo que acreditamos e fazer de nós uma pessoa amável e caridosa
para com o projeto de Salvação. O mundo precisa ser evangelizado e nós somos
motivados a contribuir com o projeto. Amém!
Paz e bem!
Claudinei M. Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário