SÁBADO DA XIII SEMANA DO TC 05/07/2014
1ª Leitura Amós 9, 11-15
Salmo 84 (85), 9 “Escutarei o que diz o Senhor Deus, porque ele diz
palavras de paz ao seu povo”
Evangelho Mateus 9, 14-17
“Quando o Jejum não têm sentido”
Aviso aos navegantes: este evangelho não é uma crítica a quem tem o
costume de jejuar, Jesus não é contra o jejum, ele mesmo jejuou no deserto por
40 dias quando se preparava para iniciar o seu ministério publicamente. O
problema aqui é outro, por que jejuar ? Os discípulos de João e os Fariseus
jejuavam, mas os discípulos de Jesus não. O que isso significa?
Naquele tempo o jejum também era uma forma de suplicar a Deus para
que mandasse o prometido Messias pois Jejum ( que significa estar privado de
alimentação que é essencial) queria significar exatamente isso, que sem o
Messias Enviado de Deus, o homem estava privado da Verdadeira Vida. Jejum era
dizer a Deus, que mais importante do que o alimento material que sustenta o
corpo, era o alimento da Salvação, que alimentava a alma.
Pronto! Agora ficou fácil entender a censura que Jesus faz nesse
evangelho. Exatamente porque os seus discípulos já estavam saboreando a bênção
e a graça do seu messianismo, enquanto que os discípulos de João e os Fariseus,
mais preocupados em seguir a Lei e a tradição, ainda estavam a espera do tal
Messias, sem se dar conta de que ele já estava no meio deles.
Tudo o que os outros suplicavam e esperavam, para que suas vidas
fossem mudadas, os discípulos de Jesus já estavam experimentando essa mudança interior.
O Jejum de hoje tem quase esse mesmos sentido, nosso único e verdadeiro
alimento é Deus pois dele em Jesus Cristo nos vêm a Vida Nova, é portanto,
apenas Dele que temos necessidade. Jejuar na quaresma, nos dois dias
determinados pela Igreja: Quarta Feira de Cinzas e Sexta Feira Santa, é
reafirmamos a nossa Fé e esperança em Cristo Jesus, pois a sua morte na cruz
tornou possível essa Vida Nova em nós,
cuja necessidade supera até a nossa fome material. Claro que o jejum vem
acompanhado pela oração e práticas de caridade, sem isso, ele não têm sentido
nenhum e de nada nos valerá.
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