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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Anunciemos o Evangelho corajosa e urgentemente! -Canção Nova

01 de julho-

Os Evangelhos mostram a Igreja como um barco, no qual Jesus está presente, embora em alguns momentos pareça estar dormindo (cf. Mt 8,23-27). O mar, que este barco atravessa, é a história, que às vezes está calmo, outras, turbulento e ameaçador. Há quase dois mil anos o barco saiu de seu porto. Não sabemos quando ele chegará ao seu destino, mas temos certeza de que Jesus nunca o abandonará.Em Pentecostes, “a Igreja se manifestou publicamente diante da multidão e começou a difusão do Evangelho com a pregação” (Ad Gentes, n.4).
Pentecostes dos anos 30, todos reunidos: os apóstolos, a Santíssima Virgem Maria, parentes de Jesus, algumas mulheres. Um ruído de ventania desce do céu. Línguas de fogo surgiram e se dividiram entre os presentes. Todos ficaram repletos do Espírito de Deus e começaram a falar em outras línguas.
Essa assembleia inicial, esta Igreja é o princípio. Depois do prodígio das línguas, Pedro dirigiu-se à multidão reunida na praça e fez uma memorável pregação. Muitos se converteram, especialmente judeus vindos da Diáspora. Estes levaram a Boa Nova aos seus locais de origem, o que provocou o surgimento, bem cedo, de comunidades cristãs em Damasco, Antioquia, Alexandria e mesmo em Roma. Alguns helenistas, no entanto, permaneceram em Jerusalém. Para cuidar de suas necessidades materiais, os apóstolos escolheram sete diáconos. Dentre estes estava Estêvão, cujo martírio celebramos hoje.
Temos, nesta narrativa de São Mateus, um trecho do discurso atribuído a Jesus ao enviar os doze apóstolos em missão. O texto é escrito em estilo literário-apocalíptico. No Evangelho de Marcos, mais primitivo, ele faz parte do discurso escatológico de Jesus ao prenunciar a destruição do Templo de Jerusalém, nas vésperas de sua Paixão (cf. Mc 13,9-13). De fato, muitos dos primeiros cristãos sofreram perseguições tanto da parte dos judeus como do Império Romano. A alusão à terrível tragédia no seio da família, no texto acima, no seu estilo escatológico-apocalíptico, é uma referência à tradição profética da injustiça universal no fim dos tempos (cf. Mq 7,6).
Após a perseguição e morte de Jesus, o diácono Estêvão foi o primeiro dos discípulos a ser martirizado. Daí a razão pela qual ele é chamado “protomártir”. Embora com uma função subalterna como diácono, ele ousou fazer uma pregação de denúncia do Templo e das tradições do Judaísmo e foi apedrejado.
Estêvão era o diácono que mais se destacava. Por sua pregação incisiva, foi detido pelas autoridades judaicas, julgado e apedrejado como blasfemador. Torna-se o primeiro mártir da história da Igreja. Enquanto é assassinado, perdoa os seus perseguidores e entrega, confiante, a sua vida nas mãos de Nosso Senhor Jesus Cristo!
O manto de Estêvão foi deixado aos pés de um jovem admirador do ideal farisaico chamado Saulo (que depois se converteria no grande apóstolo Paulo). Que Santo Estêvão interceda por nós a fim de que não tenhamos medo de nada e de ninguém e anunciemos o Evangelho a propósito ou a despropósito.
Padre Bantu Mendonça


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