DOMINGO - 29 de Junho de 2014 - Evangelho - Mt
16,13-19
Bom dia!
De antemão gostaria de pedir desculpas
pela dureza nas palavras de hoje, mas serão necessárias para construirmos
pessoas ainda melhores. OK?
“Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”,
e lançar esse questionamento de Jesus que ainda é muito atual: “(…) E vocês?
Quem vocês dizem que eu sou?”.
Professor Felipe Aquino cita São Basílio
Magno:
“(…) O grande São Basílio Magno
(329-379), bispo e doutor da Igreja, ensina em seus escritos que há três formas
de amar a Deus: A PRIMEIRA É COMO O MERCENÁRIO, que espera a retribuição; A
SEGUNDA, É COMO ESCRAVO QUE OBEDECE POR MEDO DO CHICOTE, o castigo de Deus; e o
TERCEIRO É O AMOR FILIAL, daquele que obedece porque de fato ama o Pai. É assim
que devemos amar a Deus; e, a melhor forma de amá-lo é repudiando todo pecado“.
(Blog Canção Nova)
E nós, quem dizemos que Ele é?
Ninguém vai aceitar que alguém diga ou
insinue que vemos Deus da primeira ou da segunda forma, mas isso não cabe a
ninguém falar, precisamos fazer uma reflexão intima dos nossos atos, falas e
pensamentos.
Faça uma reflexão silenciosa…
Volto mais para Deus quando passo por um
problema? Sou fiel à medida que sou afligido? Quando estou “forte” me afasto da
comunidade? Vigio meus atos apenas nos dias que estou “a serviço”? Justifico
meus atos equivocados, como padre Zezinho diz,com “palavras sorteadas” ou
interpretações que me favoreçam? Mesmo crendo em Deus ainda tenho elefantinhos
virados para a porta de entrada da casa? Costumo ir à igreja para pedir antes
mesmo de louvar? Dou dez imaginando que receberei o dobro? Funções na igreja
são vistas como “cargos” que dão “status”? Na missa, no grupo, na reunião,
canto, prego, coordena “com” ou “para” a comunidade?
Nós não aceitamos bem os dedos a nos
apontar, mas de certa forma SÃO NECESSÁRIOS ou pensamos que estamos além do bem
ou do mal em nossas atitudes? Ou é bonito ver na TV um senhor levar até o topo
de um monte um garrafão de água nas costas, demonstrando sofrimento, angústia,
nitidamente para ser visto enquanto o profeta Joel diz: “(…) RASGAI VOSSOS
CORAÇÕES E NÃO VOSSAS VESTES; VOLTAI AO SENHOR VOSSO DEUS”? (Joel 2, 13)
Sim! Faltam dedos, faltam operários,
faltam profetas para denunciar nossas mazelas. Falsos pastores, que denigrem a
imagem dos verdadeiros evangélicos, como nós cristãos, que só conseguem ter
essa expressão toda, pois no fim, muitos vêm Deus como no primeiro caso
apresentado por São Basílio.
Nem sempre os dedos que nos apontam
desejam nosso mal, e se assim o vemos, precisamos nos curar, pois ao viver
“imaginando” que só querem nosso mal, talvez se esconda por trás disso, aquilo
que não desejamos que fosse visto. Ou será que o povo que “aprontava” enquanto
Moisés esperava a direção de Deus estava certo e ele errado?
Podemos nos desvencilhar ou fugir dos
questionamentos ou das correções fraternas que por ventura receberemos; sermos
habilidosos em omitir nossas fragilidades, mas nunca poderemos nos esconder dos
olhos de Deus, e é para refletir com Ele que esse tempo é tão propício.
Não dá pra viver uma coisa e sermos
outra. Ninguém gosta de amigos que só nos procuram pra pedir e nos respeitam
por que querem algo. Gostamos de amigos que possamos trazer em nossa casa,
partilhar nossas alegrias e tristezas, que nos visitam, que nos trazem
conforto, e não os que tem amizade conosco, muitas vezes, com temos com
Deus. (hunf!).
“(…) Que diz ela, afinal? A palavra está
perto de ti, na tua boca e no teu coração (Dt 30,14). Essa é a palavra da fé,
que pregamos. Portanto, se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se
em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. É
CRENDO DE CORAÇÃO QUE SE OBTÉM A JUSTIÇA, E É PROFESSANDO COM PALAVRAS QUE SE
CHEGA À SALVAÇÃO. A Escritura diz: Todo o que nele crer não será confundido (Is
28,16)”. (Romanos 10, 8-11)
Um imenso abraço fraterno!
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