DIA 11 - SEXTA - Evangelho- Jo 10,31-42
A oração mais perfeita e completa que temos é o PAI NOSSO.
Muitos dos nossos irmãos evangélicos criticam nosso rezar, porque dizem que se
trata de palavras repetidas, não são espontâneas, mas eu digo a você, meu
irmão, minha irmã. Se você souber entender a oração que Cristo nos deixou, se
refletir cada palavra, e se principalmente viver estas “palavras repetidas” não
precisamos de mais nenhuma oração. Porque aqui nós encontramos tudo o que
precisamos para sermos santos.
PAI NOSSO,
que estais no céu, santificado seja o vosso nome; Você já
reparou que Jesus não disse meu Pai? Deus é Pai de todos nós, e temos de
ter uma consciência comunitária nas nossas orações. Que está no céu,
em toda parte inclusive aqui, agora. Santificado seja o vosso nome significa
que não só o nome mais a realidade divina em três pessoas seja adorada,
glorificada, conhecida e acreditada no mundo inteiro. Para que isso
aconteça, precisamos fazer a nossa parte de anunciadores da mensagem de Jesus
Cristo.
Não temos
mais reis hoje em dia. Importante é explicar aos nossos filhos e aos meninos e
meninas do catecismo, o que isso significa: “venha a nós o governo de Deus.” Ou
seja, que todos permitam que Deus governe as suas vidas. Todos, porque não
devemos rezar como se só existisse a nossa pessoa no universo. O Pai Nosso está
no plural, como toda oração pronunciada por nós deve ser não somente para nós,
mas para todos.
Que seja feita a vontade do Pai, ou de Deus, e não a nossa vontade, não
a vontade de satanás, não a vontade do assaltante, não a vontade egoísta
daqueles que pretendem prejudicar-me, não a vontade daqueles que querem me
afastar do caminho, da verdade e da vida.
O pão
nosso de cada dia nos dai hoje; E amanhã? Eu não vou comer? Amanhã
nós vamos rezar, agradecer e pedir de novo. Este é o procedimento, porque Deus
nos aconselha a não nos preocuparmos com o dia de amanhã. Por isso vamos pedir
o pão somente para hoje. Pão, aqui, não significa somente o pão da
padaria, mas sim a comida, a saúde para trabalhar, o estudo que nos prepara
para ganhar dinheiro para comprar pão, o emprego que anda tão difícil hoje em
dia, etc.
Perdoai-nos
as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam; Já sei.
Você brigou com o seu vizinho que estava sendo injusto com você e sua família
perturbando o seu sossego com barulhos fora de hora, e está se achando tão
culpado que não pode nem comungar na próxima missa. Quando somos lesados,
injustiçados, precisamos recorrer aos nossos direitos. Porque se todo cristão
ficar bonzinho sem reclamar de nenhum abuso dos outros, todos vão se aproveitar
da gente, fazendo-nos de bobos. No entanto, depois da tempestade vem sempre a
calmaria, a paz. Fiquemos atentos, que Jesus sempre nos conduz a fazermos
as pazes. Você pode comungar se tiver o propósito de fazer de tudo futuramente
para se reconciliar com o seu vizinho. Hoje está difícil, depois de tanta
injustiça por parte dele e de tanta troca de verdades de um lado e do outro.
Para ficar de bem, pedir desculpas nem sempre se encaixa bem. Fará o mesmo
efeito, uma brincadeira, umas piadinhas, de cá e também, de lá. Deixa passar a
raiva, e então comece a se abrir para a reconciliação com seu irmão.
E não nos
deixeis cair em tentação, porque são muitas, aos milhares que nos cercam no nosso dia a dia,
tentando tirar-nos a paz e a amizade com Deus.
Mas
livrai-nos do mal. São tantos os males desta vida: Assaltos, roubos, acidentes,
tentações, etc.
Aqui temos a liberdade de chamar nosso Criador de PAI, e não somente meu
Pai, mas, NOSSO, o que nos leva a unidade com todos os irmãos espalhados pelo
mundo que também oram o PAI-NOSSO. Damos ao nome de Deus, o devido respeito
(Santificado seja Teu nome) e pedimos que Seu Reino esteja entre nós.
Entregamos nossa vida, quando pedimos que seja feita a vontade d’Ele. No meio
da oração, no centro, mais uma vez, tratamos Deus como Pai, afinal quem é o
responsável pelo nosso sustento, nosso pão de cada dia, senão o Pai?
Mostramos-nos arrependidos quando pedimos perdão pelos nossos pecados. E
assumimos nossas fraquezas, quando solicitamos a proteção, o livramento
daqueles males que não podemos controlar.
Entretanto, me pergunto: será que vivemos em unidade com nossos irmãos?
Será que verdadeiramente tratamos o nome de Deus com o devido respeito? E
aceitar as vontades d’Ele em nossa vida é fácil? Perdoamos nossos irmãos na
medida em que desejamos ser perdoados? E será que muitas vezes não facilitamos
o mal de entrar em nossas vidas?
Pai livra-me de reduzir as palavras vazias, a oração que Jesus nos
ensinou. Que eu saiba encontrar o sentido do pai-nosso, centrando minha vida na
filiação divina e na fraternidade. Amém!
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