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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Jesus Cristo, rei do universo, Cristo - Enviado por Vera Lúcia


24 de Novembro - Evangelho - Lc 23,35-43

SENHOR DA PAZ E DA UNIDADE (1)

Cristo é chamado a dirigir o povo de Deus, a ser seu condutor (cf 1ª
leitura); sua realeza é de origem divina e tem o primado sobre tudo, porque
nele o Pai pôs a plenitude de todas as coisas (2ª leitura). No entanto, o
evangelho de Lucas apresenta a realeza de Jesus narrando a paródia da sua
investidura como Rei dos Judeus na cruz, que lembra a outra paródia que se
deu no pretório de Pilatos e narrada pelos outros evangelistas. A
investidura real de Jesus se desenrola em torno da cruz, trono improvisado
do novo Messias. Para tornar mais evidente essa aproximação, Lucas recorda a
inscrição que encabeça a cruz (v. 38), mas sem dizer que se trata de um
motivo de condenação (cf Mt 27, 37). Assim, a inscrição tem o lugar da
palavra de investidura, como a do Pai que investe seu Filho no batismo (Lc

3,22). Além disso, Lucas introduz aqui um episódio que se refere a outro
lugar (v. 36a; cf Mt 27,48) e lhe acrescenta uma frase (v. 37b) com a qual a
multidão espera que Jesus se manifeste como rei; mas ele não quer que sua
realeza lhe advenha da fuga à sua sorte, e sim de sua fidelidade a ela!

*Cristo, rei de reconciliação*

Como em todas as coisas importantes na lei mosaica, é necessário que a
entronização seja reconhecida por duas testemunhas. Mas, enquanto as
testemunhas da investidura real da transfiguração são dois entre as
principais personagens do Antigo Testamento (Lc 9,28-36) e as testemunhas da
ressurreição são também misteriosas (Lc 24,4), as duas testemunhas da
entronização no Gólgota são apenas dois vulgares bandidos. Investidura
ridícula daquele que só será rei assumindo até o fim o escárnio!

Lucas coloca a seguir deste trecho o episódio dos dois ladrões, como que a
indicar que, para Cristo, o modo de exercer sua realeza sobre todos os
homens, inclusive sobre seus inimigos, é oferecendo-lhes o perdão (vv.
34a.39-43). Lucas é muito sensível a esta idéia em toda a narrativa da
paixão, mas aqui ela chega ao máximo. Com esse perdão, Cristo se apresenta
como novo Adão, aquele que pode ajudar a humanidade a reintegrar o paraíso
perdido pelo primeiro homem (cf Lc 3,38). É preciso ainda que essa
humanidade nova aceite o perdão de Deus e não se volte orgulhosamente sobre
si mesma. Cristo chega ao momento de sua vida em que poderá inaugurar uma
nova humanidade, libertada das alienações do pecado; oferece ao bom ladrão
participar dela, porque a sua vontade de perdoar é sem limites. O reino

de Cristo se manifesta sobre convertidos.

*Cristo, rei de perdão*

Os termos Rei e Messias ressoam em torno da cruz em fases zombeteiras e
provocantes. Nesta situação, Jesus tem um gesto verdadeiramente régio e
assegura ao malfeitor arrependido a entrada no reino do Pai. Também diante
dos adversários mais encarniçados, Jesus dirá palavras de perdão: "Pai,
perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Jesus exerce, pois, e manifesta
sua realeza não nas afirmações de um poder despótico, mas no serviço de um
perdão que busca a reconciliação.

Ele é o primogênito de toda a criatura (2ª leitura), e como todas as coisas
foram criadas nele, "foi do agrado de Deus reconciliar consigo todas as
coisas, por meio dele, estabelecendo a paz no sangue da sua cruz".

Cristo é rei porque, perdoando e morrendo para a remissão dos pecados, cria
uma nova unidade entre os homens. Quebrando a corrente do ódio, oferece a
possibilidade de um novo futuro.

*Um rei que veio para servir*

Reconhecendo que Jesus é rei, cremos que com ele Deus manifestou plenamente
que a realização do homem só se pode dar pela obediência à sua vontade. Não
há ação do homem que não esteja sob o juízo de Deus. Não pode haver lugar na
historia sem relação com Deus por meio de Jesus.

A doutrina do senhorio de Cristo nos ensina ainda que a vida a que somos
chamados é a mesma que viveu Jesus Cristo: vida de serviço aos irmãos.
Vivendo-a, confessamos seu senhorio e nos tornamos, como ele, homens de paz
e de reconciliação.

Na Igreja de Cristo, como em toda comunidade, o ministério (= serviço) da
autoridade é dado não para a afirmação pessoal, mas em função da unidade e
da caridade. Cristo, bom pastor, veio não para ser servido, mas para servir
(Mt 20,28; Mc 10,45) e dar a vida pelas ovelhas (Jo 10,11).
Essas afirmações ajudam a evitar as ambigüidades inerentes ao conceito de
realeza quando não compreendido no sentido da realeza de Cristo



Um comentário:

  1. Nossa me ajudou muito... muito bom este trabalho de divulgaçao... fiquem com Deus - Catia

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