EPIFANIA DO SENHOR
05/01/2014
1ª Leitura Isaias 60, 1-6
Salmo 71(72),1 “Todos os
reis hão de adorá-lo, hão de servi-lo todas as nações”
Evangelho Mateus 2, 1-12
UMA LUZ PARA TODOS
(EPIFANIA)
A visão que os astronautas tiveram do espaço sideral foi a mesma,
mas cada um reagiu de maneira diferente, afirma uma revista científica, que um
russo, ao chegar ao espaço e contemplar os planetas, entre eles a terra como
uma bola azul, teria afirmado em seu retorno “estive tão alto e não vi deus
algum”, ao contrário de um americano que ao contemplar a beleza da criação
presente nas estrelas, planetas e na imensidão do universo, confessou
emocionado que diante dessa beleza, é impossível não se perceber a presença de
uma força Criadora, que só pode ser Divina.
O mesmo sinal alegrou a um, porque o convenceu da existência de
Deus, enquanto que ao outro, deus estava ausente de tudo isso.
Desde que o mundo é mundo, e o primeiro homem pisou nessa terra,
Deus se revelou e continua a se revelar através de sinais, convidando cada ser
humano a fazer a experiência da fé, porém, cada homem reage diferente. Nesse
evangelho segundo São Mateus, na festa da epifania, podemos perceber
nitidamente duas reações diferentes diante do Deus que se revela, o rei Herodes
e sua corte, que tinham informações precisas sobre o acontecimento, longe de se
alegrarem, ficaram perturbados diante do nascimento de um novo rei, já os
Magos, ao verem a estrela, encheram-se de alegria e puseram-se a caminho,
atraídos pela luz.
Assim, em nossa vida, podemos também nos deixar mover pela fé,
fazendo de Jesus o sentido maior, único e verdadeiro da nossa existência, ou
podemos então ignora-lo e ficarmos a vida inteira estacionados no limite da
nossa lógica humana. A explicação dos sábios da corte, de que o grande rei
teria nascido em Belém, deve ter provocado uma gargalhada em geral, pois Belém
era apenas uma referência histórica por causa do Rei Davi, porque na realidade
era um vilarejo de pastores, periferia da periferia.
A novidade na economia ou na política, só pode acontecer em
Brasília ou nas grandes metrópoles brasileiras, onde está o poder político e
econômico, uma viagem em busca de algo realmente importante, e que signifique
mudanças na vida do povo, como o nascimento de um grande líder, só pode no
sentido periferia – centro, e não o contrário. Em se tratando do messias, que
era um tema religioso e político ao mesmo tempo, Jerusalém seria o palco das
atenções, e não a pequenina e desprezível Belém.
As estruturas poderosas do mundo têm conhecimento e informações
importantes sobre o nascimento do menino, porém, os poderosos não se movem pela
fé, mas sim pelo poder e pelo interesse político e econômico. Quando os magos
buscam informações no palácio de Herodes, só encontram mentira, hipocrisia e
falsidade, dos que conheciam a verdade das profecias.
Quando retomam o caminho de Belém, a estrela reaparece no céu,
sinalizando que estão na direção certa,
Os interesses escusos dos poderosos, motivados pelo egoísmo, não
deixam o homem enxergar o sinal de Deus onipresente. O palácio do grande rei
Herodes multiplicou-se pelo mundo inteiro e para eles, Deus é um perigoso
concorrente, porém, para pessoas como os Magos, que se movem pela fé, Deus é
causa de sua alegria e a razão primeira de sua vida. A força e a salvação que
vem de Deus, nos leva a dar a ele o melhor que temos por isso os magos abriram
seus cofres, ensinando-nos assim que devemos abrir nossos corações.
A Igreja é o Sacramento da Salvação para toda a humanidade, sua
missão ao evangelizar é conduzir todo homem para Deus, como a estrela guiou os
magos do oriente. Perguntemo-nos então, se o nosso modo de viver como cristãos
em comunidade, tem ajudado as pessoas a buscarem a Jesus e a fazerem experiência
dele em suas vidas. Será que algumas vezes a “corte do rei Herodes” não nos
atrai mais do que a manjedoura?
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