Dia 18 de Novembro de 2013
Evangelho – Lc 18,35-43
Nesta
cultura do aceleramento em que vivemos, raramente enxergamos o irmão que
sofre, os que estão esquecidos às margens do caminho,
necessitados de nossas mãos para
reerguer-los! Às vezes, até esbarramos nestes irmãos, mas não o enxergamos!
O mais triste ainda, é quando ouvimos os seus clamores
mas preferimos ignorá-los, para não nos
comprometer com Eles.
É
importante revermos a nossa impassibilidade diante dos que necessitam de nós,
afinal, como seguidores de Jesus, somos co-responsáveis pela vida do outro! Ser
indiferente aos que sofrem, é ser indiferente ao próprio Deus que nos
encarregou de cuidar deles!
O
maior testemunho cristão, é o amor a Deus concretizado no cuidado com os
que lhes são prediletos, é aí que se resume a lei e o sentido do
grande mandamento do amor, que nos faz entender que é amando o outro que amamos
a Deus!
O
evangelho de hoje, nos fala da cura de um cego, nos mostrando mais uma vez, as
ações vivificantes de Jesus, que tinha sempre o olhar voltado para às
margens do caminho, onde estavam e continua estando os que o mundo
despreza.
Enquanto
caminhava para Jerusalém, juntamente com os seus discípulos e uma grande
multidão, Jesus, ao passar pela cidade de Jericó, sente ressoar em
seus ouvidos, um pedido de socorro, um grito que partia de um cego, cuja a cegueira era apenas a privação de um dos seus sentidos,
ou seja, uma cegueira física e não espiritual.
Sentado
à beira do caminho, aquele cego percebe o que muitos de nós, não percebemos; a
passagem de Jesus pela nossa vida!
A
fé do cego de Jericó, ainda que imperfeita, era mais luminosa do
que a visão dos que o via, mas não o enxergava! Ele reconhece em Jesus o poder transformador de Deus, um poder que
liberta os excluídos, estes, que são jogados à beira do caminho, por uma
sociedade que os rejeita.
O
grito do cego, incomodou os que queriam Jesus só para eles,
mas quanto mais eles tentavam calar a voz do cego , mais alto ele
gritava e por fim, o seu grito de fé, tocou Jesus: “Filho de Davi tende
piedade de mim”!
Tomado de compaixão, Jesus interrompe sua caminhada e diz:
“Chamai-o”! Os mesmos que haviam tentado calar a voz do cego, agora o
encorajam: “Coragem, levante-te, porque Jesus está chamando você".
Movido pela fé, aquele cego, larga tudo, isto é, o único bem que ele possuía;
um manto e vai ao encontro de Jesus. Dirigindo-lhe
à palavra, Jesus pergunta: “O que queres que eu faça por você”?
- ” Senhor eu quero enxergar de novo.”
A resposta de Jesus, como sempre uma resposta de amor, transforma a vida
daquele homem: "A sua fé te curou." No mesmo instante, ele
passou a enxergar. Sua cura foi fruto da sua fé.
A princípio, pode nos parecer estranho, Jesus ter lhe perguntado: ”Que
queres que eu faça por você”? Certamente, Jesus sabia o que ele queria,
mas quis ouvir dos seus próprios lábios. Com isto, Jesus nos ensina
que a oração é um exercício de fé, que aprimora também o nosso
relacionamento com Deus, um pedido, é também uma oração! Devolvendo
a visão ao cego de Jericó, Jesus o recoloca de pé, inserindo-o na sociedade,
a mesma sociedade que o rejeitou.
Após
ser curado, àquele que já não é mais cego, sente ampliar a sua visão, ele
não foi embora para viver a vida à sua maneira, pelo contrário, passou a fazer
do caminho de Jesus, o seu caminho, tornando um seu fiel seguidor, um
modelo para todos nós, que queremos “seguir Jesus, rumo a uma nova
Jerusalém.
FIQUE
NA PAZ DE JESUS! - Olívia
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