1ª. Leitura – Malaquias 3, 19-20 – “ Jesus, o
sol da justiça”
Refletindo sobre essa profecia, cabe a cada um de nós, distinguir de que
lado nos encontramos no momento atual da nossa vida. “O dia abrasador como fornalha”, virá para os soberbos e
os ímpios que, serão queimados como palha, e, consequentemente, apagados da
vida. Porém, para os que temem o nome do Senhor, “nascerá o sol da justiça trazendo salvação em suas asas”. O
sol da justiça é Jesus, Salvação de todos aqueles (as) que crerem Nele e O
aceitarem como Enviado de Deus. Ímpio, é aquele (a) que se diz, ateu, herege, incrédulo, irreligioso, descrente, agnóstico,
isto é, alguém que não acredita em Deus, e, por isso O desconhece. O pecado da
impiedade é aquele em que nós tiramos Deus do centro da nossa vida e nos
colocamos no Seu lugar, como “senhores” da nossa existência. O dom
do temor de Deus foi ministrado no nosso Batismo e, consiste na capacidade que
recebemos de amá-Lo, respeitá-Lo, e, mais ainda, na nossa disposição em zelar o
Seu Nome reconhecendo que Ele é o nosso Criador e Pai e, por isso, nós não
podemos ofendê-lo. O temor a Deus nos leva a ter horror ao pecado e abraçar a
salvação progredindo na busca da santidade e da justiça. Por isso, o profeta
nos adverte e conscientiza de que Deus tem poder para nos condenar ou salvar,
dependendo da nossa disposição de aceitá-Lo ou rejeitá-Lo. Para isso, nos foi
dado o livre arbítrio de escolha. Com certeza, o “dia abrasador” já
está chegando e, precisamos nos posicionar num espaço em
que, Jesus, o “sol da justiça” possa nos
cobrir e nos proteger do fogo que tenta nos destruir.-
Você acha que esse dia ainda virá ou já está acontecendo? – Em que lugar você
tem colocado Deus na sua vida? – Você, verdadeiramente, teme o nome do Senhor?
– Você tem medo de Deus?
Salmo 97 – “O Senhor virá julgar a terra inteira;
com justiça julgará!”
O Senhor vem julgar a terra inteira e o fará, com justiça e com
equidade, diz o salmista. O universo como um todo, isto é, todas as coisas
criadas serão ajuizadas pelo Seu Criador: a natureza, os animais, os vegetais,
os minerais e, o homem e a mulher, obra prima de Deus. O salmo nos dá a
entender que o momento do julgamento será de muita alegria e libertação, por
isso, o salmista nos convoca a cantar salmos de louvores e, intima a que
também, o mar, as montanhas e os rios aplaudam com júbilo, a manifestação do
Deus que virá nos libertar.
2ª. Leitura – 2 Tessalonicenses 3, 7-12 – “um
exemplo a ser imitado”
Nesta carta São Paulo é enfático em afirmar: “Quem não
quer trabalhar também não deve comer”. Mesmo os que estão a serviço
do reino, são chamados a cooperar na construção da obra que Deus deixou para
nós e não ser pesado a ninguém, como nos recomenda São Paulo. Está escrito: “Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra
de que foste tirado;” (Gen. 3, 19), portanto, façamos também um
exame de consciência e vejamos qual tem sido a nossa contribuição na produção
do pão que estamos comendo. Deus
criou o mundo e deu a cada um de nós a responsabilidade de administrar as
coisas criadas. Tudo o que Ele nos entregou é bom e útil para a nossa
sobrevivência. Contudo, as coisas por si só não vão acontecer se não houver um
comprometimento da nossa parte. O trabalho é um dom de Deus
para dignificar o homem e fazê-lo desenvolver os talentos que recebeu a fim de
construir um mundo justo, sociável e aprazível para se viver. Muitas pessoas
vivem equivocadas e dizem que tudo o que Deus criou é para todos. Sim, com
certeza todos devemos ter oportunidade e acesso às coisas criadas, porém,
compete a cada um a transformação e a evolução de cada bem que o Senhor deixou
para o bem comum. Diante disso, nós precisamos estar atentos
com as pessoas que, às vezes, usam de subterfúgios para fugir das
responsabilidades e, “ocupados em não fazer nada”,
exploram outras disfarçando a sua preguiça por detrás de “enfermidades” que
nunca se acabam exigindo e cobrando delas, ajuda como forma de caridade. Muitas
vezes, nesses casos, nós estamos contribuindo e sendo coniventes com a
indolência dos que usam dessa artimanha. –
Você tem incentivado as pessoas que vivem na indolência a assumirem
responsabilidade ou tem contribuído para que continuem assim? – Você trabalha?
– O seu trabalho é algo que lhe sobrecarrega ou que o torna livre? – Você tem
sido pesado a alguém? – Você tem contribuído para a evolução do mundo criado
por Deus? – Você tem colhido o que plantou?
Evangelho Lucas 21, 5-19 – “o tempo está próximo”
No Evangelho de hoje Jesus nos fala claramente, de coisas, fatos e
acontecimentos que fazem parte do nosso cotidiano e que são para nós, sinais de
que os prognósticos do Senhor já se manifestam no mundo. Guerras, revoluções,
terremotos, fome, peste, miséria, violência, fazem parte das manchetes dos
jornais e das edições extraordinárias dos noticiários da TV. Porém, Jesus nos
esclarece, também, que ainda não é o fim, mas que é preciso que essas coisas
aconteçam primeiro. O objetivo primeiro da nossa meditação hoje, no entanto, é
fazer uma avaliação da influência que nós temos dentro desse cenário que se
apresenta assim tão sombrio. Imaginamos que as guerras são apenas aquelas que
acontecem longe de nós, entre os povos distantes, porém Jesus vem nos falar de
perseguições dentro da nossa própria casa, entre pais, irmãos, parentes e
amigos. É, justamente aí, que podemos estar situados como colaboradores das
desgraças que acontecem no mundo, atualmente. Os nossos relacionamentos dentro
da nossa família e da própria comunidade cristã, muitas vezes, acontecem dentro
de um clima de disputas e rivalidades, que constituem os germes da violência e
da agressão. Nenhum de nós, nem as nossas famílias, estamos dispensados “dessas
coisas pavorosas” de que nos fala o Evangelho. Os sinais são evidentes e são
facilmente detectados na maneira como nos tratamos uns aos outros, com
grosseria ou ainda pior, com indiferença e desprezo. A nossa vida é um
“salve-se quem puder” e, se pensarmos bem, nós não estamos aproveitando os seus
desafios para testemunhar a nossa fé, como nos sugere Jesus. “É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida”, esse é
o conselho de Jesus para nós, hoje. Portanto, mesmo diante de tantos sinais de
destruição, nós poderemos ter um coração tranquilo e, na reta final de mais um
ano de aprendizado, ter plena confiança de que não perderemos nem um só fio de
cabelo da nossa cabeça e que, a nossa perseverança nos fará ganhar uma vida
nova, no final de tudo. - Qual a mensagem pessoal que você tira desse Evangelho? –
Você tem percebido no mundo essas coisas pavorosas de que fala o Evangelho?-
Como estão acontecendo, as coisas dentro da sua casa? – As dificuldades pelas
quais você tem passado, o (a) fazem mais confiantes ainda nas promessas do
Senhor? Reflita sobre isso.
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