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domingo, 24 de novembro de 2013

Jesus Cristo, rei do universo - Enviado por Vera Lúcia



SENHOR DA PAZ E DA UNIDADE

Cristo é chamado a dirigir o povo de Deus, a ser seu condutor (cf 1ª leitura); sua realeza é de origem divina e tem o primado sobre tudo, porque nele o Pai pôs a plenitude de todas as coisas (2ª leitura). No entanto, o evangelho de Lucas apresenta a realeza de Jesus narrando a paródia da sua investidura como Rei dos Judeus na cruz, que lembra a outra paródia que se deu no pretório de Pilatos e narrada pelos outros evangelistas. A investidura real de Jesus se desenrola em torno da cruz, trono improvisado do novo Messias. Para tornar mais evidente essa aproximação, Lucas recorda a inscrição que encabeça a cruz (v. 38), mas sem dizer que se trata de um motivo de condenação (cf Mt 27, 37). Assim, a inscrição tem o lugar da palavra de investidura, como a do Pai que investe seu Filho no batismo (Lc 3,22). Além disso, Lucas introduz aqui um episódio que se refere a outro lugar (v. 36a; cf Mt 27,48) e lhe acrescenta uma frase (v. 37b) com a qual a multidão espera que Jesus se manifeste como rei; mas ele não quer que sua realeza lhe advenha da fuga à sua sorte, e sim de sua fidelidade a ela!

*Cristo, rei de reconciliação*

Como em todas as coisas importantes na lei mosaica, é necessário que a entronização seja reconhecida por duas testemunhas. Mas, enquanto as testemunhas da investidura real da transfiguração são dois entre as principais personagens do Antigo Testamento (Lc 9,28-36) e as testemunhas da ressurreição são também misteriosas (Lc 24,4), as duas testemunhas da entronização no Gólgota são apenas dois vulgares bandidos. Investidura ridícula daquele que só será rei assumindo até o fim o escárnio!
Lucas coloca a seguir deste trecho o episódio dos dois ladrões, como que a indicar que, para Cristo, o modo de exercer sua realeza sobre todos os homens, inclusive sobre seus inimigos, é oferecendo-lhes o perdão (vv. 34a.39-43). Lucas é muito sensível a esta idéia em toda a narrativa da paixão, mas aqui ela chega ao máximo. Com esse perdão, Cristo se apresenta como novo Adão, aquele que pode ajudar a humanidade a reintegrar o paraíso perdido pelo primeiro homem (cf Lc 3,38). É preciso ainda que essa humanidade nova aceite o perdão de Deus e não se volte orgulhosamente sobre si mesma. Cristo chega ao momento de sua vida em que poderá inaugurar uma nova humanidade, libertada das alienações do pecado; oferece ao bom ladrão participar dela, porque a sua vontade de perdoar é sem limites. O reino de Cristo se manifesta sobre convertidos.

 *Cristo, rei de perdão*

Os termos Rei e Messias ressoam em torno da cruz em fases zombeteiras e provocantes. Nesta situação, Jesus tem um gesto verdadeiramente régio  assegura ao malfeitor arrependido a entrada no reino do Pai. Também diante dos adversários mais encarniçados, Jesus dirá palavras de perdão: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Jesus exerce, pois, e manifesta sua realeza não nas afirmações de um poder despótico, mas no serviço de um perdão que busca a reconciliação.
Ele é o primogênito de toda a criatura (2ª leitura), e como todas as coisas foram criadas nele, "foi do agrado de Deus reconciliar consigo todas as coisas, por meio dele, estabelecendo a paz no sangue da sua cruz".
Cristo é rei porque, perdoando e morrendo para a remissão dos pecados, cria uma nova unidade entre os homens. Quebrando a corrente do ódio, oferece  a possibilidade de um novo futuro.

*Um rei que veio para servir*

Reconhecendo que Jesus é rei, cremos que com ele Deus manifestou plenamente que a realização do homem só se pode dar pela obediência à sua vontade. Não há ação do homem que não esteja sob o juízo de Deus. Não pode haver lugar na historia sem relação com Deus por meio de Jesus.
A doutrina do senhorio de Cristo nos ensina ainda que a vida a que somos chamados é a mesma que viveu Jesus Cristo: vida de serviço aos irmãos.
Vivendo-a, confessamos seu senhorio e nos tornamos, como ele, homens de paz e de reconciliação.
Na Igreja de Cristo, como em toda comunidade, o ministério (= serviço) da autoridade é dado não para a afirmação pessoal, mas em função da unidade e da caridade. Cristo, bom pastor, veio não para ser servido, mas para servir (Mt 20,28; Mc 10,45) e dar a vida pelas ovelhas (Jo 10,11).
Essas afirmações ajudam a evitar as ambiguidades inerentes ao conceito de realeza quando não compreendido no sentido da realeza de Cristo



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