SEGUNDA- 23 de Dezembro de 2013 -
Evangelho - Lc 1,57-66
A mão do Senhor estava com ele.
Este Evangelho narra o nascimento de
João Batista.
A mão do Senhor estava com João Batista,
para protegê-lo sempre e para que ele crescesse e se desenvolvesse na direção
do plano de Deus para o qual foi criado. Sua missão era muito importante:
preparar o caminho do Jesus, preparando o povo para recebê-lo. Ele devia ser
“uma voz que clama no deserto” (Lc 3,4).
João colaborou com a graça de Deus: foi
para o deserto, fez penitência, anunciou a justiça e denunciou a injustiça. Foi
corajoso, e por isso morreu mártir.
Também nós temos uma missão na terra,
que é só nossa, como João Batista. Ele é um exemplo para nós. Na crisma, nós
nos tornamos profetas de Cristo e membros ativos da sua Igreja, na qual devemos
cumprir uma função, isto é, uma pastoral, ministério ou serviço. A mão do
Senhor está conosco, como esteve sempre com João Batista.
“A Boca de Zacarias se abriu, sua língua
se soltou, e ele começou a louvar a Deus.” O primeiro gesto profético de João
Batista foi, logo que nasceu, abrir a boca de seu pai Zacarias. O profeta abre
os nossos ouvidos para ouvirmos os recados que Deus tem para o povo, abre os
nossos olhos para vermos o mundo que nos rodeia, e abre a nossa boca para
proclamar, apontando as situações evangélicas e denunciando as situações
anti-evangélicas. Não é fácil fazer isso, mas a mão do Senhor está conosco.
O Novo Testamento começa com dois fatos
humanamente impossíveis, e que por isso exigiram muita fé: uma senhora idosa dá
à luz, e uma jovem fica grávida sem relação com um homem. O plano de Deus
ultrapassa as realidades empíricas e naturais, por isso exigem fé.
Santo Tomás de Aquino era italiano e
viveu no Séc. XIII. Entrou na Ordem dos Dominicanos e tornou-se um dos maiores
teólogos da Igreja.
Era um homem muito simples, alegre e
brincalhão. Era também, dizem, um pouco distraído, o que é próprio das pessoas
de inteligência muito profunda.
Um dia, ele estava almoçando, chegou um
Irmão e lhe disse: “Pe. Tomás, venha aqui fora ver um boi voando!”
Ele foi, coitado! Chegou lá fora, olhou
para cima e não viu nada. Então o Irmão deu risada e disse: “Mas Pe. Tomás,
onde já se viu um boi voar!” Ele respondeu: “Eu acho mais fácil um boi voar do
que um religioso mentir”.
Pronto. Foi buscar lã e saiu tosquiado.
Os pecadores gostam de mentir. Mentem
até por brincadeira. Mas os cristãos não estão acostumados com mentira; por
isso às vezes acredita nas pessoas até “demais”. O profeta é fiel à verdade.
Que Maria Santíssima, a Rainha dos
Profetas, e S. João Batista, nos ajudem a ser bons profetas e boas profetizas de
Deus.
A mão do Senhor estava com ele.
Pe. Queiroz
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