QUINTA- 12 de Dezembro de 2013 - Evangelho
- Lc 1,39-47
Bendita és tu entre as mulheres e
bendito é o fruto do teu ventre!
Hoje é com alegria que nós celebramos a
festa de NOSAS SENHORA DE GUADALUPE, a Padroeira da América Latina. O Evangelho
nos apresente a solicitude de Maria, indo apressadamente ajudar a prima Isabel,
e a saudação de Isabel: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do
teu ventre!” Essa sua solicitude não parou na sua Assunção, pelo contrário, ela
se multiplicou e se estendeu pelos séculos, especialmente nos seus santuários.
Vejamos um pouquinho da história deste
título da Mãe de Jesus e nossa. No Séc. XVI, o México ainda era colônia da
Espanha, havia, em um lugarejo chamado Gradalupe, um jovem índio asteca,
cristão católico, chamado Juan Diego Cuauhtlatoatzin, que hoje é santo
canonizado. Juan Diego foi o nome que ele ganhou no batismo. Guadalupe ficava
pertinho da capital mexicana. Hoje faz parte da Grande México.
Dia nove de dezembro de 1531, Juan Diego
estava em cima de uma colina, Maria Santíssima lhe apareceu e disse: “Filho, vá
até a cidade e peça ao bispo que construa para mim um santuário aqui neste
local”.
Juan foi, transmitiu o recado ao bispo,
mas este não deu importância.
Passado um bom tempo, Juan vê novamente
a Virgem, no mesmo local. Ela repetiu o pedido. O jovem voltou ao bispo e
insistiu chorando para que atendesse Nossa Senhora.
O bispo então lhe falou: “Se ela
aparecer de novo, peça-lhe um sinal, a fim de sabermos se o pedido vem mesmo da
mãe de Jesus”.
Dias depois, Diego estava indo apressadamente
à cidade do México, que naquele tempo era bem pequena, a fim de chamar um padre
para atender o seu tio que estava muito mal.
Quando passava em cima da colina Maria
lhe aparece novamente e diz: “Caro filho, não se preocupe com a saúde do seu tio,
ele sarou”.
Diego então tirou o seu manto e o
estendeu aos pés dela, para lhe prestar homenagem. Era assim que os astecas
homenageavam as pessoas.
Logo depois, ficou deslumbrado. De um
momento para outro, o seu manto ficou coberto de flores belíssimas, perfumadas
e recém desabrochadas. Isso, apesar de ser inverno, tempo em que não existem
flores na região.
Maria então lhe falou: “Leve este seu
manto, com as flores, e o estenda na frente do bispo, como prova”.
Diego levou e, para surpresa de todos,
quando abriu o manto na frente do bispo, havia nele uma belíssima estampa de
Maria Santíssima, exatamente como lhe aparecia! Todos os que estavam ali
ficaram impressionados com o prodígio.
Pegaram o manto com cuidado e o
colocaram na capela da casa do bispo, até que fosse erguido o santuário. Depois
de construído, o manto foi levado para lá.
O afluxo de peregrinos foi aumentando,
aumentando... E continua aumentando até hoje. Atualmente recebe catorze milhões
de peregrinos por ano.
É difícil comparar o Santuário de
Guadalupe com o de Aparecida, em termos de peregrinos. Porque Aparecida tem
menos visitantes, nove milhões por ano, mas a cidade é pequena e os romeiros
têm de fazer longas viagens. Ao passo que Guadalupe faz parte da Grande México,
que tem quase vinte milhões de habitantes, e tem metrô que leva ao santuário.
O quadro de N. Sra. de Guadalupe mostra
a Mãe de Jesus de corpo inteiro e grávida, combinando com o tempo em que
apareceu: o advento.
Ela tem o mesmo rosto das índias
mexicanas. Usa um vestido vermelho e um manto azul cheio de estrelas. Tem as
mãos postas como quem está rezando. E carrega no braço um pano marrom, que era
o distintivo das índias mexicanas grávidas.
Maria está pisando em cima da lua. Os
índios astecas adoravam a lua. Foi naturalmente um pedido a eles para que não
adorassem a lua, e sim o seu Criador.
Ela está cercada de nuvens e é
sustentada por um anjo, indicando a sua assunção ao céu.
O quadro lembra a segunda vinda de
Cristo, que é uma das marcas do advento. Jesus veio no Natal, há mais de dois
mil anos, mas voltará. A nível cósmico, esta sua segunda vinda acontecerá no
fim do mundo. Mas, a nível pessoal, ela será após a nossa morte, quando nos
encontraremos com Cristo Juiz.
Outro detalhe: Naquela época, no México,
os índios estavam sendo cruelmente escravizados pelos espanhóis. Não aparecendo
para um espanhol, e sim para um índio, Maria está condenando a escravatura.
Tanto nos Evangelhos como nas várias aparições, Maria nos mostra um coração
cheio de amor pelo seu Filho, pelas mulheres e pelos excluídos.
O primeiro milagre de N. Sra. de
Guadalupe foi a cura de um enfermo, o tio de Juan Diego.
No quadro, ela tem as mãos postas, em
oração.
Peçamos a N. Sra. de Guadalupe que,
assim como conseguiu de Deus a saúde para o tio de seu querido Juan Diego, que
interceda por nós também, a fim de que tenhamos a saúde do corpo e da alma.
Bendita és tu entre as mulheres e
bendito é o fruto do teu ventre!
Pe.Queiroz
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