Bom dia!
Temos a impressão nesse evangelho que
nosso trabalho, nossa labuta e esforço não são reconhecidos por esse Senhor que
chega, come, não agradece e vai embora sem se despedir, mas reparem que o servo
que esta servindo é aquele que irá em breve lavar os pés dos seus e mesmo assim
irá terminar numa cruz.
Já notaram como tratamos Jesus?
Parecemos esse senhor que se aproxima, exige milagres, favores, olhares, mas ao
fim não agradece, não permanece fiel, não muda! Na primeira vez que lemos temos
o olhar de Deus como mestre, mas o que vemos hoje é um mundo preso a religiões
e praticas que serão populares se Deus for funcionário dos seus seguidores…
É triste, mas é verdade!
Desde aquela época Jesus era amado e
idolatrado, pois trazia não somente a Boa Nova, mas por trazer alivio as dores
e mazelas daqueles que o cercavam. Seu manto era tocado, sua sombra era
disputada, sua atenção era preciosa… Mas quando teve que ir para cruz teve que
enfrentar a solidão, o descaso e a ingratidão até mesmo dos seus. O engraçado é
o gesto nobre do Senhor, que mesmo prevendo tudo isso diz: “(…) Por acaso o
empregado merece agradecimento porque obedeceu às suas ordens”?
Se voltarmos o nosso olhar para muitas
(e nossas também) comunidades veremos o que? Ministros de música que querem
receber pagamento pra tocar nas missas; veremos alguns pregadores profissionais
que esquecem que o Apóstolo Paulo tecia tendas para se sustentar e defendia que
as pessoas deveriam somente comer se trabalhassem.
“(…) Encontrou ali um judeu chamado
Áquila, natural do Ponto, e sua mulher Priscila. Eles pouco antes haviam
chegado da Itália, por Cláudio ter decretado que todos os judeus saíssem de
Roma. Paulo uniu-se a eles. Como exercessem o mesmo ofício, morava e trabalhava
com eles. Eram fabricantes de tendas”. (Atos dos Apóstolos 18, 2-3)
Acho estranha essa inversão de valores
que meio nos assola e atormenta. Ministros, padres, lideranças que se acham
mais importantes que o próprio Deus que se faz pão; Quando minha vaidade é tão
grande que o microfone não abaixa do 12; quando minhas homilias mais são
ataques e desabafos a aqueles que não gosto ou aturo… E no meio disso um povo
sem saber o que esta acontecendo…
Chato ver pessoas que acreditam em Deus
brigar, sendo elas da mesma ou de outra religião. Será quem é o Senhor? Quem é
o servo? Estamos confundindo?
Pastores enriquecendo e pedindo que as
“ovelhas” abdiquem do dinheiro, do que é material, (…) é meio contra-senso, não
acham? Ver pessoas saindo da comunidade por dificuldade com os irmãos também é.
Qual é nossa função então? “(…) Prepare o jantar para mim, ponha o avental e me
sirva enquanto eu como e bebo. Depois você pode comer e beber”.
Façamos nossa função. Exerçamos nosso
ministério com respeito e afinco. Não percamos ninguém por nossas diferenças.
Façamos realmente o que Deus quer.
Um imenso abraço fraterno.
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