Segunda 18 de Novembro de 2013 - Evangelho
- Lc 21,5-19
Evangelho: Lucas 18, 35-43
O cego em
Jericó. A aproximação de Jericó assinala a última etapa da viagem de Jesus a
Jerusalém. Aqui, como no incidente das crianças, os discípulos tentam impedir
uma pessoa "insignificante" de perturbar o Mestre. O evangelista
continua em outro nível a apresentar a vida da Igreja como uma viagem com Jesus
no caminho do Senhor. A observação de que "os que iam na frente" são
os que repreendem o mendigo é advertência sutil aos chefes religiosos que
menosprezam as nececidades dos indefesos . Mas Jesus veio para esses humildes
que expressam sua necessidade de salvação. Este capítulo é uma galeria deles: a
viúva, o coletor de impostos, as crianças e agora o mendigo cego.
Em Marcos,
o mendigo é identificado como Bartimeu. Cego como é, exclama com discernimento
inspirado, chamando Jesus pelo título messiânico de "filho
de David". Quando interrogado, ele vai mais longe e identifica
Jesus como "Senhor". Em resposta a essa fé, recebe a mensagem de libertação
que agora já é frase estereotipada: "A tua fé te salvou!". Tanto o
mendigo como as testemunhas entendem o significado definitivo desse ato de
poder e glorificam a Deus.
Nossa
cegueira é muito grande. Fechamos nossos olhos diante de muitas coisas erradas
que acontecem: Dentro de nós, na nossa família, na nossa vizinhança, no
ambiente de trabalho, na escola e na sociedade. Com o receio de que alguém diga
que estamos falando mal do próximo, nos calamos diante de muita coisa errada
que as pessoas fazem em nossa volta e que muito nos prejudica.
É preciso diferenciar as palavras denunciar
de fofocar. Falar mal do próximo é uma coisa. Denunciar o mal que o próximo
faz, é outra coisa parecida, mas diferente. Os profetas anunciavam e
denunciavam. Por isso eram mal vistos por aqueles cujas maldades que faziam
eram apontadas pelos profetas. O próprio Jesus Cristo denunciou os defeitos
principalmente dos fariseus e muitas vezes os chamou de hipócritas na cara
deles.
Tem gente
que ainda não entendeu porque Jesus foi morto. Se Ele era bom, como pode tê-lo
matado? Se Ele era poderoso porque não destruiu os cravos que lhe pregaram na
cruz?
Temos medo de denunciar. Temos medo das
conseqüências e das retaliações. Por isso fingimos não ver o que os nossos
jovens estão fazendo, fingimos não ver até o caminho que nos nossos filhos
estão se embrenhando, por que a psicologia moderna diz que eles podem ficar
traumatizados se agirmos com muita pressão em cima deles.
Errado! Jovem precisa de energia por
parte dos pais e superiores. Porque mesmo com toda aquela arrogância, com
aquele nariz empinado de quem sabe tudo, de quem pode tudo, os jovens no fundo
são muito inseguros, por que não tem uma coisa que nós os maduros temos, que é
a experiência. E os jovens precisam de controle, sim. Eles mesmos sentem quando
os próprios pais não exercem esta energia controladora com eles. Eles sentem
quando a direção da escola não os controla como deveria.
Se a diretora ou a professora quiser dar
uma de boazinha e fechar os olhos para com os abusos e indisciplina dos jovens,
se não colocar limite no seu comportamento, a escola com certeza se
transformará num inferno.
Assim,
também a sociedade. Se ninguém denunciar as coisas erradas que acontecem em
nossa volta, o mal tende a crescer e se avolumar transformando em um
monstro que vai nos devorar como já está acontecendo em certos lugares deste
nosso Planeta .
O Cristão não deve falara mal do
próximo, mas tem de denunciar sim, porque a nossa missão é construir um mundo
melhor. E só conseguiremos isso através da denúncia das coisas erradas que o
nosso próximo faz. Devemos atacar o erro e não a pessoa que o comete. Isso é
outra coisa que também sempre confundimos, mas temos de separá-las.
Há um ditado que diz que “na casa da
avó, tudo pode”. Infelizmente tenho de denunciar aqui um grande problema
familiar que está neste momento corroendo as estruturas mestras das nossas
famílias. Os avós não fazem por mal. Mas ao serem muitos liberais com os
netinhos estão tirando a autoridade dos pais, e prejudicando a educação das
crianças as quais quando crescerem, vão querer fazer tudo que lhes vêm na
cabeça, e isso é mau uso da liberdade. Isso acarreta uma série de complicações
familiares, sociais, morais e econômicas.
Sal
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