21 de novembro de 2020
Evangelho Mt 12,46-50
Evangelho
E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora
sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe.
E disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua
mãe e teus irmãos, que querem falar-te.
Ele, porém, respondendo, disse ao que lhe
falara: Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos?
E, estendendo a sua mão para os seus discípulos,
disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos;
Porque, qualquer que fizer a vontade de meu Pai
que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe.
Hoje a Igreja celebra e comemora a Festa de apresentação de Nossa
Senhora. Festa esta que é celebrada desde o século XIV. Um homenagem
muito merecida para aquela que fez uma doação de si mesma para o Plano
de Deus. Por isso Maria é o melhor exemplo para toda pessoa que se
consagra ao nosso Deus todo Poderoso, no
serviço da salvação da humanidade.
O Evangelho de hoje, nos mostra Jesus tendo uma
reação aparentemente grosseira com a sua mãe. Porém, Ele quer nos mostrar
que a dedicação para com o Reino de Deus é mais importante do que tudo,
inclusive mais importante do que os pais e familiares.
Então,
a resposta de Jesus quando lhe disseram que sua mãe e seus irmãos estavam lá fora
querendo falar com Ele, não foi uma resposta rude ou mesmo grosseira. Mas sim,
uma resposta de quem tem Deus em primeiro lugar em sua visa! É o que nós
devemos copiar e seguir.
”Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse
é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”
Como
sabemos, a vontade do Pai é que nos amemos uns aos outros. Ajudando, perdoando,
colaborando, emprestando sem nos preocupar com o retorno, nunca prejudicando
ninguém, sem fazer política de congelar alguma pessoa, sem passar os outros
para traz, enfim, sem fazer nada daquilo que assistimos no cinema, nas novelas,
no teatro, que nada mais é do que a retratação do que acontece na vida real no
dia a dia.
Como
é duro fazer a vontade do Pai! Um dia em seu sermão um padre disse que
geralmente quando as pessoas vão ao confessionário, a preocupação número
um é com os pecados da carne, ou seja, o comportamento sexual o nosso desvio de
conduta. Esquecendo-se de que a caridade é muito mais importante. Discutimos
com a esposa, com a sogra, com o vizinho, e depois estamos na fila da comunhão.
Dependendo do tipo da discussão, se foi apenas reclamação sobre algum tipo de
injustiça, até podemos comungar. Porém, se nos colocamos em posição de ofensas,
desabafos de rancor, ameaças, graves ofensas verbais ou mesmo predisposição
para brigar, sem que a outra pessoa tenha sido injusta, precisamos rever os
nossos valores, nossos conceitos de pecado, precisamos consultar um sacerdote.
Muitos
de nós já presenciamos cenas de discussões carregadas de ofensas sérias por
ambas as partes, e no dia seguinte, estão todos na fila da comunhão.
Irmãos.
O que observamos é que muitos comungam, enquanto são poucos os que procuram o
sacerdote para uma confissão. Será que a maioria se julga santos? Será que não
percebem ou não sabem que a falta de
caridade é o pecado mais grave depois da falta de fé? Pois o que vemos por aí,
é muita falta de compadecimento com o sofrimento dos sem tetos!
A
falta de fé e a falta de caridade, são os maiores pecados. E geralmente nós passamos
por cima disso, com a desculpa de que estamos corrigindo, educando, apenas
dando ordens na administração da empresa, da escola etc. E o que acontece é que
na verdade, ofendemos e magoamos gravemente as pessoas que às vezes não
têm nenhum poder de fogo para nos enfrentar.
Não
estamos querendo afirmar que os pecados da carne, não têm nenhuma importância
para a nossa salvação. Nem tampouco queremos com estas palavras dizer que a
promiscuidade está liberada.
Caríssimos.
Vamos prestar mais atenção na nossa conduta para ver nos mínimos detalhes, se
não estamos faltando com a caridade começando com os nossos familiares, na
escola, no emprego, na rua, no trânsito.
Vamos
avaliar também a nossa dedicação para com o Reino de Deus que também é nosso.
Estamos sendo missionários, catequistas, cristãos de verdade, ou só na teoria?
Tenha
um bom dia. José Salviano
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