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terça-feira, 3 de novembro de 2020

-Jesus nos pede a renúncia-José Salviano

 

04 de Novembro de 2020

 

Evangelho Lc 14,25-33


Evangelho

Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe:
Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo.
Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?
Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,
Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.
Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?
De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores, e pede condições de paz.
Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.


Jesus nos pede a renúncia e a aceitação  das nossas cruzes, para podermos segui-lo.

Em um mundo do conforto, do controle remoto,  das operações bancárias  pelo celular,  da entrega de comida,  das compras pela internet,  fica muito complicado  a gente falar  em sacrifícios e em cruzes.  Só que nos esquecemos de que mesmo com todo este conforto tecnológico e logístico dos nossos tempos, ninguém está livre de passar maus momentos com problemas  relativos a segurança, (assaltos, invasão de residência, sequestros)  e também, e principalmente com a sua saúde (acidentes inesperados).  E mesmo tendo os melhores planos de saúde, o indivíduo pode  sofrer muito e até morrer, mesmo sendo muito rico.  Por que isso é a lei da vida. Ninguém  escapa das fatalidades, as quais, muitas vezes nem sempre são tão fatais assim.  São provocadas pela nossa própria culpa.

A NOSSA VERDADEIRA FORÇA  é aquela que nos vem de Deus, a  nossa  força  não está  na riqueza,  nem no poder político, ou no potencial  bélico.  Mais sim,  a nossa força verdadeira está no PODER DE DEUS  que permanece sempre ao nosso dispor.  Mas para nos disponibilizar dele, precisamos  fazer tudo o que Jesus nos ensinou. Precisamos  amar a Deus e ao irmão. E para isso temos de recusar algumas coisas e também temos de suportar o peso das nossas cruzes.

E sabe por que nós temos a força? Por que foi o próprio Jesus quem disse: Quando estiver em mim e eu em ti, peça o que quiseres e vos será dado.  Experimente  viver assim, experimente fazer o que Jesus nos ensinou, e você verá a sua vida mudar. 

No Evangelho de hoje, nós vemos que Jesus nos impõe condições  sérias para o seu seguimento:  A RENÚNCIA E A CRUZ!

E a primeira destas renúncias é o pecado em si, o qual  se subdivide em: Egoísmo, escolhas eradas,  inveja,  competição desleal,  e principalmente pela falta de CARIDADE... renunciar ao pecado, é a condição  primeira para seguir  a Jesus Cristo.

Outras renúncias seguem a estas.  A renúncia a  própria família, o apego aos bens materiais e a outros prazeres passageiros desta vida terrena.

Jesus não quer que sejamos miseráveis, que passemos fome, frio, e que  fiquemos expostos a chuva.  Pelo contrário, Jesus quer que tenhamos vida em abundância.  Isso quer dizer que nós merecemos ter os bens materiais dos quais necessitamos para uma vida digna. O que Jesus quer nos dizer, é que não nos apeguemos a estes bens, ao ponto de nos esquecer de Deus e do irmão necessitado.

Aceitar a cruz, ou às nossas cruzes, significa sofrer   o que temos de sofrer, sem nos revoltar contra o Criador.  Muitas vezes o pai ou a mãe, tira um brinquedo do filho, para o seu próprio bem. Pois aquilo pode machucá-lo.  Naquele momento, o filho tende a se revoltar, e a ficar emburrado ou mesmo gritando. Porém, quando crescer, ele irá entender que os pais querem o seu próprio bem, e por isso o priva de alguns brinquedos perigosos.

Sofrer com paciência,  oferecer a Deus a nossa  dor pelo perdão dos nossos pecados,  é carregar a nossa cruz.

Façamos isso e então seremos dignos das promessas de Cristo.

 

Tenha um bom dia. José  Salviano

 

 

 

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