REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 22/11/20 - Mt25,31-46
“VINDE BENDITOS DE MEU PAI”
Reflexão de Olivia Coutinho
Caros irmãos e irmãs em Cristo
Com muita alegria, celebramos hoje, a Festa de Cristo Rei!
Iluminada pelo o Espírito Santo, a Igreja, sabiamente, escolheu o último domingo do ano litúrgico para celebrar esta festa, como que querendo nos dizer, que é ao nosso Rei, que devemos ofertar a nossa caminhada de fé, realizada ao longo do ano litúrgico!
Esta Solenidade, vem nos lembrar, de que Jesus é o único Rei que se apresentou ao povo, sem nenhum aparato. No Reino, que Ele veio implantar aqui na terra, a arma mais poderosa é o amor, a autoridade é o serviço, o grande é aquele que serve! Neste Reino, não há espaço para a violência, as operações de guerra se concentram no serviço ao próximo e uma dessas operações, o próprio Jesus realizou na véspera de sua morte quando numa atitude de humildade, Ele curvou-se para lavar os pés dos apóstolos. Ao ser entregue ao poder romano, Jesus disse: “O meu Reino não é deste mundo.”(Jo18,36) Embora o seu Reino, não seja deste mundo, o reinar de Jesus, não está fora mundo, pois Ele próprio afirmou: “O Reino de Deus já está entre vós.” Estas palavras de Jesus, é uma afirmação de que Ele é a presença do Reino de Deus no meio de nós, e que por assim ser, já podemos vivenciar as alegrias deste Reino no aqui e no agora, basta estarmos ligados a Jesus!
O modelo de rei, visto pelo o mundo, em nada assemelha a condição de Rei, aplicada à Jesus, pois o seu reinar, independe dos esquemas, o reinar de Jesus, só depende do querer do Pai!
A palavra de Deus, que chega até a nós no evangelho de hoje, vem nos acordar para uma realidade que nenhum de nós pode fugir: a certeza da transitoriedade da vida terrena, esta vida que passa e que muitos de nós, transformamo-la em trevas por distanciarmos da Luz que é Jesus...
O texto nos sugere uma revisão de vida, precisamos reaver os valores os quais fomos deixando de lado por pensar a partir da mentalidade do mundo. O nosso tempo é muito curto, precisamos aproveitar bem este espaço sagrado que Deus nos concede, para ajustarmos os nossos passos nos passos de Jesus, construindo a cada dia, a nossa morada no céu. O caminho que nos levará a eternidade, passa pela a prática do amor... O que vai nos colocar à direita do nosso Rei, não será nossas práticas religiosas, nossos cumprimentos de normas e sim, o amor vivido junto aos irmãos! O amor derramado do nosso coração, através de nossos atos concretos, fica registrado no coração de Deus, é o nosso passaporte para o céu! O que nos identificará diante de Deus, como filhos da luz, é a marca do amor que deixamos por onde passamos. O que fazemos ou que deixamos de fazer aos nossos irmãos, é a Deus que fazemos, ou deixamos de fazer. Quem tem a vida pautada no exemplo de Jesus, tem sua vida regida pelo o amor, o amor é a motivação de todos os que procuram viver como Jesus viveu.
Quem ama, dá passos ao encontro do outro, quem ama perdoa, acolhe, promove, caminha junto, realiza a vontade de Deus, fazendo o que Jesus fazia! A vida de quem realiza a vontade de Deus, no acolhimento aos que sofrem, os pobres e marginalizados, não termina nos túmulos frios construídos por mãos humanas, o destino de quem faz da sua vida, uma oferta de amor, é os braços do Pai: a vida eterna!
O texto nos fala de trevas e de Luz, de morte e de vida, a escolha é nossa, quem faz opção pela a Luz, escolhe a vida e quem escolhe a vida, escolheu Jesus!
Juntamente com a festa de Cristo Rei, é comemorado também, o dia Nacional do cristão Leigo, vocação imprescindível, na vida da Igreja, mas que às vezes é pouco reconhecida, devido a nossa tendência em acreditar que vocacionados, são somente os padres, os bispos, religiosos...
A caminhada do leigo no mundo de hoje, chega a ser um grande desafio, pois não é fácil dar testemunho de Jesus, vivendo no mundo, sem pertencer ao mundo, mas é dentro desta realidade, que o leigo é chamado a dar testemunho de Jesus...
“É importante tomarmos consciência de que os Leigos ocupam importantes ministérios na Igreja, entre tantos, assumem a vocação particular de constituir família, o compromisso cristão de atuar com ética na vida profissional, com dedicação e diferencial positivo, no sentido de ser uma pessoa diferente, no meio de tantas”. Enfim, os leigos assumem o grande desafio de serem pedras vivas da Igreja terrestre, são eles, os trabalhadores contínuos do Reino!
Como povo de Deus, que peregrina aqui na terra, rumo a Pátria definitiva, somos convidados a vivenciar a realeza de Jesus, ciente de que: assim como Ele, não estamos isentos da cruz.
Muito boa sua reflexão! Deus lhe abençoe!
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