09 de Abril de 2019
Evangelho Jo 8,21-30
Vós sois daqui de baixo. Eu sou do alto. Foi o que disse Jesus.
Nós que somos daqui de baixo, temos muita
dificuldade para compreender a realidade do alto. Muitos até dizem: Ninguém até
hoje já voltou depois de morto para nos dizer como é lá em cima. Por tanto,
ficamos sem chão para absorver a ideia de vida eterna. O próprio Jesus não
explicou detalhadamente sobre essa realidade. Ele só nos garantiu que lá é
maravilhoso. “Ninguém jamais imaginou
quão maravilhoso é a vida eterna”. Foram mais ou menos essas as sua
palavras sobre o nosso futuro, caso façamos por onde merecê-lo.
Nós, daqui de baixo, só pensamos de acordo com as
coisas daqui de baixo. Somos apegados a esta realidade terrena a tal ponto de
não querer morrer. E aí vem aquela ideia
que expomos logo acima, sobre os que se foram e nenhum voltou para nos contar
como é o Céu.
Nós somos deste mundo, e a tendência é pensar de
acordo com os valores deste mundo. O problema, é que a maioria é contrária a
nossa crença. Em relação ao fenômeno psicológico da fé, podemos distinguir três
tipos, ou grupos de pessoas na sociedade.
Um grupo é indiferente à realidade eterna, a Deus e
a religiosidade. Nem falam mal, nem bem. Seguem as suas vidas como se nada mais
existisse além do mundo material.
Outro grupo é visceralmente contrário à
religiosidade, ou a qualquer tipo de manifestação religiosa, e fazem questão de
antagonizar, de criticar, de ofender, etc.
Já o terceiro grupo ao qual pertencemos nós, somos
chamados de fiéis, pois continuamos firmes na palavra de Jesus Cristo,
acreditando em suas promessas, e firmes na fé. E nós nos julgamos os primeiros,
os escolhidos e acolhidos por Deus, os puros... cuidado! Não exageremos! Pois
não devemos nos acomodar, pois o fato de seguirmos, ou de tentar seguir a
Cristo, não nos garante um lugar na glória Eterna.
Jesus disse: “Os
primeiros serão os últimos, e os últimos será os primeiros.” Eu sempre
gosto de ousar traduzir estas palavras do Mestre, dizendo assim: Os primeiros
PODERÃO ser os últimos, e os últimos
PODERÃO ser os primeiros.
Isto me baseando no amor de Cristo, me baseando na
cena da cruz, quando Jesus perdoou aquele ladrão chamado de Dimas,
garantindo-lhe que ainda hoje estarás
comigo na glória eterna.
Podemos também lembrar de que ninguém é perfeito, e
que mesmo vestindo uma roupa de santo, e servindo no altar, por dentro podemos
ser como Jesus chamou os fariseus: Sepulcros caiados!
Por tanto, meus irmãos, tomemos muito cuidado com a
nossa vivência, especialmente com relação a CARIDADE!
Repare que a caridade foi a exigência número um,
exposta pelo Filho de Deus, para a nossa salvação no dia do Juízo final.
“Tive fome e
me destes de comer, tive sede e me destes de beber...”
Jesus foi exigente com os discípulos, e conosco
também: Disse que eles deveriam escolher o último lugar e aceitar a cruz. O
mundo rejeita a lógica da cruz e do sofrimento. É o modo que o mundo pensa. Não
aceitamos o sacrifício, e preferimos o conforto, o bem estar e o prazer. É a
lei do menor esforço. E os comerciais se
aproveitam disso para vender os seus produtos.
Jesus não queria que os seus milagres fossem
convite à grandeza. Eles eram sinais de que o mal estava sendo expulso do
mundo. E a identidade de Jesus foi totalmente manifestada na cruz. O homem das
dores, o homem aparentemente fracassado, como pensou alguns, completou a sua
missão no terceiro dia, na Páscoa do Senhor!
Pois o Pai não o deixou sozinho, não o abandonou. Jesus também não
abandonará os seus, a sua obra, e a Igreja. Ele estará conosco para sempre,
assim acreditamos e esperamos estar juntos na eternidade!
Pois a cruz do sofrimento, nos conduz a
ressurreição.
Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que perde um pouco do seu tempo em refletir passando os seus ponto de vista que o Senhor Jesus Cristo continue iluminando a todos nós. Abraço.
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