27 de Abril de 2019
Evangelho Mc 16,9-15
Foram muitas as aparições de Jesus aos seus amigos
queridos. De momentos alguns deles não acreditaram no que diziam as mulheres
que tiveram a experiência do Ressuscitado. Pois era grande o desânimo, a
tristeza e a desilusão de ter perdido o Mestre que vivia no meio deles.
Jesus saiu do meio dos discípulos para viver no
meio de nós. É na assembleia reunida na Igreja na hora da Santa Missa que
experimentamos a experiência de Jesus no meio de nós, conforme rezamos na
celebração. Ele está no meio de nós.
Jesus ressuscitado está vivo, e vive no meio de nós
e em nós, quando o recebemos por meio da Eucaristia. Assim se justificou o
desaparecimento temporário de Jesus do meio dos discípulos e amigos mais
chegados.
Se Jesus não tivesse morrido, hoje Ele não estaria
conosco, embora de forma invisível.
Mas Ele apareceu a quase todos os seus amigos de
forma visível e gloriosa, dias após a sua morte e ressurreição.
As aparições de Jesus são as primeiras provas da
sua volta à vida. Inicialmente Ele apareceu aos seus amigos, mais também
apareceu a pessoas que nunca haviam
convivido com o Mestre.
Jesus nos acompanha em nossa jornada missionária,
mesmo que tenhamos cometidos alguns pecadinhos leves. Por que a sua
misericórdia é infinita, e Ele sabe muito bem do é que somos feitos.
Ele nos aceita mesmo sendo imperfeitos, como
aceitou e convidou a Pedro quando este disse: Senhor afasta-te de mim, pois sou um miserável pecador. Podemos
traduzir a resposta de Jesus, diante daquela declaração de Pedro, desse modo: Pedro, não esquenta a cabeça. De hoje em
diante, você será pescador de homens (de almas).
Maria Madalena teve o privilégio de ser a primeira
seguidora de Jesus, a constatar a sua volta gloriosa à vida! Depois, muitos
outros tiveram o espanto seguido da alegria, de ter a mesma experiência.
Nós podemos e devemos ter esta mesma alegria todos
os dias, especialmente aos domingos, na hora do banquete eucarístico!
Por que os discípulos ficaram em dúvidas? Acontece
que habitualmente a morte não devolve as suas vítimas. E por ser um fato
considerado improvável e mesmo impossível, os discípulos tiveram dificuldade em
acreditar na ressurreição. Mesmo assim, Jesus contou com essas frágeis
testemunhas, para anunciar o Reino de Deus até ao fim do mundo.
Como podemos ver, pela experiência da caminhada
cristã desde os pescadores até os nosso dias, Jesus não escolhe somente os
santos, porém, Ele santifica os escolhidos. Ele não escolhe somente os puros,
mas purifica os chamados, os escolhidos, dando as estes toda estrutura, todas
as condições de serem sempre devotos, e de viver na presença de Deus.
E por que Jesus escolhe assim? Ele se baseia
primeiramente na disponibilidade de cada um. Na boa vontade deste ou daquele e
daquela de servir a Deus. Assim, a disponibilidade pessoal parece ser mesmo a
condição básica para o chamado ao serviço do reino.
Jesus escolhe aquele e aquelas que se caracterizam
por serem disponíveis. Os que conseguem tempo e vontade, mesmo quando não têm
vontade nem tempo. Mesmo quando estão cansados, por exemplo, mesmo quando estão
cheios de coisas para fazer em suas vidas particulares. São os que colocam Deus
em primeiro lugar em suas vidas. Os que depois de dois mil anos continuam sendo
testemunhas do ressuscitado, muito embora não sejam lá tão santos...
São esses os que Jesus escolhe para dar testemunho
da sua ressurreição, para evangelizar.
José Salviano
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