18 de Abril de 2019
Evangelho Jo 13,1-15
A cerimônia do Lava-pés, nos mostra a humildade
demonstrada por Jesus, a qual deve ser
seguida por cada um de nós. Aquele que
quiser ser o maior, deve ser o menor de todos.
Pois eu não vim a este mundo para ser servido mais sim, para servir...
A ânsia de ser importante, nos impede de sermos
humildes. Cada um de nós anseia por cargos de relevância na sociedade. Ninguém
se contenta, se satisfaz em fazer tarefas humildes.
Jesus pegou a todos de surpresa, especialmente a
Pedro que não compreendeu, não aceitou de início, aquele gesto do Mestre.
Parece que ele teria pensado: O que estás fazendo, Mestre?
Como? O Filho de Deus lava os pés dos seus amigos?
Qual o significado disso?
Em uma empresa, nota-se a tristeza estampada no
rosto dos funcionários da limpeza. Do mesmo modo, na sociedade, percebemos a
grande insatisfação dos nossos irmãos que trabalham na limpeza urbana.
Ao contrário, aqueles que são médicos, profissão de
ouro na escala social, esnobam com muito orgulho o seu uniforme brando, numa
postura imponente, com um semblante de que “não tem prá ninguém”, pois eles são
os do topo da sociedade, e os demais fazem parte do resto.
Se estou exagerando, me desculpem pois, na verdade,
conhecemos muitos doutores modestos, que
reconhecem as nossa dores, e os nossos sofrimentos não somente físicos, como
sócio econômicos. Eles nos atendem com
bondade, paciência, e até com pena. Estes não são muitos, porém, eles existem.
Quem trabalha na área da saúde, sabe do que estamos falando.
A arrogância não leva a nada. Aquele ar de
imponência de quem se acha melhor que todo mundo, de quem se basta a si mesmo,
de quem se acha o máximo, tudo isso não significa nada diante de Deus, diante
de Jesus que se humilhou ao ponto de
lavar e beijar cada pé dos seus discípulos naquela noite após ter instituído a
Eucaristia, depois da Última Ceia.
Lavar os pés dos seus amigos, foi um ato de
serviço, ou de servir. Então, após
receber o corpo e o sangue de Cisto por meio da Eucaristia, a nossa missão é
servir. O nosso dever é ajudar, é compartilhar a vivência cristã, a santidade,
ou a espiritualidade.
A Eucaristia é o alimento da nossa alma. Ela nos
fortalece contra as tentações, contra o pecado, e nos dá força para combater o
nosso orgulho e a nossa arrogância, e em vez de pretender ser o tal, de querer ser
servido, decidimos a fazer o contrário, decidimos a imitar Jesus.
É como uma bola de neve, ou como um ciclo sem fim.
Assim: A Eucaristia nos prepara para servir, e o servir, nos prepara para receber a Eucaristia.
É interessante se notar que o perdão faz parte do
servir. Perdoar, par em seguida ajudar, servir o irmão, a irmã que necessita da
nossa ajuda, do nosso apoio, do nosso suporte técnico.
Deixar que Jesus nos lave os nossos pés, é acolher
a graça da salvação, é acolher a sua proposta de paz, de reconciliação, de
ajuda para ser ajudado.
Jesus assumiu a atitude de um servo, para nos dar o
exemplo de humildade e de ajuda. E nós somos convidados a repetir o seu gesto,
cuidando dos doentes, dos idosos, dos que estão à deriva, dos que não têm
ninguém que lhes dê a mão. Neste caso, nós seremos as mãos estendidas de Deus
que vem para socorrer o irmão, a irmã caída.
Jesus nos disse que o primeiro de todos não é
aquele que é servido, reverenciado,
adulado, mas sim, aquela e aquele que serve.
Faça você o mesmo, e terá o reconhecimento e o
perdão do Pai, e consequentemente a sua salvação.
José Salviano.
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