30 Agosto 2018
Tempo Comum – Anos Pares
XXI Semana – Quinta-feira
XXI Semana – Quinta-feira
Lectio
Primeira leitura: 1
Coríntios 1, 1-9
Irmãos: 1Paulo, chamado por
vontade de Deus a ser apóstolo de Cristo Jesus, e Sóstenes, nosso irmão, 2à
igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados
a ser santos, com todos os que em qualquer lugar invocam o nome de Nosso Senhor
Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: 3graça e paz vos sejam dadas da parte de
Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
4Dou incessantemente graças ao meu Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi concedida em Cristo Jesus. 5Pois nele é que fostes enriquecidos com todos os dons, tanto da palavra como do conhecimento. 6Assim, foi confirmado em vós o testemunho de Cristo, 7de modo que não vos falta graça alguma, a vós que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo. 8É Ele também que vos confirmará até ao fim, para que sejais encontrados irrepreensíveis no Dia de Nosso Senhor Jesus Cristo. 9Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo Nosso Senhor.
4Dou incessantemente graças ao meu Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi concedida em Cristo Jesus. 5Pois nele é que fostes enriquecidos com todos os dons, tanto da palavra como do conhecimento. 6Assim, foi confirmado em vós o testemunho de Cristo, 7de modo que não vos falta graça alguma, a vós que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo. 8É Ele também que vos confirmará até ao fim, para que sejais encontrados irrepreensíveis no Dia de Nosso Senhor Jesus Cristo. 9Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo Nosso Senhor.
Paulo permaneceu
afectivamente ligado à comunidade que fundou em Corinto. Já em Éfeso, onde
viveu do ano 55 ao ano 57, aproximadamente, teve notícias dessa comunidade que
muito o preocuparam. A disciplina tinha-se relaxado por influência dos libertinos.
Mas também havia rigoristas que criavam problemas. E, no meio de alguma
desorganização, até havia quem, como na Galácia, punha em causa a autenticidade
do seu apostolado. Paulo procura intervir por meio de uma visita, que falhou, e
de algumas cartas, duas das quais chegaram até nós. Na 1 Cor, Paulo
apresenta-se como «apóstolo», isto é, como “enviado” (v. 1), sublinhando que
essa identidade deriva de um chamamento de Deus. Paulo manifesta esta
auto-consciência em quase todas as suas cartas. Também a expressão «à igreja de
Deus que está em Corinto» (v. 2) tem um significado teológico denso. Toda a
comunidade local, ainda que fundada por homens, é obra de Deus. Os membros
dessas comunidades, em comunhão com a igreja universal, foram santificados por
Jesus, e estão em permanente tensão para a santidade plena, que será realizada
em diferentes formas de vida. Na acção de graças, transparece o entusiasmo do
Apóstolo pela riqueza dos dons de Deus aos coríntios (vv. 4s.). Menciona
particularmente a «palavra» e a «ciência», os dons mais estimados e procurados
pelos coríntios. Tendo recebido tantos dons, os coríntios não podem
considerar-se ainda perfeitos, mas simplesmente a caminho da plena manifestação
da glória do Senhor.
Evangelho: Mateus 24, 42-51
Naquele tempo, disse Jesus
aos seus discípulos: 42Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso
Senhor. 43Ficai sabendo isto: Se o dono da casa soubesse a que horas da noite
viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a casa. 44Por isso,
estai também preparados, porque o Filho do Homem virá na hora em que não
pensais.» 45«Quem julgais que é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à
frente da sua família para os alimentar a seu tempo? 46Feliz esse servo a quem
o senhor, ao voltar, encontrar assim ocupado. 47Em verdade vos digo: Há-de
confiar-lhe todos os seus bens. 48Mas, se um mau servo disser consigo mesmo: ‘O
meu senhor está a demorar’, 49e começar a bater nos seus companheiros, a comer
e a beber com os ébrios, 50o senhor desse servo virá no dia em que ele não o
espera e à hora que ele desconhece; 51vai afastá-lo e dar-lhe um lugar com os
hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes.»
Em Mateus, a parábola do
servo, ou administrador (cf. Lc 12, 41ss.) responsável encontra-se no último
grande discurso de Jesus, o “Discurso escatológico” (cc. 24 e25), dominado
pelas tribulações de Jerusalém e pelas perseguições à Igreja nascente, pelo
anúncio da crise cósmica que precederá o fim e pela consequente necessidade de
vigilância. Este discurso não visa assustar, mas encorajar. O mundo e a
história caminham, não para o fim, mas para a plena realização. Haverá
catástrofes. Mas abrir-se-á uma nova beleza. É neste contexto que Jesus exorta
à vigilância, com quatro belas parábolas. Hoje, escutamos a primeira, cujas
palavras-chave são: «Vigiai!», «Estai preparados!» A vinda do Senhor é certa.
Mas a hora é incerta. A imagem do «ladrão» (v. 43) é muito expressiva e bem
conhecida na igreja primitiva. Deve vigiar a casa o dono, mas também os servos,
que são seus amigos e estimam a casa. O «servo fiel e prudente» (v. 45) faz as
vezes de dono da casa e trata bem os seus companheiros. O «mau servo» (v. 48)
aproveita da ausência do dono para desperdiçar os bens e maltratar os
companheiros. Naturalmente terão fins diferentes, quando regressar o dono. Os
dirigentes da Igreja hão-de ser servos fiéis e prudentes, e não maus servos,
como eram os chefes de Israel, no tempo de Jesus.
Meditatio
Paulo escreve aos
coríntios, garantindo-lhes a fidelidade de Deus: «Ele vos confirmará até ao
fim, para que sejais encontrados irrepreensíveis no Dia de Nosso Senhor Jesus
Cristo» (v. 8). Estas palavras são importantes também para nós, por vezes
angustiados com as dificuldades que nos rodeiam e com a nossa própria fraqueza:
«conseguirei ser fiel até ao fim?» – interrogamo-nos. O Apóstolo afirma que é o
próprio Senhor quem garante e confirma a nossa perseverança na fidelidade a
Deus. A parábola evangélica ensina-nos o que significa ser «irrepreensíveis»
até ao fim. O Senhor põe diante de nós duas certezas: a nossa vida terá um fim;
devemos dar conta da nossa vida. Cada um de nós é como o servo a quem o Senhor
confiou determinado serviço, uma responsabilidade de que pedirá contas, quando
voltar. Por isso, há que estar vigilantes sobre nós mesmos, para não corrermos
o risco de que, à chegada do senhor, nos encontre desprevenidos e expostos a
castigo.
Na primeira leitura, Paulo ensina-nos que o melhor modo para vivermos a nossa responsabilidade com confiança e obediência, é darmos graças a Deus pelos seus dons, por nada nos ter deixado faltar para vivermos na feliz esperança da sua vinda. O Apóstolo escreve aos coríntios: «Dou incessantemente graças ao meu Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi concedida em Cristo Jesus. 5Pois nele é que fostes enriquecidos com todos os dons, tanto da palavra como do conhecimento… de modo que não vos falta graça alguma, a vós que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo» (vv. 4-7).
A visão da generosidade de Deus, que enche de alegria o Apóstolo, deve encher-nos de alegria também a nós. A certeza da bondade de Deus, a verificação das suas graças, devem dar-nos entusiasmo em servi-lo, para O glorificarmos com a nossa vida e as nossas obras.
Deus é fiel. Se aderirmos a Ele, será Ele mesmo a tornar-nos fiéis, para nos encontrar «irrepreensíveis no Dia de Nosso Senhor Jesus Cristo» (v. 8).
«Sob as suas diversas formas, o nosso trabalho, retribuído ou não, faz-nos participar verdadeiramente na vida e condição dos homens do nosso tempo e é também expressão da nossa pobreza ao serviço do Reino» (Cst 48). O trabalho é parte integrante da pobreza religiosa. O trabalho é uma participação efectiva na insegurança típica dos pobres, dos assalariados; é reparação por quem se serve do trabalho só para ganhar de modo egoísta, por quem ergue como lei suprema o proveito e se torna escravo do super potente dinheiro, e procura obter cada vez mais ganhos, para dominar, para explorar.
Pelo trabalho, além do mais, colaboramos na obra do Criador, damos o nosso pequeno contributo pessoal para a transformação do mundo e para a realização do projecto de Deus na história (cf. GS 34).
Na primeira leitura, Paulo ensina-nos que o melhor modo para vivermos a nossa responsabilidade com confiança e obediência, é darmos graças a Deus pelos seus dons, por nada nos ter deixado faltar para vivermos na feliz esperança da sua vinda. O Apóstolo escreve aos coríntios: «Dou incessantemente graças ao meu Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi concedida em Cristo Jesus. 5Pois nele é que fostes enriquecidos com todos os dons, tanto da palavra como do conhecimento… de modo que não vos falta graça alguma, a vós que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo» (vv. 4-7).
A visão da generosidade de Deus, que enche de alegria o Apóstolo, deve encher-nos de alegria também a nós. A certeza da bondade de Deus, a verificação das suas graças, devem dar-nos entusiasmo em servi-lo, para O glorificarmos com a nossa vida e as nossas obras.
Deus é fiel. Se aderirmos a Ele, será Ele mesmo a tornar-nos fiéis, para nos encontrar «irrepreensíveis no Dia de Nosso Senhor Jesus Cristo» (v. 8).
«Sob as suas diversas formas, o nosso trabalho, retribuído ou não, faz-nos participar verdadeiramente na vida e condição dos homens do nosso tempo e é também expressão da nossa pobreza ao serviço do Reino» (Cst 48). O trabalho é parte integrante da pobreza religiosa. O trabalho é uma participação efectiva na insegurança típica dos pobres, dos assalariados; é reparação por quem se serve do trabalho só para ganhar de modo egoísta, por quem ergue como lei suprema o proveito e se torna escravo do super potente dinheiro, e procura obter cada vez mais ganhos, para dominar, para explorar.
Pelo trabalho, além do mais, colaboramos na obra do Criador, damos o nosso pequeno contributo pessoal para a transformação do mundo e para a realização do projecto de Deus na história (cf. GS 34).
Oratio
Senhor, obrigado por me
lembrares que não sou dono absoluto da minha vida, nem dos bens que puseste à
minha disposição, mas apenas administrador. Terei que prestar contas de tudo,
sem usar de artimanhas. As minhas responsabilidades, como as do servo da
parábola, são várias: terei que dar conta dos meus irmãos, particularmente dos
que estão directamente confiados ao meu cuidado; terei que dar contas dos bens
que me confiaste. Dá-me, Senhor, a tua graça para que me apresente
irrepreensível diante de Ti, diante dos outros servos, diante da casa que é o
nosso mundo e diante da nossa história. Tu o mereces! Amen.
Contemplatio
A melhor condição para a
salvação é a das pessoas modestas que têm de trabalhar para ganhar a sua vida,
e as riquezas não deveriam dispensar do trabalho para se entregarem a uma vida
ociosa.
O trabalho é bom para a saúde da alma.
Os ricos correm o risco de se perderem, porque têm demasiada facilidade para satisfazerem as suas inclinações naturais para a vaidade, para a sensualidade, para a moleza. Nosso Senhor disse que para eles é mais difícil entrar no reino dos céus. (Leão Dehon, OSP 3, p. 37)
O trabalho é bom para a saúde da alma.
Os ricos correm o risco de se perderem, porque têm demasiada facilidade para satisfazerem as suas inclinações naturais para a vaidade, para a sensualidade, para a moleza. Nosso Senhor disse que para eles é mais difícil entrar no reino dos céus. (Leão Dehon, OSP 3, p. 37)
Actio
Repete frequentemente e
vive hoje a Palavra:
«Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho» (1 Cor 1, 9).
«Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho» (1 Cor 1, 9).
| Fernando Fonseca, scj |
Obrigado Senhor, obrigado Fernando !!!
ResponderExcluirEu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
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