Domingo, 12 de agosto de 2018.
Evangelho de Jo 6, 41-51.
Os judeus começaram a murmuram ou criticarem Jesus quando Ele
disse: “Eu sou o pão descido do céu”, porque não conheciam sua origem celeste e
sim a sua origem humana, filho de Maria e José.
Cristo é o Enviado do Pai, desceu do céu para fazer a vontade do
Pai, trazer a salvação para aqueles que o Pai lhe havia confiado. Para os
judeus, Jesus era um homem comum como os outros, apenas com alguns poderes a
mais, desconheciam o mistério de seu nascimento e por isso o julgavam pelas
aparências, filho de José, o carpinteiro. Como conheciam sua família e parentes,
não viam nada de extraordinário e estranhavam quando Jesus dizia ter descido do
céu, não percebiam que Ele era o Messias esperado, prometido.
Jesus dirigindo-se ao povo em geral fez alguns convites para
aqueles que o seguiam e que o ouviam: - Convida para ir até ele; - convida a
crer nele, mostrando as vantagens dessa fé; - convida a se alimentar dele, para
ter Vida.
Jesus disse: “Ninguém pode
vir a mim se o Pai que me enviou o não atrair; e eu o ressuscitarei no último
dia.” A fé é uma virtude sobrenatural, é obra da graça de Deus que auxilia
nossa vontade, recebemos a fé no nosso Batismo, mas precisamos cultivá-la,
aumentá-la através de tudo o que a Igreja nos oferece para crescermos na fé.
Deus, nunca nega sua graça aos que fazem o que está ao seu alcance para
conservar e fortalecer a fé que receberam.
Jesus é o Mestre que fascina, que entusiasma a multidão pela sua
palavra, pelas suas obras maravilhosas. O primeiro convite é bem aceito,
principalmente pelos judeus que veem suas obras e se entusiasmam com seu poder.
Vão até ele, mas o segundo convite
exige um passo a mais – crer – e crer
é compromisso. E para crer os judeus pedem sinal para que vejam e acreditem. Só
que enquanto estão sendo beneficiados não pedem sinais, em outras ocasiões
querem sinais, sim. O terceiro convite é mais difícil, alimentar-se desse pão. É uma atitude decisiva. O homem mostra que
é de fato discípulo de Cristo se vai até
Ele, se crê em sua doutrina e se alimenta de seu Corpo. A fé nos leva a
crer no que Jesus disse: “o pão que darei
é minha carne pela vida do mundo”.
Para todos que vierem a Ele, Jesus promete ressuscitá-lo,
libertando-o da morte, transmitindo-lhe uma vida que durará para sempre. Mas
para isso se tornar realidade é preciso ter fé, crer nele e se alimentar de sua
Carne. Cristo quer tudo completo, nada pela metade. Quem vier a ele com fé para
alimentar-se da sua Carne, estará sendo fiel e atendendo a todos os chamados e
convites de Cristo. E Cristo será fiel no cumprimento de suas promessas.
Portanto, por puro dom de
Deus, temos em nós um imã chamado fé,
por meio da qual Deus atrai todos a ele. Indo a Jesus, vamos em direção à
ressurreição, à vida eterna. Aprender de Deus é ir a Jesus, e ir a Jesus é
assimilar seu modo de ser e agir, assimilar a vida que ele nos oferece, como
pão que mata a fome e dá a vida que permanece para sempre.
Jesus fala novamente do maná do deserto para lhes dizer, uma vez
mais, que aquele pão era o pão verdadeiro, material. Por isso todos que comeram
dele morreram. Agora esse novo alimento
que Cristo dará vai trazer vida para sempre. A vida definitiva está na
carne de Jesus. Carne significa pessoa viva, e não lei morta incapaz de
comunicar vida.
Sem fé em Cristo não tem sentido nossa reunião de irmãos, na qual
recebemos o Corpo de Cristo. O Sacramento da Eucaristia é a síntese maravilhosa
do amor de Deus aos homens. Deus nos ama. E como o amor tende à união, Deus se
uniu à natureza humana pela Encarnação. Pela Encarnação, Deus uniu a uma só
natureza humana, assumida pela pessoa do Verbo. Deus quer unir-se com todos e
cada um dos homens que comungam. Comungar é acolher Jesus na sua totalidade.
A comunhão da qual participamos na Eucaristia é o momento central
de nossa missão, pois manifesta nossa identidade e um compromisso fundamental. Somos
discípulos de Deus, que se revela em Jesus. Nós o vamos conhecendo, dele vamos
aprendendo e com ele vamos assumindo o compromisso de saciar a fome do mundo.
Fome de pão, comida e de vida digna; fome de afeto, de carinho e de amor.
Saibamos agradecer esta prova de amor de Deus e desejemos unir-nos
também com Ele comungando sempre fazendo o que Jesus fez, doando mais que bens
materiais, entregando ao mundo a nossa própria vida.
Você aproveita todas as ocasiões que tem para participar da
Eucaristia?
Abraços em Cristo!
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