16
de Junho – Ano B
Evangelho
Mt 5,33-37
No Evangelho de hoje, Jesus ensina a seriedade que
deve haver em nossas palavras, e como o nosso falar não deve ser medido pelos
nossos juramentos, mas sim por nossa integridade. Uma pessoa de caráter e
honesta, não precisa usar de juramentos para provar suas atitudes ou palavras.
Alías, os seus atos darão testemunho a seu respeito.
O evangelho
de hoje nos chama atenção à questão do juramento. As pessoas do tempo de Jesus,
não raras vezes, tinham o costume de jurar. Porém usando deste artifício, não
se davam conta, de que aceitavam mesmo que inconscientemente a mentira.
Como o nome
de Deus era “impronunciável”, juravam, pelos céus, por Jerusalém, pela terra e
até pela própria cabeça e Jesus nos lembra que não podemos jurar por nada,
primeiro porque nada disto nos pertence e segundo, como já mencionei, o
juramento pressupõe a inverdade.
Jesus nos
pede, de não jurar; e nos recomenda que o nosso sim seja sim e o nosso não seja
não. Seguindo este trocadilho de palavras qual a necessidade de jurar seja lá
pelo que for¿ alias, se o juramento fosse lícito, a única coisa pela qual
poderíamos jurar seria pelas nossas limitações, a única coisa que realmente nos
pertence.
Jesus também
ensinava que não devemos ser pessoas dúbias, cataventos e volúveis: Que a vossa
palavra seja sim quando é sim. E não quando é não! Tudo o que não vem daí tem a
sua origem no diabo. Como têm sido as tuas palavras com o teu marido, esposa,
pai, mãe, filhos, colegas de serviço, na Igreja e com Deus?
Jesus
reatando o dito pela lei nos adverte para que em momento algum juremos por
jurar como no Antigo Testamento para garantir a integridade dos nossos atos.
Assim nas sociedades antigas a ausência de um sistema judicial como o nosso, a
sociedade dependia que o povo falasse a verdade um para com o outro. Por isso o
juramento mantinha a obrigação do povo em falar e fazer seus negócios
honestamente. O uso do juramento era frequente nos pactos e confederações
solenes. Era um apelo a Deus para que servisse de testemunha em um pacto ou a
uma verdade a ser dita.
A violação
de um juramento tinha resultados sérios. Os juramentos judiciais eram
reconhecidos pela Lei.
Os
juramentos eram usados para confirmar um pacto; esclarecer controvérsias;
estabelecer concertos; mostrar a imutabilidade do conselho de Deus; definir as
responsabilidades sacras; e no cumprimento de atos judiciais. O juramento
poderia ser feito ante o rei, ante os objetos sagrados, ante o altar; e
usava-se entre o rei e seus súditos, entre o patriarca e o povo, entre o senhor
e o servo, entre um povo e outro e entre um indivíduo e outro. Atos simbólicos
eram utilizados no juramento, como o levantar a mão direita ou as duas mãos aos
céus e colocar a mão sobre a outra pessoa. Também ao jurar, eram usadas
diversas expressões: Assim Deus me faça e outro tanto; Vive o Senhor; Viva a
tua alma e te conjuro pelo Senhor. O juramento estabelecia limitações no falar
das pessoas e delineava a conduta humana.
Que tuas
palavras expressem o que trazes no teu coração. Que tua boca diga aquilo que o
coração está cheio. Enquanto é tempo, acerte o passo! Reconcilia-te como Deus e
o irmão!
Senhor, purifica os meus lábios com o fogo do teu
Espírito. As palavras que saem da minha boca possam ser reflexo da eterna
Palavra, viva e eficaz, a ponto de penetrar a alma dos meus irmãos, que revela
os pensamentos do coração e como o bálsamo que alivia as chagas!
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