30- de
julho- Quinta - Evangelho - Mt 13,47-53
Alexandre
Soledade
Recolhem
os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam.
Este
Evangelho nos traz a parábola da rede lançada ao mar. A rede é a Santa Igreja
que, em seu trabalho missionário, atrai milhares de pessoas ao santo batismo.
Entretanto, muitos não obedecem aos mandamentos de Deus, por isso não pertencem
ao Reino de Deus e vão, aos poucos, abandonando a vida em Comunidade. São os
peixes que não prestam que Deus Pai joga fora.
“Recolhem
os peixes bons em cestos.” Para que sejamos peixes bons, precisamos ler ou
ouvir a Palavra de Deus com o coração aberto, colocando em prática, com
generosidade, aquilo que aprendemos. A oração é prática fundamental para sermos
bons filhos e filhas de Deus.
Nós
temos esperança de sermos peixes bons, e assim não sermos “jogados fora”. Temos
esperança, não certeza. No mundo, estamos misturados, maus e bons. Precisamos,
além do esforço contínuo de conversão, ser sal, luz e fermento na massa,
inclusive dentro da nossa família e da nossa Comunidade cristã.
“Todo
mestre da Lei, que se torna discípulo..., é como um pai de família que tira do
seu tesouro coisas novas e velhas.” Os mestres da Lei correspondem aos nossos
catequistas. Eles tinham toda uma bagagem de sabedoria e de experiências
colhidas do Antigo Testamento. Aqueles que se tornavam discípulos de Jesus ajuntavam
as coisas novas que aprendiam de Jesus com as coisas velhas que já sabiam e
faziam uma síntese, o que os tornava verdadeiros sábios.
Também
nós vamos somar as nossas experiências do passado com as de hoje, visando a
nossa santificação. Precisamos estar sempre abertos ao novo, mas sem jogar fora
a sabedoria antiga. A nossa fé é viva e dinâmica; estamos sempre revendo,
abandonando o que ficou caduco e dando um passo à frente. Dos mais velhos, nós
aprendemos a riqueza da sabedoria acumulada por seus longos anos de vida; e dos
mais novos, aprendemos as novas conquistas do mundo moderno.
“Os
anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, e lançando os maus
na fornalha de fogo.” Aqui na terra, os maus e os bons estão misturados, mas
não lá no céu. Haverá uma seleção rigorosa, que chamamos de juízo final. Nós
pedimos a Deus que, nessa seleção, nós fiquemos do lado dos justos.
Havia,
certa vez, um senhor que todos os dias, quando voltava do trabalho à tarde,
antes de entrar na sua casa dirigia-se a uma árvore que havia na frente da casa
e tocava nela com as duas mãos. Depois entrava. Um dia, ele veio com um amigo,
que era colega de serviço, e, quase sem perceber, fez aquele gesto. Foi até a
árvore, encostou as duas mãos nela, ficou um tempinho em silêncio, depois
voltou e os dois entraram na casa. No dia seguinte, o amigo lhe perguntou por
que ele havia feito aquilo. Ele explicou: “É que, no serviço, eu fico nervoso,
tenso e não quero passar isso para a minha esposa e meus filhos. Com esse
gesto, eu descarrego minhas tensões na árvore e entro em casa bem calmo”.
Na
verdade, o que aquele homem fazia era uma auto-sugestão. Mas é válida. Nós não
podemos descarregar nervosismos em quem não tem nada a ver com isso.
Entretanto, muito mais eficaz que tocar numa árvore é recorrer a Deus pela
oração. E uma boa dica é pedir o auxílio de Maria Santíssima. Se queremos ser
peixes bons na rede do Senhor, um jeito fácil e copiar de Maria o seu jeito de
ser discípula fiel do Senhor.
Maria
Santíssima é a Mãe e modelo da Igreja, a Rainha do Céu e da terra. Que ela nos
ajude a sermos peixes bons, a fim de que os anjos não nos excluam.
Recolhem
os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam.
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