.

I N T E R N A U T A S-M I S S I O N Á R I O S

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS

e RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES.

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PARA PESQUISAR NESTE BLOG DIGITE UMA PALAVRA, OU UMA FRASE DO EVANGELHO E CLICA EM PESQUISAR.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Fome de felicidade-Helena Serpa

26/07/2015 - XVII  Domingo  comum - 1ª. leitura 2 Reis 4, 42-44 – “comunhão fraterna”
Nas histórias que a Bíblia nos conta nós encontramos diversas ocasiões em que a providência de Deus agiu com largueza conforme a fé daqueles que tinham um coração generoso e confiante.  O profeta conhece os mistérios de Deus e sabe que a oferenda que Lhe agrada é a generosidade do nosso coração em promover a comunhão fraterna. Neste episódio nós vemos que no tempo do profeta Eliseu a fome devastava a terra e ele, como um homem de Deus tinha a sua atenção voltada para todos aqueles que passavam por privações. Por isso, quando aquele homem lhe veio trazendo os pães como primícias dos frutos da terra para serem oferecidos ao Senhor ele recomendou ao seu servo que os distribuíssem entre o povo que passava fome. Entretanto, o servo não sabia como iria distribuir tão pouco para tanta gente. Muitas vezes, isto também acontece conosco: dizemos que ofertamos a Deus a nossa vida, tudo o que possuímos, porém, quando Ele nos manda partilhar a nossa oferta com as outras pessoas, alegamos que temos muito pouco. Mesmo que nos pareça insuficiente o que possuímos, quando colocamos à disposição de Deus Ele faz render muito mais. A partilha começa na mesa, e como diz a Palavra, a promessa do Senhor é a de que “comerão e ainda sobrará”.  A mesa é o espaço onde as pessoas costumam partilhar o alimento, mas pode ser também o lugar onde nos encontramos, no contexto em que vivemos, dentro da realidade com a qual nos deparamos. Portanto, não nos faltará oportunidade de partilhar o que temos ainda que não seja muito. Se obedecermos à Palavra do Senhor que nos manda distribuir com alegria, o pouco que  colocamos nas mãos dos necessitados, com a bênção de Deus, multiplicar-se-á e renderá frutos que alimentam. Podemos também entender como “pão ofertado ao Senhor”, a palavra amiga, o perdão, o gesto de acolhimento, a atenção, o sorriso, o abraço, o olhar atencioso. – Você costuma pôr à disposição de Deus o que você possui? – Você concretiza isto partilhando a sua oferta com os mais necessitados? – Você tem dons? – Você os usa para ajudar alguém? – Você já experimentou colocar o pouco que você tem nas mãos de Deus? – Você tem medo de passar fome ou alguma outra necessidade?  

Salmo 144 – “Saciai os vossos filhos, ó Senhor!”
É por intermédio de cada um de nós que o Senhor dá aos Seus filhos o alimento no tempo certo. Quando nós abrimos a nossa mão para partilhar o que temos, por amor a Deus, a Mão do Senhor nos abençoa. O Senhor é justo e santo e a sua justiça age em favor de todos aqueles que nele esperam. Portanto, não precisamos temer o nosso futuro, se passaremos ou não necessidades, pois o Senhor está atento às nossas súplicas e providencia por meio dos seus santos, isto é, dos Seus discípulos e seguidores, tudo de que nós precisamos. Aquele que se preocupa com o porvir, é porque ainda não confia na justiça de Deus.

2ª. Leitura – Efésios 4, 1-6 – “santos no amor!”
Como filhos e filhas do mesmo Pai, todos nós precisamos assumir a vocação que recebemos no nosso Batismo que se resume na vivência do amor de Deus. Assim sendo assumir o Batismo é se configurar a Cristo, que nos adotou por amor e nos deu exemplo de unidade. “Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos”. Por conseguinte, assim como Jesus o fez, nós que somos parte do Seu Corpo e conduzidos pelo Seu Espírito, somos chamados a viver a humildade e mansidão, suportando-nos uns aos outros como Ele. Suportar significa ter paciência, compreender, ajudar, partilhar, dar suporte, enfim, ocupar-se com o outro. Justiça para Deus é que saibamos nos auxiliar na medida dos dons que Dele recebemos e o fruto da justiça que praticamos é a paz de espírito. Que todos nós possamos, também, como São Paulo, nos deixarmos aprisionar pelo amor de Deus tendo Jesus Cristo como Único Senhor e Salvador a fim de que o Espírito Santo aja em nós e nos faça unidos na esperança de alcançarmos a vida eterna. É esta a nossa vocação e o nosso chamado é para sermos santos no amor! – Você tem caminhado de acordo com a vocação que recebeu no Batismo? – Você tem consciência de que foi chamado para ser santo (a) no amor? – Você se considera filho (a) de Deus? – Você é suporte para aqueles (as) que o Senhor tem lhe mostrado?

Evangelho – João 6, 1-15 – “fome de felicidade”
Jesus se faz alimento na Palavra e na Eucaristia e nós hoje somos os Seus discípulos convocados a fazer sentar as pessoas para que sejam alimentadas. Este Evangelho vem então, nos fazer perceber que hoje no mundo também há muita fome.  A fome que assola a humanidade hoje é a fome de felicidade e se manifesta na “multidão” de pessoas que busca desesperadamente solução para as suas desventuras das mais diversas maneiras. O povo que ainda hoje quer ver sinais e prodígios, na verdade vive sedento e faminto do amor de Deus. E o ensinamento que Jesus nos dá é de que precisamos também levantar o olhar para esta “multidão” e adotar gestos concretos para suprir as suas necessidades. Assim como os discípulos de Jesus nós também duvidamos de que tenhamos capacidade para alimentar este mundo de gente. Na verdade, nós temos muito pouco, somente “ cinco pães e dois peixes”. No entanto, Jesus nos dá a receita: “fazei sentar as pessoas”.   O que o Senhor nos propõe quando nos manda sentar é que possamos parar: parar para partilhar, para refletir, para dividir a vida, os planos, os sonhos na perspectiva de Deus, à luz da Sua Palavra e dos Seus ensinamentos. Hoje também, como ontem, há muita relva, isto é, espaço, ocasião e oportunidade, para que possamos nos reunir e descobrir os nossos dons, talentos, aptidões, riquezas e bens espirituais, que são os nossos cinco pães e dois peixes. A descoberta dos dons que temos é uma prioridade para que conquistemos a terra, isto é, a felicidade, a fartura a abundância. Ao tomar os pães e os peixes nas mãos e dar graças, Jesus deu para nós o exemplo de como podemos desenvolver os nossos talentos, colocando-os a serviço do nosso próximo sob as bênçãos de Deus. Ao nos mandar sentar com os famintos Jesus também nos convida a compartilhar a Sua Palavra, a anunciar o Seu Evangelho que revela os planos do Pai para matar a fome de justiça que há no coração dos homens. Mesmo aqueles que estão longe de Deus, que não conhecem Jesus, que ignoram o porquê da Ressurreição são convidados a sentarem-se na relva e saborear o gosto da Palavra de Deus que sacia a alma e dá ao espírito a leveza do pássaro que voa livre para os braços do Pai. Finalmente, Jesus recomenda que não deixemos que se perca dom algum. Nunca podemos achar que é sobra o que temos. Tudo o que possuímos é dom de Deus, tudo deve ser aproveitado, repartido, usado. O que possuímos não é só nosso. O que um tem é parte daquele que não o tem.  O que falta em um, o outro tem.    – Você tem falado de Deus para as pessoas desalentadas?  – Você costuma parar para refletir nos dons que você possui? - Você tem consciência do que existe em você que pode servir de alimento para o irmão? - Você tem consciência das suas virtudes e das suas limitações? - O que é que você não tem e que precisa aceitar do irmão? 


2 comentários:

  1. O Espirito do Senhor nós guarde, como nós e todos devemos estar prontos.
    O seu comentário é rico na misericórdia do Senhor, esclarecedor p/ aqueles que guardam a sua esperança no Senhor Jesus, a palavra eterna. Obrigado.

    ResponderExcluir
  2. José Maria Nascimento26 de julho de 2015 às 08:09

    Obrigado!!!

    ResponderExcluir