Sexta-feira, 31 de
Julho de 2015
Levítico 23,1.4-11.15-16.27.34b-37: Vão reunir-se
em assembleia litúrgica
Salmo 80: Eu sou o Senhor, teu Deus: escuta minha
voz
Mateus 13,54-58: Não é este o filho do carpinteiro?
54 Foi para a sua cidade e ensinava na sinagoga, de
modo que todos diziam admirados: Donde lhe vem esta sabedoria e esta força
miraculosa? 55 Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são
seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? 56 E suas irmãs, não vivem todas entre
nós? Donde lhe vem, pois, tudo isso? 57 E não sabiam o que dizer dele.
Disse-lhes, porém, Jesus: É só em sua pátria e em sua família que um profeta é
menosprezado. 58 E, por causa da falta de confiança deles, operou ali poucos
milagres.
Comentário
Ainda que faça parte do capítulo treze, este
evangelho de hoje corresponde a outro tema desenvolvido por Mateus em sua obra.
Continua aqui o que já tinha sido começado no “discurso missionário” do
capítulo doze. Os discípulos, chamados a formar uma comunidade, em vista à
formação do reino que já fora anunciado e que tinha sido concretizado em suas
características no capítulo treze. E como tudo no reino, esta proposta tem seus
detratores e opositores. Os primeiros mostrados pelo evangelho estão no texto
de hoje: os conterrâneos de Jesus, que o conhecem bem, sabem de suas entradas e
saídas, supõem conhecer de onde vem (ainda que não saibam para onde vai), e no
terminam de crer o que ouvem e veem em seu vizinho que se criou entre eles. No
final das contas são parte do povo judeu que se nega a abrir-se à novidade do
reino e por isso se excluíram do projeto. Talvez por isso o evangelista
enfatiza que Jesus foi pregar em “sua” sinagoga, indicando que o âmbito do
reino é maior que a sinagoga, ou fazendo ver a ruptura estabelecida entre os
dois projetos: o dos especialistas na antiga lei e o reino da Nova Aliança
pregada por Jesus. Também nós podemos cair na tentação de relativizar a
mensagem de Jesus. Abrir-se à novidade do reino significa colocar nossa fé na
pessoa e na palavra do Senhor, ainda que às vezes não tenhamos tudo claro.
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