15/07/2015 – 4ª. feira XV semana comum – Êxodo 3, 1-6.9-12 – “Deus nos espera na
sarça ardente”
Depois que matou o egípcio, Moisés se tornou um fugitivo. Fugia do
faraó, fugia do seu povo, fugia de si mesmo, porém não conseguiu fugir de Deus.
Refugiado em Madiã, tornou-se pastor de ovelhas, mas no dia em que ousou ir
“mais além” do que estava acostumado, deu de frente com a “sarça” que ardia,
mas não se consumia. Era a presença de Deus que se manifestava de uma maneira
muito especial chamando-o para assumir a missão de libertador do povo de
Israel, oprimido no Egito. Nós também muitas vezes, para fugir das implicações
dos nossos atos procuramos refúgio nos lugares que aparentemente são os mais
seguros e de certa forma conseguimos sobreviver levando uma vida medíocre e sem
graça. No entanto, há um dia em que saímos um pouco da nossa rotina e seguimos
o desejo colocado por Deus no nosso coração.
Inconscientemente ousamos sair da nossa mesmice e aí acontece o
inesperado: encontramos o Deus que nos espera desde sempre para nos entregar “o
povo” que Ele guardou para nós. Às vezes isto acontece quando participamos de
algum encontro de final de semana com Cristo, ou em um Seminário de vida no
Espírito Santo, algum retiro, ou mesmo quando escutamos uma pregação, uma
homilia, uma música que tem uma mensagem de amor. As ocasiões são as mais
variadas possíveis, no entanto, nós encontramos a mão de Deus que nos acena e
nos chama para uma vida nova. Quando fazemos uma experiência dessas, nós nos
atemorizamos queremos retroceder e, como Moisés, entendemos que somos pequenos e incapazes. Temos medo de assumir
compromissos, temos receio de sermos descobertos, pois sabemos dos nossos
pecados e das nossas limitações. Porém o Senhor também diz para cada um de nós:
“Eu estarei contigo” e também nos dá um sinal de que depois de tudo nós também
O serviremos sobre a montanha, isto é, na intimidade com Ele, no céu que nos
espera. Não tenhamos medo, pois, de ir mais além da nossa vidinha acomodada com
medo dos faraós deste mundo. Deus nos espera na sarça ardente que é o Seu
Espírito Santo, o Seu amor que queima, mas não se consome. É o Seu Amor Eterno
que fez Jesus entregar a Sua vida para nos libertar da escravidão do Egito. –
Você é uma pessoa acomodada que tem medo de enfrentar os obstáculos? – Você tem
medo de se comprometer com Deus? – Você tem feito sempre as mesmas coisas? –
Você também guarda algum segredo que não quer que ninguém saiba e não quer se
expor? – Isto tem sido bom para você?
Salmo
102 – “O Senhor é indulgente, é favorável”
A nossa alma anseia por encontrar o seu Criador, todavia a nossa
carne muitas vezes reluta. Somos enfermos e necessitados de cura e precisamos
urgentemente ter um encontro com Aquele que nos fez e pode nos libertar com a
Sua compaixão. As obras de justiça do Senhor são obras de misericórdia que nos
tiram da sepultura para onde muitas vezes nos encaminhamos. O Senhor nos salva
e nos revela os Seus caminhos para que nós possamos ajudá-lo na salvação de
muitos outros.
Evangelho
– Mateus 11, 25-27 – “só Jesus pode nos revelar os mistérios do Deus”
Com Sua palavra e ação Jesus veio nos revelar a vontade do Pai, que
consiste em instaurar o Reino dos céus aqui na terra. Assim sendo, Jesus veio a
nós para reatar a nossa amizade com Deus Pai de quem havíamos nos separado e,
ao mesmo tempo desvendar para nós os Seus segredos. Somente os que são
pequeninos, isto é, os que não duvidam, não questionam e se entregam
verdadeiramente a Jesus conseguem conhecer os mistérios do reino dos céus que
Ele veio nos revelar. Entretanto, só “entendem” isto aqueles (as) que
são pequeninos (as), isto é, que têm um coração aberto e simples e não colocam
à frente a sabedoria do mundo. Não é o
Pai quem esconde seu projeto aos grandes (sábios e inteligentes). São eles que,
em sua autossuficiência, se tornam cegos ao projeto de Deus. Deus é o Senhor do
céu e da terra e digno de todo o louvor pelos Seus feitos grandiosos. Nós,
porém, somos pequenos e limitados. Deus é imenso e só Jesus pode nos revelar os
mistérios do Deus grandioso. Somos ainda mais pequeninos na medida em que nos
despojamos dos valores do mundo e da nossa sabedoria humana e abraçamos os
ensinamentos de Jesus. Com efeito, quanto mais pequeninos nós nos tornarmos
mais Ele poderá nos revelar os Seus segredos de felicidade. Os desfavorecidos e
os pobres conseguem penetrar no sentido dessa atividade de Jesus, por isso, Jesus
louva ao Pai por nós quando nos sentimos pobres e pequeninos em suas mãos, como
seus instrumentos, preciosos, porém incapazes. Apenas conhece o Pai, o Filho
porque é UM com Ele. O Pai conhece o Filho e o Filho conhece o Pai, e aqueles
que se abandonam ao Filho têm também o conhecimento do Pai. – Você se considera
pequenino (a)? - Para você o que é ser pequenino (a)? - Você é uma pessoa inteligente - Você tem
entendido o que é que agrada ao Pai?
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