Terça-feira, 28 de julho de 2015
Evangelho de Mateus 13, 36-43
Ao longo da
história de Israel e do cristianismo, o povo nem sempre foi fiel a Deus. Não
correspondeu as expectativas de Deus, produziu frutos amargos de desobediência,
de falta de fé, de desvio do caminho. Muitos ainda continuam infiéis a Deus.
Brinca-se com a misericórdia de Deus, abusa-se do seu perdão e há quem aja como
se Deus não existisse, cometendo as piores barbaridades, tornando-se uma
espécie de joio no meio do trigo.
Deus que tudo vê
dá oportunidades iguais a todos, para os justos e os injustos, os bons e os
maus. A maioria das pessoas, indignadas com as injustiças, pensam que Deus
deveria agir diferente, erradicando os maus e deixando os bons viverem
sossegados e felizes. Não entendem a paciência de Deus com seus filhos
desobedientes, violentos e maus.
Essa visão da
realidade é como a parábola do joio e do trigo. O dono da plantação do trigo
não deixa seus empregados arrancarem o joio. Não porque ele quer proteger o
joio ou porque o joio possa virar trigo, mas porque o trigo e o joio quando
pequenos são muito parecidos. Se arrancar o joio poderão se enganar e arrancar
o trigo junto. Por isso o patrão diz: deixem que eles cresçam juntos, na hora
da colheita saberemos qual é o joio e qual é o trigo, pois pelos frutos
conheceremos os dois. Essa atitude tem significado importante. O joio não vai
mudar, mas o ser humano pode mudar, pode se converter, é Deus dando oportunidade
aos maus para mudarem de vida, se converter até o fim da sua vida.
Ao arrancar o
joio, ou seja, eliminar o mal pode-se cometer injustiça. Por um mau julgamento,
por negligência das autoridades, muitos inocentes pagam pelos erros dos outros.
Quantos presos inocentes passam anos e anos nos presídios, chegam até morrer e
depois se descobre que era inocente. Deus não quer injustiça. Deus quer dar
oportunidade para todos seus filhos. Nesse caso ao invés de arrancar o joio,
arrancou o trigo.
Diz um ditado
popular “ninguém trás estrela na testa”, ou seja, nem sempre dá para saber quem
é bom e quem não é bom apenas pela aparência. “As aparências enganam”, diz
outra expressão popular. Os lobos, às vezes, estão disfarçados de cordeiros e
fica difícil saber qual é um e qual é o outro.
Em casa Jesus
explica a parábola do joio e do trigo, Jesus anuncia no futuro um julgamento.
Esse julgamento deixará claro quem está de acordo com o Reino de Deus e quem
está em desacordo,
Até que chegue o momento da colheita os filhos do Reino e os filhos
do maligno deverão viver misturados, semeando as sementes do bem e as sementes
do mal. No fim do mundo, o trigo será colhido e guardado no Reino do céu, o
joio será queimado. Isto é, os justos gozarão de paz na presente eterna de
Deus, quem estiver em desacordo, ao contrário, irão para o fogo eterno.
A promessa de Jesus responde ao nosso desejo por um mundo justo,
fraterno, solidário, pacífico. Mas também nos questiona: eu tenho desejado e
contribuído para que a justiça e a paz se concretizem em nosso mundo? Em cada
momento de minha vida, em cada ação praticada, tenho trabalhado pela realização
do Reino de Deus em minha vida e na dos outros?
Estamos agora
vivendo o tempo da paciência e misericórdia de Deus, Ele dá oportunidade a
todos seus filhos de mudarem de vida, de se converter, de pertencer ao seu
Reino, cabe a nós descruzarmos os braços e nos lançar com força, coragem e fé
na construção do Reino de Deus entre os irmãos.
Paz e paciência a
todos!
Maria de Lourdes
LINDA REFLEXÃO.
ResponderExcluirLINDA REFLEXÃO.
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