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domingo, 26 de julho de 2015

TEMPO DE PACIÊNCIA E MISERICÓRDIA DE DEUS - Maria de Lourdes Cury Macedo.


Terça-feira, 28 de julho de 2015
Evangelho de Mateus 13, 36-43

            Ao longo da história de Israel e do cristianismo, o povo nem sempre foi fiel a Deus. Não correspondeu as expectativas de Deus, produziu frutos amargos de desobediência, de falta de fé, de desvio do caminho. Muitos ainda continuam infiéis a Deus. Brinca-se com a misericórdia de Deus, abusa-se do seu perdão e há quem aja como se Deus não existisse, cometendo as piores barbaridades, tornando-se uma espécie de joio no meio do trigo.
            Deus que tudo vê dá oportunidades iguais a todos, para os justos e os injustos, os bons e os maus. A maioria das pessoas, indignadas com as injustiças, pensam que Deus deveria agir diferente, erradicando os maus e deixando os bons viverem sossegados e felizes. Não entendem a paciência de Deus com seus filhos desobedientes, violentos e maus.
            Essa visão da realidade é como a parábola do joio e do trigo. O dono da plantação do trigo não deixa seus empregados arrancarem o joio. Não porque ele quer proteger o joio ou porque o joio possa virar trigo, mas porque o trigo e o joio quando pequenos são muito parecidos. Se arrancar o joio poderão se enganar e arrancar o trigo junto. Por isso o patrão diz: deixem que eles cresçam juntos, na hora da colheita saberemos qual é o joio e qual é o trigo, pois pelos frutos conheceremos os dois. Essa atitude tem significado importante. O joio não vai mudar, mas o ser humano pode mudar, pode se converter, é Deus dando oportunidade aos maus para mudarem de vida, se converter até o fim da sua vida.
            Ao arrancar o joio, ou seja, eliminar o mal pode-se cometer injustiça. Por um mau julgamento, por negligência das autoridades, muitos inocentes pagam pelos erros dos outros. Quantos presos inocentes passam anos e anos nos presídios, chegam até morrer e depois se descobre que era inocente. Deus não quer injustiça. Deus quer dar oportunidade para todos seus filhos. Nesse caso ao invés de arrancar o joio, arrancou o trigo.
            Diz um ditado popular “ninguém trás estrela na testa”, ou seja, nem sempre dá para saber quem é bom e quem não é bom apenas pela aparência. “As aparências enganam”, diz outra expressão popular. Os lobos, às vezes, estão disfarçados de cordeiros e fica difícil saber qual é um e qual é o outro.
            Em casa Jesus explica a parábola do joio e do trigo, Jesus anuncia no futuro um julgamento. Esse julgamento deixará claro quem está de acordo com o Reino de Deus e quem está em desacordo,
Até que chegue o momento da colheita os filhos do Reino e os filhos do maligno deverão viver misturados, semeando as sementes do bem e as sementes do mal. No fim do mundo, o trigo será colhido e guardado no Reino do céu, o joio será queimado. Isto é, os justos gozarão de paz na presente eterna de Deus, quem estiver em desacordo, ao contrário, irão para o fogo eterno.
A promessa de Jesus responde ao nosso desejo por um mundo justo, fraterno, solidário, pacífico. Mas também nos questiona: eu tenho desejado e contribuído para que a justiça e a paz se concretizem em nosso mundo? Em cada momento de minha vida, em cada ação praticada, tenho trabalhado pela realização do Reino de Deus em minha vida e na dos outros?
            Estamos agora vivendo o tempo da paciência e misericórdia de Deus, Ele dá oportunidade a todos seus filhos de mudarem de vida, de se converter, de pertencer ao seu Reino, cabe a nós descruzarmos os braços e nos lançar com força, coragem e fé na construção do Reino de Deus entre os irmãos.
            Paz e paciência a todos!
            Maria de Lourdes
            

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