19/07/2015 - XVI Domingo do tempo comum – 1ª. leitura - Jeremias 23, 1-6 – “coloquemos
o nosso olhar a serviço de Deus”
Por meio do profeta Jeremias o Senhor dá instruções aos pastores,
isto é, àqueles que foram escolhidos para estar à frente do rebanho e
responsáveis para guia-lo por um caminho seguro. Dessa maneira, em nome de Deus,
o profeta cobra atitudes dos pastores que deixam se perder aquelas ovelhas que
precisam de alimento para continuar fortes.
O real significado da palavra pastor é “aquele que vê”, isto é, que
lança um olhar na direção de algo ou de alguém e percebe o que está
acontecendo. Por isso, como cristãos, batizados, membros do Corpo de Cristo,
hoje, nós também todos podemos nos inserir na condição de alguém a quem Deus
chama para estar atento, ou melhor, para pastorear as necessidades das pessoas
que se encontram ao nosso lado. Todos
nós, sem exceção, de alguma forma somos responsáveis pelo crescimento e bem
estar de alguém. Mesmo os jovens, se tiverem a consciência do chamado de Deus
para si, podem colocar-se à Sua disposição para construir o reino dos céus aqui
na terra. Somos chamados (as) a “pastorear” as ovelhas que encontramos,
desalentadas, sem esperança, solitárias e feridas. Não podemos nos eximir achando
que este encargo seja somente para aqueles
que estão à frente de algum movimento. Como pais, mães, irmãos, irmãs,
professores, (as), amigos (as), etc. nós também podemos estar atenciosos (as)
aos anseios e carências das pessoas. Às vezes, muitos se desesperam, fogem de Deus, tentam o
suicídio, envolvem-se com drogas por falta de alguém que lhes dê a mão. Podemos ser pastores e pastoras na medida em
que tivermos a oportunidade de ajudar as pessoas a quem encontrarmos.
Estejamos, pois prevenidos (as), e coloquemos o nosso olhar a serviço de Deus.
O Pastor por excelência é Jesus Cristo, e Ele é o Modelo a quem devemos seguir.
– Você vive atento (a) às pessoas que estão ao seu lado? – Você percebe quando
elas estão tristes ou alegres? – Você se sente responsável pela conversão da
sua família? – A sua omissão pode estar fazendo com que alguém se perca do
caminho de Deus? Pense nisto!
Salmo
22 – “O Senhor é o pastor que me conduz;
felicidade e todo bem hão de seguir-me!”
Jesus é o Bom Pastor que nos fortalece para que sejamos também bons
pastores. A obra que Ele realiza em nós é espiritual, mas repercute no nosso
ser material, pois de dentro do nosso coração é que partem os pensamentos,
sentimentos e ações. O Bom Pastor nos leva a descansar e restaura as nossas
forças para a luta do dia a dia. Ele alimenta a nossa alma, trata das nossas
feridas e nos dá disposição e esperança de um dia habitarmos na Sua casa. Mergulhando dentro de nós mesmos (as) nós
percebemos a obra de santidade que o Bom Pastor está realizando no nosso
coração. Isto nos faz prosseguir mais seguros (as) e confiantes de que estamos
no caminho certo.
2ª.
Leitura – Efésios 2, 13-18 - “Jesus veio
destruir o muro da inimizade com Deus ”
Jesus veio do céu para nos dar a unidade no espírito, isto é, na
nossa essência de filhos e filhas de Deus, criados (as) à Sua imagem e
semelhança. Ele veio destruir a inimizade e nos dar a Sua paz nos fazendo ter unidade uns
com os outros, mesmo que sejamos completamente distintos na nossa maneira de
ser.
Não somos mais devedores da lei nem estamos submissos a regras e
conceitos de vida, pois Ele nos libertou a fim de que possamos viver o espírito
de comunhão com Deus e com os irmãos. Lamentavelmente,
no entanto, podemos perceber que o mundo ainda não quis reconhecer Aquele que
veio para destruir o muro que nos separava de Deus. Por isso, muitos continuam
vivendo em desarmonia e a cada dia que passa as consequências dessa divisão são
a infelicidade, a miséria e o desamor. Aquele que está em Cristo é nova
criatura! Somos chamados a dar
testemunho no mundo de que estamos de fato reconciliados com o nosso Criador
por meio das nossas ações de fraternidade e de justiça. Levar ao mundo paz de
Jesus e exalar o perfume do amor de Deus que é o Espírito Santo é a nossa
missão. Porém, nessa tarefa não podemos deixar ninguém de fora desse novo modo
de viver nem tampouco descansar e nos acomodar alegando que já encontramos o
caminho da verdadeira vida. Devemos ser anunciadores da paz a todos aqueles a
quem encontrarmos e formar com eles uma só família, filhos (as) do mesmo Pai
vivendo no mesmo Espírito e submissos ao mesmo Senhor. – Você dá livre acesso
às pessoas que são diferentes de você e permite que elas se aproximem? – Para
você o que significa anunciar a paz de Jesus? – Você considera a todos como
filhos e filhas de Deus e, consequentemente seus (as) irmãos (ãs)?
Evangelho – Marcos 6, 30-34 – “Jesus também nos chama para um lugar
deserto”
A realidade do tempo de
Jesus não era diferente da realidade de agora. Apesar do progresso da ciência,
da tecnologia, dos grandes inventos, ainda não apareceu alguém que fabricasse
paz e felicidade. Por isso, Jesus também nos chama para um lugar deserto a fim
de nos ensinar e aprontar para que sejamos pastores de ovelhas. O deserto é o
lugar de oração. No deserto, lugar de silêncio e solidão nós podemos aprender
com o Mestre o Seu jeito de ser Pastor. Meditando com a Sua Palavra nós aprendemos a
amar, a sofrer, a pensar, a sonhar, a trabalhar e viver em função do reino dos céus
acolhendo o mandamento do amor. Com Jesus nós exercitamos o hábito de sairmos
de nós mesmos (as), das nossas conveniências e da nossa comodidade para
lançarmos um olhar de compaixão para a multidão faminta que caminha sem rumo.
Quantas pessoas nós encontramos a cada dia, que estão desorientadas sem
encontrar um norte porque se decepcionaram com a vida porque não tiveram
atendidas as suas expectativas! Para
estas pessoas nós poderemos ser verdadeiros pastores (as)! Um simples sorriso,
um olhar atencioso, um momento de escuta podem fazer toda a diferença para
alguém que está em desespero. Hoje
também os operários são poucos, pois cada pessoa vive lutando pelas suas
conquistas pessoais. No entanto, se nos considerarmos seguidores de Jesus não
podemos entrar nessa mesma condição. Mesmo que estejamos atravessando o deserto
por causa de sofrimento e de dificuldade tenhamos a certeza de que Ele
aproveita as nossas dores para nos habilitar na arte de viver melhor a fim de
que, em qualquer circunstância, possamos ajudar aqueles que ainda não tiveram
um encontro com o Bom Pastor. Ser pastor é saber dar testemunho de fé, de
confiança no plano de Deus e, assim, ser luz para o irmão que também passa por
necessidade. Jesus também nos descansa, nos refrigera e nos consola para que
sejamos pastores e pastoras que sabem consolar e amparar as ovelhas transviadas. – Jesus já o
(a) levou para o deserto? - O que será o
deserto para você? – Você tem aprendido
com Jesus nas horas de deserto? – Você sente-se pastor (a) de alguém ou espera
que alguém venha pastoreá-lo (a)? – Você tem testemunhado as suas experiências
de dor para ajudar a alguém?
Louvo a Deus por ti porque es preciosa para Ele. Seus comentários ajudam muito p/ mim quando tenho que partilhar a palavra que é Jesus p/ as comunidades da Igreja.
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ResponderExcluirADOREI SEU COMENTARIO! CONCORDO COM A COLEGA O SEU MODO DE REFLETIR NOS DÁ DIRECINAMENTO DO QUE PRECISAMOS FALAR ,QUE A LITURGIA NOS CONVIDA A REFLETIR. ESSE MISTERIO QUE É O PLANO DE DEUS
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