QUARTA FEIRA DA 16ª SEMANA DO TC 22/07/2015 (Santa Maria Madalena)
1ª Leitura Cântico dos Cânticos 3,1-4ª ou 2Coríntios 5,14-17
Salmo 62/63”Minha alma está sedenta de vós, e minha carne por vós
anseia como a terra árida e sequiosa, sem água”
Evangelho João 20, 1-2.11-18
Hoje nos encontramos com Maria Madalena, uma mulher apaixonada por
Jesus, uma paixão até hoje incompreendida e mal falada por alguns
"iluminados", que não conseguem vislumbrar algo além da carne. Jesus
é o Grande Amor, não só de Madalena, mas de todos os que Nele creem, e que só
podem experimentá-lo a partir do amor que fascina e deslumbra.
Parece que João, Evangelista, neste evangelho apresenta-nos um
resumo da Vida de Madalena, tendo como enredo a sua experiência com Jesus. Em
Jesus tivera início a Nova Criação, era o primeiro dia da Semana, Madalena VIU
a pedra removida do sepulcro, ainda estava escuro, era o início da sua Vida de
Fé, ainda não consegue experimentar aquilo que transcende e prevalece a Lógica
humana "Tiraram o corpo do meu Senhor", vai dizer aos apóstolos.
Inclinar-se para olhar dentro do sepulcro é atitude de quem está à
procura de algo mais, VE dois anjos, "Levaram o meu Senhor!" Com a Fé
um pouco mais amadurecida ela consegue ver além, entretanto ainda pensa dentro
da lógica humana. Depois disso ela se volta e vê Jesus, mas não o reconheceu,
de fato, Jesus se deu a conhecer enquanto Palavra a ponto do próprio João
chamá-lo de Verbo Encarnado, é a Palavra Poderosa de Deus que irá criar o mundo
"FAÇA-SE", quando Jesus a chama pelo nome "Maria", então
ela o reconhece, é precisamente a Palavra que nos comunica o dom da Fé, é a
Palavra que cria e nos recria, nos renova e restaura.
"Mestre" vai exclamar Madalena. Quem o reconheceu quer
experimentá-lo, tocar o outro, achegar-se mais ao outro, abraçar, pegar na mão.
Madalena pensa ser esse o modo de experimentar Jesus em sua vida agora
iluminada pela Fé.
As comunidades Joaninas dos anos 70 – 80 estavam desejosas de saber
melhor quem era Jesus, e desejavam, como Madalena, tocá-lo, vê-lo, enxergá-lo.
Retê-lo como um Bem particular, porém, não é mais esse o modo de se fazer a
experiência de Jesus em nossa vida e em nossas comunidades.
Em seu estado glorioso, há uma presença real do Senhor, porém
mística, que não se alcança com nossos sentidos, como cantamos no "Tão
Sublime Sacramento". Madalena representa toda uma comunidade que por
aquele tempo, quando tudo parecia ainda obscuro, soube vislumbrar essa nova
presença de Jesus junto aos seus. Continuou uma eterna enamorada de Jesus, até
o dia em que, na visão Beatífica, pode contemplá-lo plenificando o amor que
alimentou nessa vida.
Inspirados por Santa Maria Madalena, que possamos também fazer essa
bela experiência, reconhecendo o Senhor a partir da sua Santa Palavra,
percebendo-o na vida dos irmãos e irmãs, que conosco caminham na comunidade.
(Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP-
E-mail cruzsm@uol.com.br)
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