23/07/2015 - 5ª. Feira XVI semana comum – Êxodo 19, 1-2.9-11.16-20 – “no terceiro dia”
Chegando diante da montanha o povo de Israel armou ali suas tendas
e aguardou a manifestação do Senhor que prometera vir numa nuvem escura, no terceiro
dia, após um período de purificação. Fazendo analogia com a nossa caminhada
espiritual depois que nos desvencilhamos da escravidão do pecado, nós também
percebemos dentro de nós mesmos um desejo, que é colocado pelo próprio Deus, de
encontrá-Lo, de ouvir a Sua voz, de ter intimidade com Ele. No entanto, o
Senhor nos sugere armar também nossa tenda diante da montanha
e, em oração esperar pela Sua manifestação que se dará no momento certo. O
terceiro dia é, portanto, uma hora em que temos o nosso coração acrisolado,
contrito e pronto para perceber a voz do Senhor que nos revela os Seus segredos
de amor. Naquele tempo Deus se deixava revelar por meio de nuvens, de trovões,
de relâmpagos, som de trombetas e o povo se atemorizava. A glória de Deus enchia o monte e o povo percebia
chamas, fumaça e voz do trovão. Hoje, quando nós nos dispomos a silenciar e
deixar o nosso coração atento aos sinais do Senhor, nós percebemos tanto o
calor como a brisa do Espírito Santo que sopram dentro de nós nos enchendo de
paz. Naquele tempo somente Moisés conseguia subir o monte para falar com Deus.
Hoje, depois que Jesus desceu da montanha e se entregou por nós, temos também o
acesso espiritual ao monte onde está o Senhor, porque Ele está dentro de nós e
a Sua glória preenche os nossos vazios. O Espírito Santo é o fogo do amor de
Deus que inflama o nosso ser e nos ajuda a caminhar no deserto da nossa vida. –
Você já armou sua tenda diante da montanha de Deus? – Onde está o monte que
Deus habita? – Você tem tido paciência para esperar o “terceiro dia”? –
Como tem sido purificado o seu coração?
Salmo – Daniel 3
– “A vós louvor, honra e glória eternamente!”
Ao Senhor nós devemos louvor, honra e glória eternamente, isto é,
sempre. Com os nossos pais nós aprendemos a reconhecer a grandeza de Deus e a
Ele temer, aos nossos filhos nós precisamos ensiná-los a também saber honrar o
Nome do Senhor. E não é difícil para nós esta missão desde que nós mesmos (as)
consigamos enxergar as Suas maravilhas a partir das coisas criadas e das obras
que Ele realiza em nós. Que o Senhor Deus seja bendito em todos os momentos da
nossa vida e em todos os lugares que nós frequentamos.
Evangelho –
Mateus 13, 10-17 – “coração insensível”
A intensidade da nossa busca é a medida apropriada para que possamos
entender os mistérios do reino dos céus. Neste Evangelho Jesus nos garante que
quem tiver um coração disponível e atento às propostas de Deus, sem ater-se ao
seu próprio interesse, com certeza ouvirá e entenderá os recados divinos.
Felizes, portanto, somos nós quando mesmo sem enxergar o final do caminho prosseguimos
dando passos de fé na esperança de ver e ouvir o que o Senhor tem para nos
falar. Nem todos sabem aproveitar a graça que o Senhor concede de enxergar os
Seus desígnios por meio da Palavra anunciada e proclamada. “O que está à nossa
vista não é alcançado pela fé”, portanto, quem procura encontrar razões e
justificativas para os ensinamentos de Deus nunca poderá entender e apreender
as Suas lições. A fé, portanto, é o termômetro que mede a nossa disposição de ver
e ouvir o que o Senhor tem a nos revelar. É de dentro do nosso coração que
procedem a mais pura intenção ou então, a mais obscura pretensão. Quanto mais nos dispomos a não querer entender
com a nossa razão mais nós experimentaremos a manifestação do Espírito Santo
que interpreta quando o Pai nos fala através dos fatos e acontecimentos bons ou
maus aos nossos olhos ou então, por meio das pessoas que são Seus instrumentos.
Quem está aberto às moções do Espírito Santo também saberá encontrar soluções
quando tudo parece ter chegado ao fim. Aquele que tem um coração insensível,
porém ouve sem nada entender e olha sem
nada ver. – Você faz parte do povo que olha sem nada ver porque está com o
coração insensível? – Você tem facilidade de acolher a mensagem do Evangelho? –
Você procura razões e justificativas para a Palavra de Deus ou você a acolhe de
coração?
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